Capítulo 15: Presente do Chefe

Suzane...

Ele está me olhando, um olhar triste, temo o que ele tem para me dizer, e mil possibilidades vêm à minha cabeça.

_ Suzane, nos conhecemos recentemente, mas isso que tenho com você, nunca sentir por mulher nenhuma, é a primeira vez que me sinto assim. Eu penso em você o tempo todo, você entrou aqui e mudou tudo na minha vida, eu amo você, Suzane. 

Ele acabou de se declarar para mim e eu pensando que ele ia me dizer que ficou com outra. 

_ Eu… também queria dizer que te amo, mas ainda não sei definir o que sinto, mas também penso em você, sinto saudades quando está longe e eu sonho com você, isso que sinto pode ser amor, mas eu quero ir devagar e quando me sentir preparada e decidida não negarei a você de ouvir" Eu te amo".

Sou sincera, mas eu sei o que sinto por ele, só não me sinto preparada para dizer ainda, mas o Pablo me conquistou de uma forma repentina e eu não esperava sentir isso, não tão cedo.

 _Eu entendo você, mas o que eu tenho para dizer é que há uns três dias apareceu uma moça, a conheci em uma das minhas viagens, não vou mentir, eu era um mulherengo. 

Ele fala, parecendo estar nervoso.

_ Eu sempre me diverti muito com mulheres diferentes, e sempre deixei claro que eu só queria curtição, e tudo isso mudou quando conheci você, e pela primeira vez eu quero ficar e pertencer a alguém, e justo agora essa moça apareceu e está grávida...

_ E o filho é seu._ Completo a fala dele.

A vida não parece ser justa comigo, me apresenta esse homem lindo, fofo e amável e depois me joga esse balde de água fria.

Fria, não, gelada!

_ Ela diz que é. _ Ele fala e solta um suspiro.

_ Ela diz que é, e você tem dúvidas. 

_ Exatamente. 

Ele me conta toda história de como ele conheceu a Selena, que eles só ficaram duas vezes, que ele se preveniu, mas que o preservativo estava furado, que a louca furou.

_ Pablo, eu não sei o que dizer, não sei o que fazer, e eu não posso ajudar você com esse assunto, só não quero que esse bebê sofra, e penso que toda criança deve ser amada, cuidada, protegida e respeitada.

_Penso igual a você, e de uma coisa eu tenho certeza: de que não quero ficar com a mãe do bebê, eu quero você, vou assumir o bebê, mas quero ficar com você. _ Ele fala, segurando na minha mão.

_ Podemos tentar, e se não dê certo, rompemos e seguimos nossas vidas sendo bons amigos._ Falo e ele sorri e me dá vários beijos. 

Eu espero não me arrepender dessa decisão, mas eu acredito nele, as palavras dele me parecem sinceras, e eu não quero ficar longe dele. Esse bebê não tem culpa e o Pablo também não, então vamos tentar fazer dar certo, e se não dê bola para frente. 

_ Eu amo você, Suzane, e minha vida ficará vazia se você não estiver nela.

_ Por sete anos, pensava que o amor era receber flores, mensagens bonitas e declarações em público, mas você apareceu e me mostrou que o amor é respeitoso, leal, amigo, verdadeiro e empático. E eu estou descobrindo o verdadeiro amor com você e eu quero você na minha vida._ Falo emocionada.

_ Então vamos fazer da certo. 

_. Sim, vamos, eu tenho medo, inseguranças, mas eu sou corajosa e quero enfrentar todos esses obstáculos. 

...****************...

Uma semana depois...

Eu e o Pablo estamos nos dando muito bem, o que temos ainda não tem um nome, ficantes, amantes ou namoro, mas o importante é que fazemos bem mutualmente. 

_ Bom dia, minha heroína!_ O Garcia fala, sentando ao meu lado na sala de reuniões. 

_ Bom dia, senhor Garcia! Sua heroína? 

_ Graças à sua espetacular visão econômica, eu fiz um ótimo investimento que me rendeu milhões. 

_ Só estou fazendo meu trabalho. 

_Você é a melhor e merece um presente, deixei na sua sala._ Ele fala e dá uma piscadinha para mim. 

_ Me desculpe, senhor Garcia, mas eu não posso aceitar, eu só fiz meu trabalho. 

_ Não me faça essa desfeita, por favor aceite.

_ O que é? 

_ Você vai ver. 

_ Ok! Dependendo do que for, eu aceito. 

A reunião havia acabado e fui para minha sala, havia um lindo buquê de tulipas e uma caixa de veludo. Abri a caixa e tinha um lindo cordão com um pingente do símbolo da economia, uma peça delicada muito linda que deve ter custado muito dinheiro. 

_ Gostou?_ Ele pergunta ao entrar na sala.

_ É lindo, mas eu não passo aceitar. 

_ Por favor, aceite? 

_ Não posso aceitar. 

_ Eu presenteio todos os meus funcionários. Aceite. 

_ Tudo bem, obrigada. 

_ Posso? _ Ele pergunta, pegando o cordão da minha mão. 

_ Sim.

Ele coloca meus cabelos de lado e coloca o cordão em meu pescoço.

_ Ficou lindo!

_ Obrigada! Mas, por favor, não me dê presentes, daqui a pouco as pessoas começam a falar. 

_ Não prometo. 

Ele fala e sai.

Olho as tulipas e tem um cartão. 

" Flores para minha melhor funcionária, obrigada pelo seu excelente desempenho "

              Ass: Santiago Garcia 

Chego em casa e, após um merecido banho, sento para assistir à minha série favorita tomando um bom vinho.

Recebo uma mensagem do Pablo pedindo para abrir a porta, vou toda animada abrir a porta. 

_ Boa noite, princesa!_ Ele está lindo, esse homem é viciante. 

_ Boa noite!

Ele me beija, seu beijo é quente e gostoso. 

_ Como foi seu dia? 

_ Estressante, a Selena se nega a fazer um DNA por agora, diz que só vai fazer depois que o bebê nascer, e agora ela simplesmente se instalou na minha casa._ Ele fala e eu sinto uma pontada de ciúmes.

Eu ainda não conheço essa Selena, e nem quero, não por agora.

_ E você, como foi seu dia?

_ Foi produtivo, reuniões, fiz muitas análises e foi bom._ Falo.

Ele olha para mim e desce o olhar para o meu pescoço e pega no cordão. 

_ Lindo, nunca vi você usando. _Ele fala e nossa, como ele repara em tudo!

_ Eu ganhei hoje.

_ Quem te deu? 

_ O senhor Santiago Garcia. _ Falo e ele franze a testa.

_ Seu chefe te deu um cordão? 

_ Sim, ele quis me agradecer pelo sucesso do investimento.

_ Ele quis te agradecer._ Ele fala e me parece aborrecido.

_ Está tudo bem? 

_ Ah, sim, está tudo perfeitamente bem.

_ Que vinho? Vou pegar uma taça para você. _ Falo.

_ Não, pode deixar que eu pego.

Ele vai até a cozinha e, na volta, ele olha para o buquê de tulipas que deixei em cima da mesinha de centro. 

_ E esse buquê, suponho que também foi o seu chefe? 

_ Sim, me deu juntamente com o cordão. 

Ele franze novamente a testa.

_ Está tudo bem? 

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