Está viagem está a ser duradoura e cansativa paramos a noite para a trocar de turno entre os condutores da carruagem. Os cavalos também foram substituídos, toda a comitiva real descansou.
A Lady Laura dormiu um pouco enquanto eu somente pensava, os pensamentos traziam medo e junto com ele as lágrimas.
Seguimos viagem a noite, não podíamos ficar parados muito tempo em um lugar, pois era perigoso. O dia amanhece eu não consegui dormir um minuto.
A Lady Laura ao abrir os olhos observando a minha feição fica assustada e foi muito sincera.
— Querida está com o rosto deplorável! Se a sua majestade vê-lá assim pedirá a minha cabeça.
— Perdoe-me Lady Laura! É que as lágrimas insistem em descer! Estou com medo do meu destino.
— Para com isso! O medo naquele palácio é fraqueza! Terá tudo que desejar, pois, tem a sua majestade aos seus pés, mas se adotar está postura todos vão tratá-la como uma serva. Seca as lágrimas e enfrenta o inevitável com coragem e ninguém ficará no seu caminho. Tem tudo que precisa para ter êxito, é a queridinha do rei isso basta.
Aquelas palavras ficaram na minha mente, passei ao restante da viagem com os meus pensamentos, então decidi não vou lamentar-me! Não serei vítima de ninguém.
A viagem estava longa o tempo parecia não passar, ainda que a carruagem real fosse confortável, mas não como o conforto de uma cama, já exausta, a noite já se aproximando novamente, mas para o meu alívio estávamos cada vez mais perto do imerso palácio francês.
Der repente a carruagem parou bruscamente, um mensageiro se aproxima e pede um minuto com a Lady Laura, pois tinha um recado do rei, o moço anunciou a mensagem.
— A majestade ordena que entrem pela porta lateral do palácio e pede descrição. A sua majestade está em reunião com os conselheiros real, e quando for possível irá de encontro com as damas.
De certa forma um alívio invadiu o meu ser, a tranquilidade de saber que pelo menos por hoje iria descansar da viagem sem me preocupar em ver a sua majestade.
Meia hora mais tarde de longe avistei muitas luzes cobrindo uma área que aparentava ser imensa, o cenário mudou completamente o caminho ficou encantador a entrada que levava ao palácio é linda, imaginei como seria na luz do dia se a noite já revelava tanta beleza.
Havia luzes em tochas acesas que nos guiava pelo caminho, antes de chegar no Palácio havia uma ponte que passava
Um rio enorme por baixo, e de longe se contempla o barulho das águas.
O palácio era cercado por uma imensa fortaleza onde um batalhão de soldados fazia a segurança.
— Vejo que ficou encantada senhorita Sophie! É uma lástima não poder entrar pela frente para contemplar tamanha formosura, iremos adentrar os portões sem muito alarde e vamos para as portas laterais, e por favor use esta capa e se cubra, não queremos chamar a atenção da rainha logo na sua chegada.
Confesso que naquele momento meu coração temeu.
Imediatamente vestir aquela capa preta e cobrir a minha cabeça com o capuz da mesma, fiquei um tempo em silêncio suando frio as mãos estavam geladas.
Então s Lady quebra o silêncio é diz:
— Não levante a cabeça siga-me e não fale com ninguém, vamos diretamente para os seus aposentos e lá descansará.
Eu a seguir estava com a visão reduzida, pois só olhava para baixo, eu estava cansada de tanto andar parece que nunca iria chegar ao meu lugar de repouso, quando finalmente a Lady Laura diz:
— Seja bem vida! Aqui irá passar parte da sua vida, espero que goste, a sua majestade ordenou que ficasse impecável para a senhorita.
Ela fala e der repente faz menção de sair dos meus aposentos, então eu digo-lhe:
— Lady Laura por Deus não me deixa só?
— Senhsoita Sophie, não se preocupe os meus aposentos está ao lado do seu, se precisar de algo manda uma das suas criadas chamar-me, tire o medo da sua pessoa e agora descanse, pois amanhã o rei irá vê-la.
Aquilo era uma situação nova e desesperadora para mim, o medo do desconhecido não me deixava contemplar o lugar nem a sua formosura der repente sou tirada daquele devaneio.
— Minha senhora somos a suas servas eu sou a Dulce e ela é a Proença estamos aqui para servi-la em tudo que precisar.
— Obrigada Dulce, mas não precisa chamar-me senhora pode chamar-me Sophie.
Derrepente a outra serva que estava calada se manifesta com um tom de curiosidade:
— Senhorita Sophie, como uma dama tão linda como a senhorita nunca foi vista nos bailes da alta sociedade? E Como fez o rei se apaixonar pela senhorita? E como tem coragem de morar no mesmo teto que a rainha? A senhorita é mesmo diferente.
Antes que eu pudesse responder aquele turbilhões de perguntas a Dulce repreendi-a.
— Para com este interrogatório! A senhorita pode denunciá-la ao rei! Minha senhora perdoe a petulância desta serva, ela é muito curiosa, mas não se preocupe nada sobre a senhorita sairá desta paredes estamos aqui porque somos de confiança da sua majestade o rei e o nosso pescoço está em jogo.
— Não se preocupe Dulce, não falarei nada a sua majestade e posso satisfazer a vossa curiosidade. Eu não sou nobre, era uma simples jovem de um condado até o rei colocar os olhos na minha pessoa, e reivindicou-me para ele, desde então aprendi a ser uma dama para melhor servi-lo, e ele não é apaixonado por mim nunca ficamos a sós e ele nunca me tocou, creio que sou simplesmente um capricho do rei.
Então elas espantaram-se com aquela revelação parecia não acreditar em nada, pois era algo realmente absurdo.
— Senhorita! Como assim! Nunca se deitou com a sua majestade?
— Não, na verdade, a última vez que o vi eu tinha apenas quinze anos, e foi neste dia que ele me tornou propriedade dele, e seis anos depois olha onde estou.
— Senhora que história inacreditável, o rei nunca ousou fazer tal proeza! Realmente o seu rosto revela inocência, não parece aquelas damas da alta sociedade que estão doidas para laçar um conde rico.
Eu sinceramente nunca vi duas mulheres que falasse tanto quanto a Dulce e a Proença, em meia hora elas cortaram-me coisas esclarecedoras, enquanto ajudava a banhar-me.
Já estava muito cansada, mas enfim pronta para dormir, a Dulce pede para escovar os meus cabelos que ainda estavam úmidos.
— Senhora os seus cabelos são lindos com um cheiro maravilhoso, como nunca vi em outro cabelo antes, o que foi aquilo que passou no seu cabelo na hora do banho?
— É uma poção natural com perfumes de flores-do-campo que eu e a minha senhora fazemos para o nosso cuidado pessoal. Na verdade, eu aprendi com ela.
Após conversar muito, para a minha completa alegria e alívio as mulheres se retira. Eu deito-me e der repente caio no sono profundo.
No meio da madrugada eu suponho, sinto que não estou só, pois havia alguém fazendo carícias no meu cabelo, pensei ser a Dulce que outrora o havia escovado, mas estava muito perto.
O medo de virar-me e abrir os olhos eram maiores que a curiosidade que me tomava.
No impulso, mas com pouca coragem me virei e com a iluminação do lugar escassa, pois a criada havia deixado apenas algumas lamparinas acesas.
Mas aquele rosto que vi era inconfundível, a sua majestade estava ali nos meus aposentos, no mesmo instante eu levantei-me e o reverênciei ainda com o olhar firme para o chão eu disse timidamente:
— Vossa majestade!
Ele aproximou-se tocou o meu queixo e levantou a minha cabeça, agora os nossos olhares se encontram.
— Como pode ser tão linda Sophie?
Eu sem palavras para expressar, ainda em silêncio ele se aproxima mais, agora os nossos corpos estavam tão próximos que eu sentia a sua respiração, ele pega uma mecha do meu cabelo e leva as suas narinas. Com a voz rouca e suave que ele se aproxima do meu ouvido e sussurra.
— Eu sonhei com este dia Sophie, em que eu tomaria posse do que é meu.
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Josiane Alves
Acho que Sophie é a princesa de algum reino vizinho, por isso, sua mãe não revelou quem é o seu pai.
2025-01-29
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Ana Regina Fernandes Raposo
AI GENTE QUE HORROR, A PUREZA E MUITO VALORIZADA.
2025-01-01
1
Maria Lenilda
ele vai cair de boca 😃
2024-10-28
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