Capítulo 20

Após passar uma noite no palácio, Hades e Layla dirigem-se à mansão Amary, para a sorte de Layla, não se encontrou novamente com Denis ou seria um incômodo ter que estar suportando suas súplicas. Ao chegarem à mansão, Celestine os recebe e já tinha tudo preparado para beber o chá, da janela de uma sala, Felicia observa os recém-chegados, mas não consegue evitar olhar com desprezo para Layla, ela estava tendo um bom casamento, enquanto ela tem que suportar se casar apenas como concubina, além de que Denis lhe fez saber que era apenas uma formalidade tomá-la como concubina, mas não teriam noite de núpcias e muito menos seriam um casal de verdade.

Celestine fala sobre as reuniões que teve com alguns de seus aliados, estes decidiram apoiar Hades, é claro que querem se encontrar com ele e Layla mais adiante.

— Quanto ao ducado, decidi adotar um jovem que seja apto para herdá-lo. — menciona Celestine.

Layla se surpreende com a decisão de sua avó, mas imagina que ela não deseja que seja seu pai quem o herde, porque no passado, Celestine lhe disse que embora seja seu filho, ele não foi um bom homem, ela soube disso desde que ele preferiu dar preferência à sua amante e à filha dela, que até agora, Celestine duvida que seja filha do duque.

— Não me oponho à sua ideia, mas você já tem alguém em mente? — pergunta com curiosidade.

— Sim, tem sido meu plano de apoio, desde que seu pai decidiu que você se casaria com o príncipe herdeiro. Depois, eu queria deixar tudo para você quando soube que você não queria aquele casamento, mas agora, se você conseguir o que pretende, eu preciso de alguém que seja herdeiro. — explica Celestine.

— Compreendo, avó, eu te apoiei e sei que sua escolha é a melhor. Nas mãos do meu pai, o ducado só perderá seu prestígio. —

Todos sabem agora que ele traiu sua esposa doente e, pouco tempo depois, casou-se com sua amante, e justamente a filha que ele teve com ela agora será apenas uma concubina do príncipe porque tudo começou como uma amante, assim como sua mãe.

— Se precisar de ajuda, não hesite em me contatar, porque tenho certeza de que o duque não ficará de braços cruzados quando souber disso. — Hades tem certeza de que a mulher precisará de proteção.

— É verdade, avó, antes de revelar tudo, é melhor você se afastar desta mansão e aumentar sua guarda. — pede Layla.

— Assim farei, querida, serei uma senhora idosa, mas sei me prevenir desse tipo de situação. — ela ri.

Celestine explica quem ele é e onde está o jovem que ela planeja adotar como herdeiro, por isso mandou chamá-los, pois quer que eles o busquem em uma academia nos arredores da capital e que ele seja levado para a mansão de descanso da família Amary, onde ele ficará e receberá a educação para assumir o controle do ducado dentro de um ano. Enquanto eles vão buscar esse jovem, ela se encarregará de usar suas influências para poder concretizar uma reunião entre seus aliados e o casal.

Ao final da conversa, ambos vão se instalar na mansão, Layla sugeriu que ficassem no que era seu quarto, enquanto se dirigem para a área, o duque que estava voltando se aproxima deles, o duque sorri para Layla.

— Minha adorável menina, é bom vê-la, não me acostumo que você já saiu de casa. — ele diz de forma amorosa.

— Poupe sua atuação de pai amoroso, duque Amary, eu sei bem sobre o tratamento que minha esposa recebia nesta casa. — responde Hades.

O duque aperta a mandíbula com raiva pelas palavras de Hades.

— Não venha me insultar em minha própria casa e espero que vão embora logo. —

O duque segue seu caminho, aparentemente queria se mostrar bem na frente de Hades, mas sua atuação não deu certo. Layla pede às criadas que levem o jantar para seu quarto mais tarde e que preparem o banho.

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Na manhã seguinte, eles se despedem de Celestine e partem para a missão que a mulher mais velha lhes deu. Por outro lado, no palácio, tudo está sendo preparado para a cerimônia de casamento de Felicia e Denis, que estava sozinho em seu quarto, ele estava trancado há dias, sofrendo devido à rejeição de Layla e pelo terrível erro que cometeu. Ele pensa como foi tolo, que deveria sempre ter dado prioridade a Layla, mas em vez disso, ele se deixou levar ao conhecer a personalidade adorável de Felicia.

Enquanto isso, a imperatriz chamou uma pessoa, uma bela mulher vestida de forma um tanto exótica, devido ao seu vestido ousado. A imperatriz lhe entrega uma bolsa de ouro e diz que haverá outra quando ela cumprir sua missão, que é acabar com Layla.

— Quando ela estiver em seus últimos suspiros, certifique-se de que ela saiba quem a enviou e que ela nunca deveria ter se casado com ele. — ela diz com um sorriso zombeteiro.

A mulher acena com a cabeça e, após guardar a bolsa de ouro, se retira. Agora sim, a imperatriz se sente vitoriosa, ela se livrará de Layla e assim, ninguém mais ousará tentar roubar Hades dela, porque ninguém pode tê-lo, se ela não conseguiu, ninguém conseguirá.

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Embora o lugar para onde Hades e Layla irão não fique muito longe da capital, levaria dois dias para chegar à academia, então eles passaram pelo ducado para preparar tudo para sua viagem, até Hades precisa adiantar um pouco de seu trabalho antes de partir, enquanto Layla se encarrega de supervisionar o carregamento de tudo o que é necessário nas carruagens.

— É tudo, senhora, suprimentos, água e armas, tudo preparado nas carruagens, também tenho a seleção de guardas que os escoltarão. — o capitão entrega uma lista a ela.

— Bem, isso será suficiente, diga-lhes para descansarem cedo, porque partiremos ao amanhecer. — ordena Layla.

O capitão faz uma reverência e procede para cumprir a ordem da duquesa, chamando os guardas que viajarão com eles e ordenando que descansem já, é normal, pois ao viajar, eles devem estar bem alertas caso sejam perseguidos por bandidos ou qualquer outra ameaça.

E assim, na manhã seguinte, sua jornada começa, para Layla não era muito animador viajar, especialmente porque passar muito tempo em uma carruagem se tornava cansativo, mas ela atenderia ao pedido de sua avó, ela foi a única que a tratou bem desde que ela reencarnou, além disso, ela está sendo um bom suporte em seu ideal de conquistar o trono. Ela ia sozinha na carruagem, já que Hades ia a cavalo liderando os cavaleiros. Talvez ao voltar ela devesse aprender a andar a cavalo, seria muito útil no futuro e é a única coisa que ela não aprendeu, já que se concentrou em estudar magia e combate, algo que é mais útil para ela.

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Na capital, esta noite será celebrada a união de Felicia e Denis, embora, ao contrário de um casamento, como ela só entrará como concubina, a cerimônia será apenas entre a família dos envolvidos. Felicia nem conseguiu escolher um vestido bonito, ela estava apenas usando um branco e simples, além disso, estando no altar, Denis parecia zangado; o sacerdote inicia a breve cerimônia, faz um breve sermão e os declara marido e mulher. Ambos saem do templo, acompanhados pelos familiares, neste caso, do lado de Denis, os imperadores e do lado de Felicia seu pai, ele a parabeniza sem muito interesse, agradecendo a Denis por assumi-la como sua responsabilidade, dizendo isso, ele se despede dos imperadores e vai embora.

O imperador simplesmente se afasta deles sem dizer nada, enquanto a imperatriz diz a Felicia que para não envergonhá-los mais, ela terá uma professora que lhe ensinará boas maneiras e a Denis ela apenas diz que ele deve se atualizar sobre seus deveres, já que por estar trancado nestes últimos dias ele negligenciou tudo.

— E tirem essas caras de decepção, vocês mesmos pediram por isso. — ela os lembra.

Dito isso, a imperatriz se retira, deixando os dois sozinhos, Felicia segura o braço de Denis e sorri.

— Alteza, estudarei muito, asseguro-lhe que não o decepcionarei. — ela diz um pouco nervosa.

Denis afasta o braço dela e se afasta.

— Não me importo com o que você faz, apenas não me incomode. — ele responde irritado.

— Por que você me trata assim? Você sempre foi gentil comigo, sempre me protegeu de Layla. — sua expressão se torna triste.

— E isso me fez perdê-la, não sei como pude ser tão tolo, eu deveria ter apenas ignorado você. — ele responde irritado.

— Você é bom, é por isso que você não ignorou as maldades da minha irmã. Sei que você ficará bem, minha irmã não merece um bom homem como você. —

Ela tenta segurar a mão dele, mas Denis a afasta.

— Ela é realmente má ou apenas foi rígida com você? —

Após esta pergunta, Denis se vira e decide sair sozinho do templo, deixando Felicia sozinha e apenas uma das criadas pede que ela entre na carruagem.

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