Capítulo 4

...Flora Narrando...

Comecei a tomar o meu café enquanto a minha mente viajava no beijo que recebi do Charles. O meu primeiro beijo foi melhor do que eu imaginei e simulei com uma maçã. Os lábios de um homem são tão macios assim e doces? Sinto uma imensa vontade de repetir aquele beijo novamente, para ter a certeza que os lábios dele são realmente doces.

Após um tempo, Charles retornou para dentro, ele sentou-se à mesa sem dizer nada e começou a comer. Encarei a sua face e logo o olhar do mesmo cruzou com os meus, me fazendo corar e abaixar a cabeça, voltando assim a minha atenção para o meu prato quase vazio.

— Não quero que saia quando estiver anoitecendo.

Charles quebrou o silêncio, me deixando confusa com as suas palavras. O que tem lá fora para ele não me deixar sair durante a noite?

— O que tem lá fora…durante a noite? — O encaro.

— Algo perigoso demais para você.

— Eu não sou tão indefesa…

— O que diabos você sabe fazer Flora? Você nasceu e cresceu numa família rica e nunca precisou morar na roça e muito menos sabe dos perigos que tem aqui! Você é somente uma mulher frágil, que só serve para ficar dentro de casa! — Diz ser bruto e com certa raiva.

Mordi os meus lábios e levantei da mesa, comecei a andar em direção às escadas que dava para o segundo andar e ouvir quando o Charles me chamou, mas não parei e continuei andando. Quando estava subindo os degraus, ele me puxou pelo braço bruscamente e gritou:

— PORRA, QUANDO EU CHAMAR RESPONDE!

Os seus olhos estavam escuros e eu sentia medo daquele seu jeito bruto e desumano.

— Está…me machucando!

Puxei o meu braço e chorando falei:

— Você não é diferente de um animal!

Corri escada acima aos prantos, como ele pôde dizer tais coisas sem ao menos me conhecer? Quem ele pensa que é para me tratar assim?! Eu me sinto…um lixo! Não sei quanto tempo passei presa naquele quarto, mas quando eu saí o Charles não estava mais em casa. Suspirei aliviada e lavei o que estava sujo, depois olhei no relógio de parede e notei que já eram 11 horas.

Tenho menos de uma hora para fazer o almoço e sumir das vistas do Charles. Estou com tanta raiva dele, que prefiro me isolar para não brigar com o mesmo. Fiz o que pude e depois coloquei na mesa, quando fui pegar o vaso com a salada, tomei um baita susto quando vi um homem me olhando do outro lado do cercado.

Ele estava todo sujo, seus olhos pareciam que iriam pular a qualquer momento para fora. Da sua boca saía uma baba nojenta e branca. Não sei como ele chegou ali sem chamar a atenção dos cães da fazenda, como isso seria possível?!

— Flora?

— Aah!

Gritei deixando o vaso cair no chão, coloquei a mão no meu peito e olhei na direção daquele homem que mais parecia um animal, mas ele não estava mais ali.

— C-como…isso é possível?

— Do que está falando? O que tem aí?

Resmunguei e encarei o Charles puta da vida, mas o meu ódio sumiu assim que vi aquele corpo esbelto e suado à mostra, me deixando nervosa e com a boca salivando. Fiz um barulho com a garganta e virei o meu rosto que estava quente, e logo ouvir o Charles dizer:

— Me desculpe por mais cedo, não queria ofender você …

— Não queria?! Mas você fez, Charles!! — Disse sentindo a minha raiva voltando, mas quando o encarei, a raiva foi ladeira abaixo novamente.

— T-teria…como…colocar uma camisa? — Perguntei segurando a minha vontade de enxugar o suor do seu corpo com a minha língua.

— O que tem isso? Por acaso, Flora — Ele se aproxima de mim com um sorriso pervertido nos lábios, fazendo eu morder o meu lábio inferior com força — eu te deixo excitada? — Terminou por fim, me deixando morta de vergonha.

“ Eu preciso de um buraco para enfiar a minha cabeça dentro! “

Tentei abrir a minha boca para negar, mas nada saia dela. Charles passou a mão na cabeça, depois ele puxou-me pela cintura e colou o seu corpo ao meu. Podia sentir os seus dedos por cima do pano que cobria o meu corpo.

— Estou tentando me controlar…mas você — Ele cheirou o meu pescoço e roçou a sua barba levemente na curva da minha nuca, me arrepiando por inteira e então continuou enquanto a sua mão explorava algumas partes do meu corpo — Está me deixando louco!

— Estou? O que realmente estou fazendo, senhor Charles? — Perguntei inocentemente, pois realmente não sei o que estou fazendo para deixá-lo tão à flor da pele!

Charles basicamente rosnou contra a minha pele, ele me colocou sentada em cima da mesa da cozinha e ficou entre as minhas pernas. Ele apertou as minhas pernas e levantou a bainha do meu vestido, me deixando nervosa. As minhas pernas ficaram à mostra e ele as encarava com ansiedade.

— Eu sei que você nunca foi tocada por um homem antes, por esse motivo não irei direto ao ponto com você. Primeiro, vou te mostrar uma coisa.

— O-o que…irá me mostrar?

A minha voz saiu baixa e manhosa, ele sorriu e aproximou o seu rosto do meu, fazendo as borboletas do meu estômago se moverem com velocidade. Charles alisou a minha coxa enquanto saboreava os meus lábios com lentidão. Depois sentir os seus dedos roçarem a parte superior da minha calcinha.

Todo o meu corpo estremeceu e eu gemi quando ele tocou na minha parte íntima, me deixando com um fogo fora do normal. O que é isso? O que estou sentindo neste exato momento….?

— aaaww…C-charles! — Gemi e apertei os seus largos ombros.

— Abre mais as pernas Flora.

— Hum…o…o que é isso? Porque é tão bom?! — Jogo o meu corpo para trás enquanto os seus dedos passam na abertura da minha intimidade.

— Isso se chama masturbação e quando você faz isso — Move o seu dedo com rapidez na minha intimidade, me deixando com as pernas trêmulas — Você se excita, resumindo, sente bastante tesão.

— Aaawww…paa-paarraa…o…o meu corpo…está estranho! — O encarei com a mão na boca, mas ele apenas riu e me pegou no colo.

— Julgo que precisamos de um banho agora, minha esposa!

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