Pablo...
Esse sentimento, para mim, é novo tanto quanto o amor que sinto por ela. Me dá uma vontade de pegar todos esses presentes e jogar no mar.
_ Pablo?
_ Está bem?
_ Eu estou com raiva… _ Confesso o que sinto.
_Por quê?
_ Esse seu chefe te dando esses presentes e flores me deixou com raiva, não entendo direito o que estou sentindo, mas eu não gosto de sentir isso, mas também não consigo controlar.
_ Você está com ciúmes?
_ Não sei, se ficar com raiva por outro homem de dar presentes é ciúme, então estou com ciúme.
_ Precisa confiar em mim._ Ela fala.
_ Eu confio em você, só não confio nele, acho estranho essa atitude dele com você.
_ Acha que ele está me vendo de outra forma que não seja funcionário e empregador?
_ Sim, acho.
_ Sinceramente, espero que você esteja enganado, não quero arrumar outro problema para minha vida, e você está proibido de ficar com ciúme, você não tem esse direito já que abriga na sua casa a suposta mãe de um filho seu.
_Entao você também está com ciúme? _ Pergunto.
_ Talvez um pouquinho assim._ Ela fala medindo com o polegar e indicador o tamanho do seu ciúme.
Ela faz de um jeitinho tão meigo e eu nem me lembro, mas do tal ciúme que estava sentindo, abraço forte e depois a beijo.
_ Vamos fazer um juramento, confiar um no outro; e independente de qualquer situação, procurar esclarecer antes de tomar qualquer atitude. _ Ela propõe.
_ Sim._ Falo.
Ela levanta o dedo mindinho para mim, fico sem entender.
_ Aí, meu Deus, você não sabe que depois de um juramento entrelaçamos os dedinhos como um elo e confirmação?
_ Há, sim, mas isso fazemos quando criança._ Falo rindo dela.
_ Não importa, eu faço até hoje, é assim que eu e a Olivia selamos nossos juramentos.
_ Então, nosso juramento está confirmado e autenticado pelos nossos dedinhos. _ Falo entrelaçando o meu dedo no dela.
Na manhã seguinte, após nos despedimos, ela foi para o carro dela e para o meu, mas o dela não queria pegar de jeito nenhum, então a levei até o trabalho, como sempre, dei a volta para abri a porta para ela.
_ Bom dia! Obrigada por me trazer.
_ É sempre um prazer ajudá-la. _ Falo e a beijo.
_ Bom dia, Suzane!_ Fala um homem aproximando-se de nós.
_ Bom dia, senhor Garcia.
_ Bom dia!_ Falo sério, ele não me parece estranho, tento me lembrar dele, mas não consigo.
_ Bom dia! Pablo González._Ele fala.
_ Nos conhecemos? _ Pergunto.
_ Não diretamente.
_ Não me lembro de você.
_ Talvez se lembre de Almerinda?
A caramba! Almerinda Garcia!
_ Eu me lembro. _ Falo, mantendo minha postura firme.
_ Tenha um bom dia!_ Ele fala como alguém que guarda mágoa e sai.
Suzane fica me encarando como se estivesse tentando entender o que aconteceu aqui, pelo clima que ficou quando o Santiago Garcia falou da Almerinda.
_ O que aconteceu com essa Almerinda? — Ela pergunta.
_ Uma história longa, que se você me deixa dormir com você hoje de novo, eu te conto, e desde já entenda que eu tinha dezoito anos, não justifica o que fiz, mas eu era imaturo.
_ Então, pelo que entendi até agora, foi algo sério._ Ela comenta.
_ Sim.
_ A noite, você me conta essa história com todos os detalhes.
_ Eu conto.
Após me despedir dela, vou para casa; chego a encontrar a Paola sentada no sofá com uma caixa de bombons.
_ Isso não está certo, me dê isso!_ Falo sério com ela.
_ Não, eu quero me empanturrar de chocolates.
_. Mas não vai mesmo, quer ficar com diabete? E o meu sobrinho ou sobrinha vai ficar doente, então me passa essa caixa de bombons para cá.
_ Aí, Pablo, como você é chato!
_ Se é para o bem de vocês, não me importo com essa fama de chato.
_ Vou morar com Felipe no próximo mês, assim vou ter a liberdade de comer tudo o que eu quero.
_ Você vai ficar doente, então não vai para lá pelo menos até o bebê de titio nascer._ Falo acariciando a barriga dela.
_ Bom dia! Você não dorme em casa._ A Selena fala, aparecendo com uma minúscula camisola.
Eu preciso me livrar dessa doida! Ela vai acabar ferrando o meu relacionamento com a Suzane.
_ Bom dia!_ Respondo sem nenhum tipo de interesse.
_ Onde dormiu? _ Ela pergunta.
_ Escuta aqui, o fato de supostamente estar esperando um filho meu não te dá o direito de invadir minha casa, minha privacidade, onde durmo ou deixo de dormir, não é da sua conta.
_ Por que me trata assim?_ Ela já fala, fazendo drama.
_ Aí, garota, chega! E meu irmão está certo, não lhe deve satisfação de nada._ Paola fala, parecendo irritada.
Saio para o meu quarto deixando as duas na sala, e uma ideia me vem, vou alugar um apartamento próximo daqui para Selena, assim não preciso conviver com ela.
Passava perto do quarto onde ela estava dormindo, quando ouvi o celular dela tocar, entrei para pegar e levar para ela, era um contato de um homem chamado Ricardo.
Antes que eu chegasse às escadas, a ligação havia se encerrado. Em seguida, ele mandou mensagens.
Ricardo: Já fez o aborto? Eu espero que sim, não vou acabar com o meu casamento por sua causa.
Fico sem acreditar no que acabei de ler, esse bebê não é meu? Sacana! Penso em descer até lá e colocá-la contra a parede e fazê-la confessar.
Mas penso bem e vou fazer outro tipo de abordagem. Volto para a sala e ela está assistindo ao filme.
_ Selena, seu celular, Ricardo te ligou._ Falo e ela fica pálida, não consegue esconder a preocupação que lhe vem.
_ É... você atendeu?
_ Não, estava trazendo o celular para você, aí desligou.
_ Me dê aqui, vou ligar de volta._ Ela fala, pegando o celular e subindo as escadas para o quarto.
_ Quem é Ricardo?
_ Meu tio, deve ser para dar notícias da minha mãe.
Ela olha para mim uma última vez, toda desconfiada, e segue.
Me aproximo do quarto e, com dificuldade, escuto ela.
_ Eu não preciso de você! E não vou abortar o meu filho, fique tranquilo que já arrumei alguém para substituir você!
_ Onde eu estou? Nunca vai saber, estou bem longe de você, é desses capangas que você mandou para tentar me matar.
_ Eu odeio você, e me odeio por me apaixonar por alguém tão egoísta e estúpido como você, eu quero que me esqueça, seu maldito!_ Ela esbraveja e em seguida escuto ela chorar.
Bato na porta e ela não responde.
_ Selena? Eu já sei de tudo, então abra a porta para podermos conversar.
_ Não!_ Ela responde e escuto seus soluços.
_ Abra a porta ou vou arrombar.
Ela abre com os olhos vermelhos de choro.
Selena
_ Eu peço desculpas._ Ela fala e me abraça.
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Marilene Sandes
gosto da história
2025-04-01
0
Elis Alves
deixa de ser tirrona, ele tá certo
2025-01-26
1
Elis Alves
criatura🤦🏻♀️
presente de chefe para funcionário é folga, bônus, desconto em passagem e hospedagem em algum lugar. presente de uso pessoal e flores e de cunho pessoal e íntimo, acorda
2025-01-26
3