A Vilã Prefere o Vilão...

A Vilã Prefere o Vilão...

Capítulo 1

A história é quase sempre a mesma, um atraente príncipe herdeiro, obrigado a ficar noivo de uma mulher que não ama, enquanto ao conhecer a irmã dela, cai perdidamente apaixonado por ela, então, sua prometida, a vilã, neste caso, Layla Amary, filha mais velha do ducado Amary, enfurece ao saber que sua irmã mais nova e seu noivo se gostam, então, ao ver que o casal quer ser feliz juntos, Layla começa a perseguir sua jovem irmã, que sempre é a vítima inocente e é resgatada pelo bravo príncipe que enfrenta sua malvada noiva, até seus pais defendem a protagonista inocente, até que finalmente Layla tenta assassinar a protagonista, quando o príncipe finalmente consegue romper o noivado, mas é impedida a tempo, sendo condenada a uma execução pública, onde todos a odeiam por querer assassinar uma moça tão inocente e amável.

Após sua execução, os protagonistas se noivam, tornando-se o casal mais admirado pelo império, mas antes de seu final feliz, enfrentam diversos problemas, entre eles, deter o irmão do imperador que deseja tomar o trono e é conhecido como o dragão de espinhos, devido à sua facilidade de matar seu inimigo sem compaixão usando sua magia de espinhos, mas os protagonistas o enfrentam com astúcia, ganhando essa batalha, onde finalmente o imperador nomeia seu filho como imperador e a protagonista, ao proteger o império, ganha a confiança do pai do príncipe herdeiro, e assim têm seu final feliz.

Um clichê muito conhecido, onde a protagonista é amada por todos só porque é bonita e gentil, enquanto que os vilões são considerados escória só porque tentaram recuperar o que lhes foi tirado, pois a vilã Layla se preparou por anos após o anúncio de seu noivado com o príncipe herdeiro. Layla era sociável, tinha influência entre as damas da sociedade, tinha talento para tudo, até para a magia, mas depois, um doce sorriso de sua irmã mais nova e seu noivo a deixou por esta, além de seus pais dizerem que ela não deveria agir com raiva, pois com sua reputação, facilmente poderia conseguir outro noivado, ou seja, favoreciam a irmã mais nova.

Não queriam ver o quão ruim isso se parecia, inclusive propuseram a Layla se casar com o duque Mondragon, o irmão mais novo do imperador, que possuía um grande território e grande fama por ter sido o protetor do império quando anos atrás estourou a guerra, inclusive foi ele quem conseguiu o direito ao trono, mas após três anos de seu casamento, ele e sua esposa não conseguiram conceber um filho, sua esposa também adoeceu e se disse que ele era estéril, coisa que nunca foi desmentida, o que fez a sociedade sentir pena por sua esposa, que morreu por sua doença sem ter deixado um descendente e devido a isso, o imperador não quis deixar-lhe o trono, porque se fosse estéril, não teria descendentes, por isso passou o trono ao atual imperador, que era o irmão mais velho, mas sem nenhum mérito importante, já que durante a guerra, nunca quis ir à batalha.

Layla certamente se recusou a aceitar "migalhas" porque ela havia estudado e se esforçado para ser a imperatriz, mas seus pais consideraram isso um capricho, então foi nesse momento que Layla decidiu assassinar sua irmã mais nova, mas tudo falhou e ela acabou sendo executada. Hanna um dia acordou sendo Layla Amary, justo quando já havia sido comprometida com o príncipe herdeiro, no começo tudo foi confuso, mas aos poucos se acostumou a essa nova vida, mas ao contrário da verdadeira Layla, ela não se importa com esse príncipe infiel, pois em alguns anos, sabe que ele e sua irmã se apaixonarão.

Mesmo assim, ela continuou se preparando, deixando que tudo acontecesse naturalmente, até o momento em que ela deve fazer seu movimento para mudar seu destino. Enquanto ela se dedicava a estudar, seus pais mimavam sua irmã mais nova, Felicia Amary, uma menina de 10 anos, enquanto Layla tinha 12. Felicia às vezes procurava Layla e pedia para brincar com ela, mas Layla apenas dizia para ela se afastar, fazendo com que Felicia chorasse e procurasse um de seus pais para dizer que Layla a havia rejeitado para brincar, isso levava o duque ou a duquesa a procurar Layla para repreendê-la por ter feito Felicia chorar.

— Por que é minha culpa? Eu tenho que estudar e ir às minhas aulas, isso é ruim? — pergunta com total seriedade.

Seus pais perceberam que Layla havia mudado, antes abaixava a cabeça e se desculpava com Felicia, desta vez não o fez e até expressou seu incômodo.

— Deixem minha neta fazer o que ela quiser, vocês não podem forçá-la a brincar com Felicia, na verdade, Felicia deveria parar de ser tão preguiçosa e estudar. — opina a mãe do duque.

Felicia ao ouvir isso, se esconde atrás da saia da sua mãe e começa a chorar baixinho, alegando que ela não é preguiçosa e que estuda. Mas a ex-duquesa se mantém firme em seu incômodo.

— Vocês não podem castigá-la só porque prefere estudar. — acrescenta a ex-duquesa. — Vamos Layla, é hora das suas aulas de piano.

A mulher mais velha leva Layla pela mão, enquanto Felicia fica com seus pais e não pode evitar chorar, dizendo que sua avó a odeia. Isso causa mal-estar nos duques, mas mesmo que reclamem com a ex-duquesa, esta se mantém firme e diz que se isso fizer Felicia odiá-la, está tudo bem, não pensa em mimar excessivamente apenas uma menina.

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— Avó, por que meus pais só dão favoritismo à minha irmã? — pergunta Layla.

Claro, ela sabe o porquê, mas apenas finge agir como uma criança, dessa forma, talvez possa pelo menos ter sua avó ao seu lado, de modo que seus pais não a incomodem tanto em relação a Felicia.

— Não é assim minha menina, só que às vezes os pais se concentram no irmão mais novo porque são eles que precisam de mais ajuda.— se desculpa.

— Isso significa que os irmãos mais novos são burros? É por isso que ela não estuda porque não aprenderia nada? — mostra uma expressão de dúvida e inocência.

A ex-duquesa ri das perguntas da neta, mas lhe dá razão, embora peça para ela não dizer isso na frente dos pais ou eles podem ficar bravos. Os dias continuam passando, Layla costuma passar tempo com sua avó depois de todas as suas aulas e em várias ocasiões tentaram incluir Felicia, mas quando ela se junta a elas e falam apenas sobre problemas políticos, sociais ou de livros, Felicia se entedia, fazendo birra porque não brincam com ela.

— Já te disse para deixar Layla em paz, ela não está interessada nos jogos, você não pode forçá-la. — reclama a ex-duquesa para sua nora.

— Felicia é uma criança, vocês não podem falar com ela apenas de coisas que a entediam e Layla é a irmã mais velha, deveria brincar com Felicia. —

— Layla também é uma criança, você deveria ter vergonha de repreendê-la só porque não satisfaz o capricho de Felicia. Se continuarem assim, falarei com a imperatriz e pedirei para me deixar levar a Layla para minha casa de campo. —

— Ela é minha filha, você não pode fazer isso, direi ao meu marido, você nunca poderá levar Layla. — aponta para Layla.— vai brincar com Felicia.

—E por que você não vai? Se quer fazê-la feliz, deveria ser quem vai brincar com ela, se eu for, não brincarei, apenas me sentarei para ver como Felicia age como um macaco sem cérebro. — responde Layla.

A duquesa se aproxima rapidamente de Layla e lhe dá um tapa, a ex-duquesa, Celestine, ao ver isso, grita com sua nora pelo que fez, mas ouvem Layla rir baixinho e levantar o olhar.

— Mãe, com isso eu comprovo que vocês não me amam, depois não me culpem por não sentir simpatia por você e seu esposo. —

Dito isso, Layla se vira, saindo daquele salão para ir ao seu quarto, enquanto a ex-duquesa e sua nora ficam discutindo, Felicia por sua vez, só chora inconsolável segurando a saia de sua mãe.

*****

— Por sua culpa a avó e mamãe estão brigando. — reclama Felicia.

—Minha? Tudo aconteceu porque você fez birra, se quer brincar busque amigas ou brinque com suas babás, eu não vou perder meu tempo com uma idiota. — já a tem farta.

Seus planos eram permanecer distante da história e, quando os protagonistas fossem felizes, ela se retiraria em silêncio. Porém, o fato de Felicia sempre lhe causar problemas e de a duquesa a ter agredido apenas a irritou mais. Não importava se Felicia era apenas uma criança; quando tudo começasse, ela acabaria com todos, aproveitando para vê-los sofrer.

— Não sou estúpida, peça desculpas ou direi ao papai. — responde irritada.

— Vá em frente, diga. Assim, assim como à duquesa, você a estará condenando a um fim doloroso. — exibe um sorriso malicioso.

Ao vê-la, Felicia sente um arrepio. O olhar de Layla estava a assustando, então ela apenas sai correndo do lugar. Layla espera que, com isso, ela pare de incomodá-la por um tempo.

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