No caminho de volta para casa, Raquel fez uma parada em uma loja de produtos infantis. A loja era grande e tinha todo tipo de produto que se pudesse imaginar, com agilidade, escolheu algumas roupinhas para o recém-nascido, selecionando a mais encantadora para vestir no Leonard quando ele deixasse a maternidade, também pegou vários itens que achava necessário.
Além disso, ao passar pela seção de móveis, escolheu alguns, incluindo um berço delicadamente decorado como um céu estrelado, encontrou um carrinho de bebê e uma cadeirinha de segurança que achou de muita importância. Como não queria demorar muito, rapidamente fez o pagamento e saiu da loja levando consigo os itens mais importantes e solicitou a entrega dos demais em sua casa.
Ao chegar em casa, Raquel imediatamente lavou as roupas que havia comprado e as colocou na máquina de secar no ciclo mais suave.
Como sua casa era relativamente grande, Raquel havia contratado Rosa, uma empregada doméstica que vinha algumas vezes por semana. Ela educadamente pediu a Rosa que recebesse os itens comprados antes de ir para casa, mostrando-lhe o quarto onde eles deveriam ser colocados.
"Posso perguntar o que está acontecendo? Alguém vai se mudar para esse quarto?" Rosa questionou curiosa, vendo ela sair.
"Você sabe que pode fazer essas perguntas, afinal é quase da família", Raquel disse gentilmente e continuou: "Sim, uma pessoa vai vir morar aqui, um bebê."
"Um bebê? De quem é esse bebê?" Rosa perguntou confusa.
"Depois eu te explico, tenho que voltar logo para a maternidade", respondeu Raquel, deixando Rosa ainda mais confusa.
Então ela se dirigiu ao banho, refletindo sobre todos os acontecimentos até então. Percebeu que havia feito uma escolha difícil para sua vida, mas não conseguia se arrepender; ao contrário, sentia-se ansiosa para retornar ao encontro de Leonard o mais rápido possível.
Após o banho e vestindo uma roupa confortável, Raquel passou as roupas de Leonard e as colocou junto com os outros produtos na bolsa de maternidade. Em seguida, pegou os documentos que Donna havia solicitado, verificou se não havia esquecido de nada e partiu para a maternidade.
Ao chegar, ela encontrou Donna estacionando seu carro. Raquel saiu do seu carro e respirou profundamente para não demonstrar o cansaço após a quantidade de tarefas que havia cumprido.
"Você parou em uma loja infantil?" Questionou Donna, olhando para a bolsa que Raquel carregava.
"Foi algo rápido, depois eu voltarei para comprar mais itens necessários, não queria deixar você esperando", Raquel disse enquanto se aproximava.
Donna percebendo que ela estava se esforçando tentando parecer forte o suficiente para cuidar de uma criança, ficou admirada com sua determinação e não fez mais perguntas.
"Não se preocupe, você não demorou" ela disse, então as duas entraram. Não demorou muito para que a papelada fosse preenchida e Raquel pudesse voltar a cuidar de Leonard.
"Na próxima semana farei minha primeira visita, eu ligarei avisando de qualquer forma," disse Donna, despedindo-se de Raquel.
Ao retornar ao quarto, Raquel encontrou o pequeno Leonard dormindo tranquilamente, o que fez seu coração se acalmar. Sentando-se na cama, ela ficou ali, admirando-o, enquanto refletia sobre o porquê de já estar tão apegada àquele bebê.
Alguns minutos depois, Aline entrou no quarto e ficou impressionada com o tamanho da bolsa que Raquel tinha trazido. "Quantas coisas você trouxe?" ela questionou, rindo.
"Nada demais, só alguns produtos de higiene e umas roupinhas. Como vamos precisar ficar por dois dias aqui, não queria que ele ficasse desconfortável," Raquel respondeu, tentando disfarçar.
"Leonard tem sorte de ter sido encontrado por você," disse Aline, admirada, fazendo um sorriso surgir no rosto de Raquel. "De qualquer forma, eu tinha vindo apenas para ver como ele estava. Você já se alimentou?"
"Eu comi um pouco em casa," respondeu Raquel.
"Não se esqueça de cuidar de si mesma. Você não terá forças para cuidar dele se não estiver bem de saúde..." Aline avisou, preocupada. "Meu plantão acaba ao meio-dia, mas as outras enfermeiras continuarão cuidando de você e trarão uma refeição."
"Tudo bem, obrigada por toda a paciência que você está tendo comigo," disse Raquel, sentindo-se grata.
"Imagina, você facilitou muito meu trabalho e cuidou do pequeno Leonard perfeitamente. Essas primeiras horas são fundamentais para um bebê recém-nascido, principalmente no estado em que ele se encontrava," Aline disse, demonstrando carinho, depois se despediu e saiu do quarto.
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No outro lado da cidade, Erick estava sentado ao lado de Vitória, que acabara de acordar.
Seus olhos estavam vermelhos, denunciando as lágrimas derramadas na noite anterior, mas agora ela olhava fixamente para frente, como se encarasse o vazio. O médico que a acompanhava já havia alertado sobre a possibilidade de depressão pós-parto devido ao trauma, então Erick apenas segurava sua mão, tentando confortá-la.
Amanda entrou no quarto e pediu para falar com Erick do lado de fora. Quando saíram , imediatamente começou a falar: "Sr. Erick, encontramos um carro com as mesmas características do usado no sequestro, em um local abandonado. Mas quando chegamos lá, ele estava pegando fogo e explodiu antes que pudéssemos fazer qualquer coisa. Dessa forma será impossível seguir essa pista."
"Impossível..." Essa palavra ecoava na mente de Erick. "Você está querendo dizer que não vão mais conseguir encontrar minha filha?" ele questionou, incrédulo.
"Vamos procurar por outras pistas, mas essa era a nossa melhor chance. Sinto muito," respondeu Amanda, compreendendo a frustração do jovem.
Depois que Amanda saiu, Erick entrou no quarto e logo em seguida uma enfermeira chegou com uma refeição para Vitória.
"O senhor também deveria comer algo, tem um refeitório no andar superior, se quiser..." a enfermeira sugeriu, com empatia.
"Eu não estou com fome, não precisa se preocupar," respondeu Erick. Neste momento, sua mãe entrou e ao ver a cena, não pôde deixar de ficar preocupada. "Vá comer, meu filho. Eu fico com sua esposa. Você precisa se manter forte para cuidar dela e encontrar sua filha." Sem alternativas, ele seguiu o conselho da mãe e se dirigiu ao refeitório.
Cansado da viagem e de tudo o que aconteceu naquela manhã, seu corpo parecia que estava prestes a desmoronar a qualquer momento, principalmente pela angústia de não ter nenhuma notícia de sua filha. Era como se estivesse caindo em um poço sem fundo, onde apenas a escuridão era sua companhia.
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Atualizado até capítulo 41
Comments
Celia Duarte
Hum ! Nao sei nao mas a mulher dele, tem historia mal contada😤 para mim o léonardo é o filho dele e a cascavel da mulher mentiu 🤔😡
2024-07-07
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Jaine Sousa
parando pra pensar qual a lógica de pararem uma ambulância e roubarem um bebê??
e ainda sem saber de quem e filho, pra pelo menos pedir resgate.
e quem em sã consciência quase ganhando sai de casa sozinha, essa amiga não podia ter ido na casa dela, não a acompanhou na ambulância
2024-12-20
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Claudia Ribeiro
essa história está muito suspeita prá mim o bebê e que a Raquel encontrou e o filho do Erick
2024-11-23
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