O Segredo Do Meu Marido

O Segredo Do Meu Marido

Capítulo 1

...Autora Narrando...

Aquela manhã estava muito fria, tão fria que a jovem Flora mal conseguia sair debaixo dos cobertores quentes. Um bocejo longo ela deu, depois suspirou e então levantou-se com lentidão. Todo o seu corpo pedia para ela continuar deitada, mas ela sabia que tinha que estar pronta antes do café da manhã, pois eles teriam uma visita, tal essa que ela nem se interessou por perguntar.

Ao sair do banho, ela arrumou o seu cabelo castanho encaracolado. Fez uma traça e o prendeu, depois procurou um vestido bem quente e as suas botas de inverno. Ao estar pronta, a porta do seu quarto foi aberta bruscamente e logo em seguida a pessoa que havia aberto a porta, se pronunciou com tristeza no seu tom de voz.

— Irmã…oh irmã, você nem imagina o que eu tenho para lhe dizer! — Disse Calora, a irmã mais velha e filha biológica do Senhor Breno.

Flora encarou a sua irmã confusa, ela aproximou-se da Calora e perguntou, enquanto tentava a acalmar.

— O que houve irmã? Porque está tão desolada? — A sua voz saiu lenta e baixa devido ao frio que estava sentindo.

Mal sabia ela, que aquela seria a sua última noite ali. Que tudo que ela havia planejado seria desfeito por um simples erro do seu pai…

— Lembra da visita que o nosso pai nos comunicou ontem? — Perguntou Carola.

— Lembro…o que tem ela? — Perguntou Flora confusa.

— Irmã, ele é o seu noivo. O papai ofereceu você à ele! — Falou a jovem em meio aos prantos.

Flora não ficou surpresa com aquela notícia, já era de se imaginar que uma hora ou outra isso iria acontecer, já que a mesma tinha mais de dezoito anos. Era maior de idade e precisava de um marido.

— Eu já esperava por isso irmã. Você casou-se cedo, e eu tenho vinte e três anos, deveria ter casado aos dezoito anos.

— Mesmo assim! Ele não tinha o direito de arranjar um marido para você assim, de uma noite para o dia! — Indagou a mulher aos prantos.

— Calma Carola, vai ficar tudo bem. O pai sabe o que faz, ele já havia deixado claro que uma hora eu iria casar. — Falou ela, tentando manter a calma.

— Ahn…eu…EU NÃO QUERO QUE VOCÊ VÁ!!!

Flora ficou ali consolando a sua irmã, parecia que era ela que iria se casar e não a própria Flora. Com um riso, ela enxugou as lágrimas da sua irmã e disse ao se levantar:

— Irei descer, vou deixar claro para o meu pai que não quero cerimônia, apenas assinamos os papéis.

— Um…eu ainda sou contra essa tolice! — Diz ao fazer bico.

— Vamos lá Carola, eu preciso de você do meu lado! — Disse animada, tentando esconder o seu medo.

Flora sabia que com casamento, viria os afazeres da esposa, ela não teria medo de trabalhar, como lavar louça, roupa, limpar casa e fazer comida, o medo dela era na hora da cama, como ela iria ter coragem de se relacionar com alguém que ela não conhece? E se ele fosse bruto com ela? Querendo acabar com as suas dúvidas, e um pouco do seu medo, ela perguntou a sua irmã;

— Carola…a sua primeira vez…foi boa?

Calora não falou sobre isso com a sua irmã, já que as duas mal tinham tempo de fofocas, era raro a aparição da sua irmã ali e quando as duas ficavam juntas, só sabiam comer e falar sobre o cotidiano, mas aquilo não chegava nem a durar vinte minutos. Carola, deu um sorriso e depois suspirou, segurou nas mãos frias da sua irmã e notou que a mesma não estava bem.

— No começo foi doloroso, mas depois…foi ficando bom. Ele só precisará ter calma, quando vocês estiverem em casa, sente-se com ele e diga que não está pronta ainda, não precisa adiar o dia, mas se precisar fazer isso, não pense duas vezes e apenas faça! — Disse com um sorriso encorajador.

Flora estava se preparando para agradecer a sua irmã pelas palavras, mas logo ouviu batidas na porta do seu quarto. Ela olhou para a Carola e se aproximou da porta, suspirou e abriu a mesma e logo constatou o seu pai com um olhar triste.

— Suponho que já saiba. Não queria que tudo ocorresse assim, mas o moço que pediu a sua mão em casamento…tem pressa e por morar longe pretende a levar ainda hoje embora.

— H-hoje? Mas pai…

— Ele já deu o dote minha filha e infelizmente eu não posso adiar mais.

Flora concordou meio tristonha, ela estava conformada com o casamento, mas não imaginava que teria que sair de casa tão rápido.

— Filha, ajude a sua irmã a arrumar as coisas dela. E mais uma vez filha, me desculpe.

O seu pai estava desolado, ele saiu e ela fechou a porta, depois encarou Carola e a mesma estava aos prantos novamente. Após um tempo, as duas desceram com quatro malas, Flora só levou o necessário, como roupas, acessórios, produtos para o corpo, cabelo e sapatos. Quando ambas olharam para o homem que estava em pé ao lado do seu pai, as duas ficaram de bocas abertas.

Charles Drummond é um homem de trinta anos, ele herdou a fazenda do seu falecido pai quando tinha vinte e quatro anos e desde então, tem dado o seu melhor na fazenda para manter o sustento dele. Desde que assumiu a fazenda, ele não tem se relacionado com mulheres, escolheu cuidar da fazenda ao invés de procurar uma mulher. Só que recentemente, ele percebeu o quanto uma mulher fazia falta, pois ele não estava dando conta de cuidar de si mesmo enquanto trabalhava.

Quando soube que um antigo amigo do seu falecido pai devia uma quantia em dinheiro e descobriu que o mesmo tinha uma filha solteira, ele achou melhor procurar saber mais sobre ela e quando a viu pela primeira vez de longe, notou algo de diferente nela. Ela aparentava ser uma mulher trabalhadora e que não dava trabalho, então o mesmo escolheu ela e foi tratar de falar com o pai da moça e agora, a tinha como esposa.

Se casar não era um plano, ele não queria nada exagerado, apenas a levaria para casa e só. Depois assinariam os papeis do casamento. Charles era um homem bonito, ruivo de olhos verdes esmeralda, alto com os seus dois metros e um corpo atlético que poucas mulheres puderam desfrutar. Flora tinha por volta de 1.68 de altura, ela era baixa e nem chegava no ombro dele.

Charles agora se perguntava se aquela mulher pequena e frágil, aguentaria ele. Ambos estavam se encarando e logo o Breno, pai da Flora chamou a atenção deles quando disse;

— Flora, esse é o Charles, o seu marido.

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Comments

dulce Rodrigues

dulce Rodrigues

Queria ser a FLORA! 🤭

2024-07-13

1

dulce Rodrigues

dulce Rodrigues

Ah Papai do Céu!!🔥💞 Isso é covardia! Tanta beleza pra um só! Podia ter deixado um pouquinho pra meu marido! Que CALOR!!☺️😂

2024-07-13

1

Ana Silva

Ana Silva

Começando aler agora, de início já gostei

2024-06-20

2

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