...Autora Narrando...
Aquela manhã estava muito fria, tão fria que a jovem Flora mal conseguia sair debaixo dos cobertores quentes. Um bocejo longo ela deu, depois suspirou e então levantou-se com lentidão. Todo o seu corpo pedia para ela continuar deitada, mas ela sabia que tinha que estar pronta antes do café da manhã, pois eles teriam uma visita, tal essa que ela nem se interessou por perguntar.
Ao sair do banho, ela arrumou o seu cabelo castanho encaracolado. Fez uma traça e o prendeu, depois procurou um vestido bem quente e as suas botas de inverno. Ao estar pronta, a porta do seu quarto foi aberta bruscamente e logo em seguida a pessoa que havia aberto a porta, se pronunciou com tristeza no seu tom de voz.
— Irmã…oh irmã, você nem imagina o que eu tenho para lhe dizer! — Disse Calora, a irmã mais velha e filha biológica do Senhor Breno.
Flora encarou a sua irmã confusa, ela aproximou-se da Calora e perguntou, enquanto tentava a acalmar.
— O que houve irmã? Porque está tão desolada? — A sua voz saiu lenta e baixa devido ao frio que estava sentindo.
Mal sabia ela, que aquela seria a sua última noite ali. Que tudo que ela havia planejado seria desfeito por um simples erro do seu pai…
— Lembra da visita que o nosso pai nos comunicou ontem? — Perguntou Carola.
— Lembro…o que tem ela? — Perguntou Flora confusa.
— Irmã, ele é o seu noivo. O papai ofereceu você à ele! — Falou a jovem em meio aos prantos.
Flora não ficou surpresa com aquela notícia, já era de se imaginar que uma hora ou outra isso iria acontecer, já que a mesma tinha mais de dezoito anos. Era maior de idade e precisava de um marido.
— Eu já esperava por isso irmã. Você casou-se cedo, e eu tenho vinte e três anos, deveria ter casado aos dezoito anos.
— Mesmo assim! Ele não tinha o direito de arranjar um marido para você assim, de uma noite para o dia! — Indagou a mulher aos prantos.
— Calma Carola, vai ficar tudo bem. O pai sabe o que faz, ele já havia deixado claro que uma hora eu iria casar. — Falou ela, tentando manter a calma.
— Ahn…eu…EU NÃO QUERO QUE VOCÊ VÁ!!!
Flora ficou ali consolando a sua irmã, parecia que era ela que iria se casar e não a própria Flora. Com um riso, ela enxugou as lágrimas da sua irmã e disse ao se levantar:
— Irei descer, vou deixar claro para o meu pai que não quero cerimônia, apenas assinamos os papéis.
— Um…eu ainda sou contra essa tolice! — Diz ao fazer bico.
— Vamos lá Carola, eu preciso de você do meu lado! — Disse animada, tentando esconder o seu medo.
Flora sabia que com casamento, viria os afazeres da esposa, ela não teria medo de trabalhar, como lavar louça, roupa, limpar casa e fazer comida, o medo dela era na hora da cama, como ela iria ter coragem de se relacionar com alguém que ela não conhece? E se ele fosse bruto com ela? Querendo acabar com as suas dúvidas, e um pouco do seu medo, ela perguntou a sua irmã;
— Carola…a sua primeira vez…foi boa?
Calora não falou sobre isso com a sua irmã, já que as duas mal tinham tempo de fofocas, era raro a aparição da sua irmã ali e quando as duas ficavam juntas, só sabiam comer e falar sobre o cotidiano, mas aquilo não chegava nem a durar vinte minutos. Carola, deu um sorriso e depois suspirou, segurou nas mãos frias da sua irmã e notou que a mesma não estava bem.
— No começo foi doloroso, mas depois…foi ficando bom. Ele só precisará ter calma, quando vocês estiverem em casa, sente-se com ele e diga que não está pronta ainda, não precisa adiar o dia, mas se precisar fazer isso, não pense duas vezes e apenas faça! — Disse com um sorriso encorajador.
Flora estava se preparando para agradecer a sua irmã pelas palavras, mas logo ouviu batidas na porta do seu quarto. Ela olhou para a Carola e se aproximou da porta, suspirou e abriu a mesma e logo constatou o seu pai com um olhar triste.
— Suponho que já saiba. Não queria que tudo ocorresse assim, mas o moço que pediu a sua mão em casamento…tem pressa e por morar longe pretende a levar ainda hoje embora.
— H-hoje? Mas pai…
— Ele já deu o dote minha filha e infelizmente eu não posso adiar mais.
Flora concordou meio tristonha, ela estava conformada com o casamento, mas não imaginava que teria que sair de casa tão rápido.
— Filha, ajude a sua irmã a arrumar as coisas dela. E mais uma vez filha, me desculpe.
O seu pai estava desolado, ele saiu e ela fechou a porta, depois encarou Carola e a mesma estava aos prantos novamente. Após um tempo, as duas desceram com quatro malas, Flora só levou o necessário, como roupas, acessórios, produtos para o corpo, cabelo e sapatos. Quando ambas olharam para o homem que estava em pé ao lado do seu pai, as duas ficaram de bocas abertas.
Charles Drummond é um homem de trinta anos, ele herdou a fazenda do seu falecido pai quando tinha vinte e quatro anos e desde então, tem dado o seu melhor na fazenda para manter o sustento dele. Desde que assumiu a fazenda, ele não tem se relacionado com mulheres, escolheu cuidar da fazenda ao invés de procurar uma mulher. Só que recentemente, ele percebeu o quanto uma mulher fazia falta, pois ele não estava dando conta de cuidar de si mesmo enquanto trabalhava.
Quando soube que um antigo amigo do seu falecido pai devia uma quantia em dinheiro e descobriu que o mesmo tinha uma filha solteira, ele achou melhor procurar saber mais sobre ela e quando a viu pela primeira vez de longe, notou algo de diferente nela. Ela aparentava ser uma mulher trabalhadora e que não dava trabalho, então o mesmo escolheu ela e foi tratar de falar com o pai da moça e agora, a tinha como esposa.
Se casar não era um plano, ele não queria nada exagerado, apenas a levaria para casa e só. Depois assinariam os papeis do casamento. Charles era um homem bonito, ruivo de olhos verdes esmeralda, alto com os seus dois metros e um corpo atlético que poucas mulheres puderam desfrutar. Flora tinha por volta de 1.68 de altura, ela era baixa e nem chegava no ombro dele.
Charles agora se perguntava se aquela mulher pequena e frágil, aguentaria ele. Ambos estavam se encarando e logo o Breno, pai da Flora chamou a atenção deles quando disse;
— Flora, esse é o Charles, o seu marido.
...Autora Narrando...
— Flora, esse é Charles, o seu marido.
Flora engoliu em seco, encarou a sua irmã e a mesma fez um sinal positivo para ela enquanto sorria sapeca. Flora aproximou-se do Charles e sentiu um frio na barriga quando percebeu que ele era mais alto do que ela imaginava.
— Olá…é um prazer conhecê-lo. — Disse timidamente.
— Igualmente.
A voz dele era fria, mas era rouca e muito grossa. Ele encarou o pai dela e disse enquanto dava um aperto de mão.
— Teremos que ir agora, temos um grande caminho a percorrer ainda.
— Certo…cuide bem da minha preciosa filha, senhor Charles.
Charles não disse nada, apenas confirmou com a cabeça e pegou as coisas dela, enquanto ela se despedia da família, o mesmo colocava as coisas dela na carroça. Logo seguiram caminho, já estava anoitecendo e ambos não estavam nem na metade do caminho ainda.
Ele sabia que o frio não seria um problema para ele, mas notava que quanto mais frio ficava, mais pálida e tremendo a mulher ao seu lado parecia ficar. Não tinha nenhuma pousada ali, ao redor só tinha mata e nada além. Eles já haviam saído da cidade e se não fosse pela Flora que resolveu conversar com uma mulher lá, eles não teriam perdido tanto tempo assim.
Charles estava irritado, nem bem havia se casado e já estava passando por um perrengue desses!
— Senhor…está bravo comigo? — Perguntou ela, enquanto notava que o seu marido passava umas olhadas feias enquanto resmungava.
— Claro, devido a sua imprudência, teremos que passar a noite fora de casa e no meio do nada!
Flora irritou-se, pois se o mesmo não quisesse se atrasar, não teria demorado tanto no bar.
— O senhor ficou bebendo enquanto eu ficava conversando com uma amiga, o erro não foi meu! — Indagou irritada.
— Como? Você que demorou uma hora conversando com aquela fofoqueira e não eu! — Retrucou indignado.
— Chega, ambos estamos errados e não precisamos brigar!
Ela sabia que aquilo não daria em nada, por isso resolveu dar o braço a torcer. Charles não falou mais nada desde então, ele simplesmente parou a carroça, desceu da mesma e amarrou o cavalo numa árvore ali perto, depois locomover-se até o fundo da carroça e tirou comida e um lençol grande escuro.
Charles embrulhou o cavalo e tirou a sela do mesmo, depois disse enquanto alimentava o animal;
— Desculpe, mas teremos que dormir aqui hoje amigão. Coma tudo e descanse.
Ela encarou aquela cena com admiração, era a primeira vez que ela constava alguém cuidando tão bem de um animal. Depois Charles pegou outro cobertor, jogou para a Flora e disse enquanto pegava uma faca e um facão.
— Irei procurar algo para comermos, não saia daí e se ver algo estranho o Luca vai cuidar de você.
— Luca?
— O meu cavalo.
Charles saiu e ela encarou o cavalo que agora a encarava também, a mesma sorriu e o cumprimentou com um sorriso.
— Bom, agora não me sinto mais sozinha, Luca. O seu dono é sempre assim, irritante?
Como se entendesse o que ela dizia, o Luca discordou com a cabeça a surpreendendo. Flora acabou se esquecendo que estava numa mata e ficou a conversar com o Luca, ela se achava uma louca por estar conversando com um animal.
Após trinta minutos, ela viu o Charles retornar, ele colocou quatro pássaros e um mocó dentro de uma bacia. Charles a encarou e então disse, enquanto acendia a luz dos candeeiros.
— Eu irei tratar os animais e você ficará responsável por fazer o tempero.
— Tempero? — Perguntou ela, fazendo ele suspirar e a responder.
— Você não sabe o que é isso? Não me diga que nunca cozinhou!
— Claro que sei, mas como você anda com isso pra cima e pra baixo?!
— Tem dia que não dá para voltar para casa, então eu sempre trago tempero, panelas, água e talheres.
— Oh…você nos salvou! Eu farei isso agora mesmo!
Flora estava muito empolgada. Ela começou a pegar os temperos, lavou tudo, cortou eles em pedaços bem pequenos e colocou na panela. Depois a mesma encarou o Charles, que estava lavando os animais e os limpando com muita facilidade.
Charles colocou na panela, acendeu o fogo e colocou para cozinhar. Não demorou muito e ambos já estavam colocando o arroz para cozinhar também, depois de jantar e beber café, ambos ficaram em cima da carroça observando a lua.
— Durante a noite, o céu fica ainda mais belo. — Disse ela, encarando o céu noturno.
Charles não respondeu, apenas ficou ali quieto observando tudo e atento a tudo também. Querendo acabar com aquele clima estranho, ela disse;
— Você cozinha muito bem…
— Obrigado. — Disse sem dar muita importância para o elogio.
— Ee…eu…eu posso te fazer uma pergunta?
Charles virou a cabeça, ele a encarou com um olhar confuso e respondeu;
— Pode, só não garanto que a resposta seja do seu agrado.
— Bom…se eu me negar…a dormir com você, você bateria em mim ou algo do tipo?
Charles riu com aquela pergunta tosca dela, ele discordou com a cabeça e respondeu depois de voltar ao normal. A risada dele era estranha, quase não tinha som, mas de algum modo era atraente e boa de se ouvir.
— Não, Flora. Iremos dormir em quartos separados, e não precisa se preocupar com isso, não farei nada que você não queira.
...Flora Narrando...
Depois da resposta inusitada do Charles, eu optei por me calar e dormir, já que o meu dia foi um pouco conturbado. Me ajeitei na carroça e fechei os meus olhos. Tentei dormir, mas o frio não me permitia. Comecei a virar de um lado para o outro e logo ouvir o murmúrio do Charles e fiquei imóvel.
Talvez isso esteja o irritando, então é melhor ficar quieta na carroça. Então, sem mais e nem menos, sinto a mão do Charles passar por minha cintura, causando-me sensações impossíveis de serem explicadas e logo depois o mesmo puxou-me para perto dele, fazendo o meu corpo colidir contra o seu. Soltei um gemido surpreso quando ele fez isso e então pude sentir a sua respiração quente na minha cabeça.
— Está quente agora?
— S-sim…
Realmente estou muito quente agora, todo o meu corpo está pegando fogo. É algo que eu nunca senti em toda a minha vida e muito menos sabia que podia sentir isso. Sinto o meu rosto quente também, talvez isso seja vergonha, já que consigo sentir todos os músculos do corpo quente e musculoso dele se contrair atrás de mim.
A sua mão na minha cintura não está me deixando raciocinar direito. Consigo sentir todo o seu corpo em mim e aos poucos, sinto que algo me cutuca também…
A que ponto…chegamos?!
Acordei assustada com o barulho de animais e assim que levantei a cabeça, gritei ao bater em algo duro. Abrir os olhos quase chorando e passei a mão na cabeça, havia batido a cabeça no banco da carroça e agora o Charles estava a me encarar.
— Se machucou, bela adormecida? — Perguntou num tom zombeteiro.
— Eu…eu acho que não…
— Chegamos, venha.
Charles desceu da carroça e eu fiquei ali por alguns segundos esperando a minha alma voltar para o corpo. Charles me encarou novamente e então disse;
— Vou lhe mostrar o básico da fazenda, o resto você conhece depois. Você só cuidará da casa e de limpar o terreiro, nada além disso.
— Nada a mais? — Perguntei.
— Isso só o futuro dirá.
Dito isso, ele me ajudou a descer da carroça, depois pegou as coisas que estavam ali e levou para dentro de casa. A fazenda era grande, a casa bem cuidada e limpa. Dentro era mais limpa que o normal também, tudo bem organizado e não havia pratos sujos na pia.
Era uma casa com 10 quartos, 5 quartos com suítes e 6 banheiros. Duas salas, duas cozinhas, duas lavanderias, um armazém e uma sala onde tinha algumas espécies de animais e plantas.
— O quarto principal é o meu, o seu você pode escolher. Irei tomar um banho, sugiro que faça o mesmo.
— Tomarei um banho rápido para poder preparar o café da manhã. Não será bom que o senhor saia sem se alimentar. — Disse enquanto entrava no quarto que ficava de frente para o dele.
Charles apenas concordou e adentrou o quarto dele, eu fechei a porta do meu e admirei o quarto. Ele era pintado de branco, tinha alguns quadros bonitos pendurados. Uma cama de casal no centro do quarto, cômoda e closet. Julgo que a família dele deveria ter sido muito rica, devido aos móveis de boa qualidade que tem aqui.
Adentrei o banheiro e fiquei ainda mais apaixonada. Me olhei no espelho e notei as olheiras, os meus olhos estavam com remelas…meu Deus, ele me viu tão acabada assim?! O que ele deve estar pensando agora?
Tomei um banho rápido, coloquei um vestido qualquer e sair do quarto. Fui até a cozinha, procurei por panela, depois fui na despensa e peguei o necessário para o café da manhã. Acendi o fogão a lenha com muito sufoco. Coloquei o cuscuz para cozinha, cortei carne, cebola, tomate, pimentão, alho e coentro, coloquei numa panela e fritei alguns ovos também.
Quando o Charles chegou na cozinha eu já estava terminando de preparar o café, arrumei tudo na mesa e o mesmo serviu-se enquanto eu ficava o encarando esperando ele provar a comida. Ele me encarou intrigado e então eu corei.
Os cabelos ruivos do Charles estavam molhados, ele também estava usando uma camisa de botões, ela estava meio aberta deixando uma parte do seu corpo a mostra. Segui os pingos de água que desciam do seu cabelo até os perder de vista. Porque ele tinha que ser tão atraente?
Charles então levantou-se, ele andou até onde eu estava e eu continuei parada. Não sei o que estou sentindo, todo o meu corpo queima em chamas enquanto o meu subconsciente só sabe gritar por ele. Charles parou a poucos centímetros de mim, ele ficou me encarando e nisso, eu tomei a iniciativa de me aproximar e tocá-lo.
Se eu pretendo ser feliz nesse relacionamento, eu terei que domar a fera e fazer ele cair de quatro por mim, ou então…eu ficar de quatro para ele! Charles então me puxou com certa brutalidade, ele apertou a minha cintura e passou a sua mão por trás da minha nuca, a levantou até enroscar ela no meu cabelo e então colou os seus lábios aos meus, me deixando imóvel por alguns segundos.
Quando senti a língua do Charles nos meus lábios, alguém bateu palma lá fora e os cachorros começaram a latir ferozmente para aquela pessoa. Charles se afastou de mim e saiu da casa, me deixando energética e com gostinho de quero mais. Toco os meus lábios ainda molhados e dou um sorriso sapeca, talvez…não seja uma má ideia…ultrapassar os limites…
...Autora Narrando ...
Enquanto Flora tomava café, Charles sentou-se em um banco debaixo de uma enorme árvore que tinha na frente da fazenda. O senhor chamado Emanuel, parecia aflito e o mesmo tinha um olhar cansado, como se não tivesse dormido durante a noite.
— O que aconteceu, senhor Emanuel? — Perguntou Charles, intrigado pela chegada inesperada do seu vizinho.
Senhor Emanuel era um velhinho de 60 anos, ele era o morador mais velho daquela pequena região. Já havia visto muitas coisas esquisitas, mas o que ele viu na noite anterior o deixou apavorado.
— Meu filho, essa noite aconteceu algo inexplicável e impossível de ser esquecido.— Começou o homem, enquanto tirava o seu chapéu da cabeça — Recentemente, duas vacas boas de leite deram cria de uma só vez. Eu estava feliz, pois haviam nascido mais duas vacas e o lucro seria grande para mim. Só que…ontem, uma besta escura atacou as minhas criações, dizimou quase todas as minhas ovelhas e matou algumas vacas e bois, principalmente os dois que nasceram recentemente. — Disse num tom triste.
— Que besta seria essa? Uma onça não faria tal coisa, já que ela costuma matar e levar para a mata.
— Não tenho certeza do que possa ser, mas suspeito que seja um lobisomem. Ele era grande e não teria como ser outra coisa, já que por aqui não tem ursos.
— Estranho…por aqui não havia relatos de lobisomem, será que é algum andarilho?
— Talvez, hoje eu irei ficar de vigia para ver se a coisa volta — Se levanta, coloca o chapéu na cabeça e continua — Tome cuidado filho, essa criatura costuma ser traiçoeira e só vai embora quando se sente ameaçada. Não deixe de andar armado.
Charles se pois de pé, ele apertou a mão do Senhor e disse:
— Tome cuidado também senhor, se precisar de algo, não hesite em pedir!
— Farei isso, obrigado.
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