Capítulo 10

...Autora Narrando ...

— Charles, você…um…qual o seu tipo…ideal de mulher?

Charles encarou a sua esposa por longos segundos, ele não acreditava que ela havia feito aquele tipo de pergunta.

— Não tenho um tipo ideal. Porquê?

Flora abaixou a cabeça envergonhada e respondeu num resmungo baixo:

— Por nada…estava apenas curiosa mesmo.

— Não pense demais nisso, pois não vejo mulheres como um objeto e gosto de mulher, então não vou precisar ter um tipo ideal.

Flora sorriu, mas logo perguntou novamente, tirando a real pergunta que ela queria fazer:

— Você…me acha atraente?

Um nervosismo nunca sentido antes apossou o corpo do Charles, o deixando com água na boca enquanto ele tentava controlar a sua própria língua. Flora era muito inocente, ela só poderia ser, pois, não tinha noção do quão gostosa e atraente ela era.

— Sim. Só não me faça esses tipos de perguntas, pois não quero voltar atrás na minha palavra, Flora.

— Voltar atrás?

— Sim. Garantir a você que não a tocaria, não foi?

— Mas…você já me tocou, Charles…

Charles fez um som com a garganta enquanto tinha lembranças ótimas deles dois. A mão dele coçou e ele lutou contra a vontade louca de ter os seus dedos dentro da boceta dela, a sentindo o molhar por completo.

— Não irei fazer mais isso, pois sei que eu a deixo desconfortável.

Flora queria gritar “ NÃO! “, mas se controlou. Ela tinha vergonha de dizer que gostou do beijo, e que queria sentir os dedos dele pelo seu corpo novamente.

A conversa entre eles morreu novamente e foi assim, um total silêncio até chegar na cidade. Charles deixou a carroça com um conhecido e eles seguiram a pé até a casa desse amigo do Charles.

Flora ficou admirada com tamanha beleza da enorme mansão do amigo do Charles. Ela observou o seu marido que seguiu até o portão, ele puxou uma porta minúscula e apareceu um dispositivo com senha. Ele colocou a senha e o enorme portão pintado de dourado se abriu, deixando à mostra a beleza real do local.

— Uau…que lindo!

— Gostou mesmo?

Charles perguntou e ela concordou com a cabeça. Ele a guiou até a porta da mansão, e ela foi aberta. Um homem baixo de cabelo ruivo cumprimentou o Charles com entusiasmo, mas logo mudou a sua afeição de bobo para um homem sério.

— Sejam bem-vindos, senhor Charles e senhora Flora.

— Obrigada.

— Vamos direto ao que interessa, preciso retornar ainda hoje, Rodolff.

— C-claro…venham por aqui, por favor.

Rodolff os guiou até os fundos do casarão, e enquanto eles passavam pela mansão, Charles ia apresentado o local para a Flora e Rodolff estava o ajudando.

— Você conhece muito bem essa mansão…

Falou Flora e o Charles não disse nada. Ele não concordou e nem negou a pergunta dela. Quando chegaram na garagem, Flora ficou abismada quando os seus olhos encontraram aqueles belos automóveis. No total haviam sete e um mais belo que o outro.

— O senhor vai levar o qual?

Charles olhou para a Flora, ele sorriu e então falou:

— Não será eu que irá escolher, a minha esposa que escolherá por mim.

— O que?!

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