Um mês passou rápido na vida de Raquel e Leonard. Com toda a rede de apoio que ela tinha, cuidar desse pequeno ser tinha sido surpreendentemente fácil. Rosa vinha de segunda a sexta, saindo às 17 horas, enquanto Fernanda e Benjamin apareciam sempre que possível, trazendo presentes ou ajudando a resolver algum problema. O vínculo que todos criaram com Leonard nesse período já era muito forte.
Enquanto faziam passeios diários, aproveitavam para registrar cada momento de Leonard, tirando várias fotos dele em diferentes situações. Mesmo com os desafios que enfrentaram logo após seu nascimento, como os dias exaustivos no hospital e a incerteza da possível aparição dos pais biológicos, Leonard estava crescendo saudável e forte. Eles se dedicavam a cuidar dele com todo amor e carinho, garantindo que cada dia fosse repleto de momentos felizes.
Enquanto isso, Donna fazia visitas regulares para ver Leonard. Cada vez que testemunhava a dedicação e o carinho de todos, seu coração se enchia de emoção. Ela via como Leonard era cuidado com amor e atenção, e isso a fazia acreditar ainda mais que ele seria uma criança feliz, rodeada de afeto.
Nesse dia, era a última visita dela antes de determinar se Raquel poderia ou não adotar Leonard. Todos estavam na sala, ansiosos para ouvir o que Donna tinha a dizer.
"Acabamos de receber o relatório final da polícia, mas não encontramos nenhuma pista sobre o caso. Não houve relatos de um bebê do sexo masculino desaparecido naquele dia, também não encontramos nenhuma mulher que tenha dado à luz recentemente. Sendo assim, Leonard pode ser adotado", explicou Donna cuidadosamente.
"Então, Raquel vai poder adotá-lo?" Fernanda perguntou, ansiosa.
"Sim. Durante todas as visitas, pude observar que o ambiente é totalmente perfeito para o desenvolvimento saudável de uma criança. Como prometido, ajudarei a acelerar o processo de adoção", afirmou Donna, sorrindo.
A felicidade que se instalou no ambiente era tão intensa que parecia palpável; todos se abraçavam e comemoravam. Logo depois, Donna partiu, e eles foram preparar um almoço para celebrar a notícia. Depois de fazer Leonard dormir, Raquel se juntou aos outros na cozinha, e a festa começou ali mesmo. Eles fizeram várias receitas diferentes e sempre que tinham alguma dificuldade, recorriam a Rosa, que ajudava com muita paciência.
"Nossas aulas vão voltar amanhã, como você vai fazer? Rosa vai cuidar de Leonard durante o dia?" Fernanda questionou, enquanto cortava os legumes.
"Claro, faço questão, por favor, foque em terminar seu curso, querida" Rosa falou antes que Raquel pudesse dizer qualquer coisa.
"Você é uma pessoa muito boa, Rosa, tem me ajudado tanto, queria poder te pagar mais, mas eu ficaria devendo a Deus e o mundo se fizesse isso". Raquel disse olhando carinhosamente para Rosa.
"Não se preocupe com isso, tenho certeza que você vai ser uma arquiteta famosa e vai me deixar rica depois", Rosa brincou mostrando um sorriso maroto, fazendo todos rirem.
"Também quero ficar rico às custas da Raquel" Benjamin falou zombando da situação e Fernanda deu um peteleco na testa dele.
"Não fale bobagens, você também vai estar se formando, trabalhe pra conquistar seu próprio dinheiro" Fernanda o repreendeu.
"Como você é malvada" Benjamin reclamou coçando a testa, logo após começou a fazer cócegas na barriga de Fernanda, dando um beijo na sua bochecha depois. A ligação que criaram por causa de Leonard fez ele perder o medo que tinha e agora estavam bem próximos.
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Um mês passou na vida de Erick, mas cada dia pareceu uma eternidade; a dor que ele sentia era indescritível e cada dia se tornava maior. Tendo passado dias em claro, ele gastava seu tempo ajudando nas investigações para encontrar sua filha, mas nenhuma das pistas que encontraram deu algum resultado e a frustração tomava conta dele. Durante as investigações, até encontraram uma recém-nascida em um orfanato, mas o resultado do teste de DNA foi negativo. Ele estava cansado e seu coração estava pesado. Quase perdendo o investimento mais importante para a construção da sua empresa, mas não se importava mais.
Seus pais, vendo o sofrimento do seu filho, resolveu lhe fazer uma visita para tentar animá-lo um pouco. Todos estavam sentados na sala, esperando o almoço ficar pronto e conversando sobre a vida.
"Sabe filho, você deveria retornar para seu trabalho e recuperar sua vida, o investimento que você lutou tanto para conseguir está quase sendo jogado fora, eu sei o quanto você está sofrendo, mas você não pode se deixar vencer, apenas deixe comigo as investigações para encontrar sua filha, prometo que te contarei tudo sempre que encontrar alguma informação relevante", disse Jackson, depois de tomar um gole de whisky.
"Achei que você ficaria feliz por eu não conseguir, assim eu teria que desistir de tudo para seguir no mesmo ramo da família." Erick disse de forma irônica.
"Não fale assim, eu jamais faria isso, como eu poderia ignorar todo o esforço que você teve ao fazer dois cursos ao mesmo tempo, só para seguir seus sonhos? Eu só quero sua felicidade." Disse Jackson, compreendendo que seu filho não falava por mal, apenas estava sendo muito difícil para ele.
"Seu pai tem razão, meu filho, por favor, só queremos seu bem", Mary falou com olhos amorosos.
"Você deveria esquecer isso tudo, a chefe de investigações já falou que quanto mais tempo passa-se mais difícil seria encontra-la, você está apenas perdendo tempo e dinheiro", Vitória disse friamente.
"Quem é você pra falar algo, você nem se importa com o que acontece com sua própria filha" Erick falou aumentando o tom de voz.
"Não fale do que você não sabe, eu também perdi uma filha, é óbvio que eu estou sofrendo, mas a vida não pode parar" Vitória falou e saiu correndo em direção as escadas, enquanto algumas lágrimas caíam sobre suas bochechas.
Erick apenas olhou de canto de olho e resmungou algo inaudível, como se não acreditasse nas lágrimas da esposa.
"Meu filho, você tem que ter paciência com Vitória, não se esqueça que ela teve depressão pós-parto" disse Mary, sentindo empatia pela nora.
"Eu vou conversar com ela depois e pedir desculpas" Erick disse confortando a mãe e tomando um longo gole de whisky.
Ao chegar no quarto, Vitória viu seu telefone piscar mostrando uma ligação, ela rapidamente atendeu, sentindo nervosismo.
"Eu já concluí as investigações, seu filho foi adotado por uma jovem nos subúrbio da cidade, a condição de vida dele é boa, então seu filho provavelmente não terá dificuldades" disse a voz desconhecida.
"Eu não ligo se ele vai ter ou não uma vida boa, só quero saber se você já terminou de limpar todos os rastros" disse Vitória impaciente.
"Sim, tudo saiu como planejado, principalmente pelo fato do idiota do seu marido procurar uma menina", disse a voz desconhecida em tom de deboche.
"Ok, então não me ligue mais, na hora certa eu te procuro" Vitória falou rapidamente.
"Falando assim, nem parece que você me ama, não seja cruel" disse a voz desconhecida em um tom ressentido.
"Claro que eu te amo, apenas temos que ser cautelosos, você sabe disso, adeus!" Vitória falou, desligando a chamada logo em seguida.
Ela ficou um tempo na frente do espelho admirando sua inteligência e capacidade de interpretação, todos os seus planos estavam dando certo e seu coração borbulhava de felicidade. Escutando batidas na porta, ela foi pacientemente abrir.
"Desculpa pela forma que falei com você" Erick disse, segurando a mão de Vitória.
"Tudo bem, eu entendo que está sendo difícil para todos, meu amor" Vitória falou com um olhar gentil, abraçando Erick.
"Vamos descer, o almoço está na mesa" Erick falou se afastando dela e saindo do quarto, sem ao menos esperá-la.
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Atualizado até capítulo 41
Comments
Neide Lima
i já passeia dos 100 mais só Leio os concluídos e muito Bom 🤔como esse 🤭😂👏👏👏🌹🌹🌹🌹🌹
2024-07-05
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Vó Ném
Sabia que essa pilantra tinha um segredo, só não entendi porque afastou o bebê do pai? Será que não era filho dele?
2025-03-21
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Silvia Barbosa
Ela não teve depressão pós parto. Ela deve é ter um amante e um filho iria atrapalhar sua performance.
2025-01-03
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