Capítulo 12: Lembranças da Infância

Pablo...

Eu pareço um adolescente apaixonado, talvez por nunca sentir esse tipo de sentimento eu não saiba controlar, simplesmente sinto e obedeço a ele.

Agora estou aqui, igual um bobo rindo, sentido meu coração errar as batidas só por ver esse lindo sorriso. 

_ Meu Guru é? — Ela pergunta. 

_ Sim, seu Guru, somente seu. _Falo me aproximando dela e a beijo.

_ Como você soube que estava aqui? 

_ Olivia, fui até lá e ela me disse que você estava aqui morrendo de vontade de me ver.

_ Ela disse isso? 

_ Sim. Não queria me ver? 

_Claro que sim, eu gosto da sua campainha.

_ E agora que não é, mas uma mulher casada, podemos nos ver com mais frequência, tipo todos os dias? 

_ Sim, mas acho que vai enjoar de mim se me ver todos os dias.

_ Você para mim é como álcool para um alcoólatra, a cada dose eu quero mais e mais.

Ela cora as bochechas quando falo e isso é tão sexy.

_ Você é a minha primeira visita, e eu acabei de me mudar, e aqui não tem quase nada, mas eu tenho vinho, e alguns petiscos que roubei da Olivia. _ Ela fala de um jeito divertido. 

_ Então, além de roubar meu coração, você rouba a sua amiga? _ Falo e ela ri.

_ Ela me viu pegar, então foi um roubo com consentimento. 

_ Eu não te julgo, também faço isso quando gosto de algo dos meus amigos._ Falo e ela ri.

_ E aí, você aceita um vinho roubado? 

_ Eu aceito, quero fazer parte desse crime.

_ Então agora somos cúmplices!

Ela me serve vinho.

_ Quer ir beber vinho na beira da praia? 

_ Isso é uma ótima ideia, vamos secar essa garrafa enquanto você, meu Guru, me ajuda a tomar decisões. 

_Então vamos.

Antes que ela desça todas as escadas, eu paro na frente dela e me abaixo para ela subir nas minhas costas. 

_ Não, nem pensar. 

_ Vamos, não seja teimosa. 

_ Isso não vai dar certo. 

_ Claro que vai, vamos, sobe aí!

_ Você é insistente, né? 

_ E você teimosa. 

_ Está bem._ Ela concorda e sobe nas minhas costas.

Começo correr em direção à praia enquanto ela dá gargalhadas, quero marcar ela com momentos bons, quero que ela se lembre de mim como alguém que trouxe alegria para ela.

_ Isso é muito bom ! Me fez lembrar do meu pai._ Ela fala sorridente, os seus olhos brilham como as estrelas. 

_ Seu pai fazia isso com você? 

_ Sim, quando era pequena e ele ia me buscar na escola, ele me colocava nas costas e corríamos atrás do meu irmão. 

_ Seu pai era divertido. 

_ Muito, ele era muito brincalhão, ele fez uma casa na árvore no quintal da nossa casa, na manhã de Natal subíamos e abrimos os presentes lá. 

_ Você teve uma infância feliz!

_ Sim, muito, quando lembro da minha casa e minha infância, eu sinto o coração apertar de saudade. 

_. Mas e você, como foi a sua infância? 

_ Fui muito privilegiado, meus pais eram um casal feliz e unido, eles eram cristãos, minha mãe fazia cultos doméstico e aos domingos pela manhã íamos à igreja, eu cresci em um lar cheio de paz, e algo que me marcou muito e uma boa lembrança que eu tenho é da minha mãe contando histórias para mim e a Paola dormi, e nos fingimos dormi quase todas às vezes e quando a mãe ia dormir, nós íamos às pontas dos pés comer, mas sobremesa. 

_ Eu e o Erick fazíamos isso também, um dia a nossa mãe nos pegou e ficamos uma semana sem sobremesa, meus pais eram católicos, minha mãe deixou de ir à missa depois que meu pai faleceu. 

_ Eu e a Paola deixamos de orar depois que nossos pais morreram. 

_ Quantos anos você tinha quando seus pais morreram? 

_ Vinte e cinco anos.

_ Eu tinha vinte e três quando meu pai morreu. 

_ Os pais deviam ser eternos. 

_ Concordo. 

_ Vamos tomar banho? 

_A água deve estar fria._ Ela fala.

_ Eu te aqueço!_ Falo e ela ri.

_ Vem?_ Falo tirando minha roupa, ficando completamente nu.

Ela dá muitas gargalhadas. 

_ Você não tem coragem. _ Falo provocando ela.

_ Eu tenho._ Ela fala, tirando toda roupa, tapando suas partes íntimas com as mãos. 

_ Vou contar no três e corremos. 

_ Um, dois e três. 

Saímos correndo e pulamos na água. 

_ Está mais fria do que eu imaginava. 

_ Vem, eu disse que ia te aquecer.

_ A polícia só não pode pegar nos aqui.

_ A essa hora acho difícil, então vamos aproveitar. _ Falo com segundas intenções.

A beijo, sentindo o gosto saboroso dos seus lábios misturado ao vinho.

_ Estou bêbada. 

_. Mas está consciente ao ponto de aceitar fazer amor comigo aqui?_ Pergunto beijando seu pescoço. 

_ Isso é um convite tentador e irrecusável. 

Começamos a nos beijar e fazemos amor ali no mar, seu rosto iluminado com a luz da lua é algo lindo de se ver, e a cada movimento dela eu fico louco de tesão. 

E ali, com os movimentos leves das marés junto com o nosso movimento, nos perdemos um no outro, é como se nós tornássemos um só. 

Saio da água com ela no colo, nos vestimos e voltamos para casa e tomamos banho juntos. 

_ Essa é a minha primeira noite aqui, e se quiser pode dormir aqui comigo, minha cama é bem espaçosa. _ Ela fala.

_ É o seu jeito de me pedir para ficar? 

_ Sim.

_ Eu vou amar ficar aqui com você, porque dormi, eu tenho certeza de que é a última coisa que vamos fazer.

_ Então, vamos pernoitar.

Saio da água com ela no colo, nos vestimos e voltamos para casa e tomamos banho juntos. 

_ Essa é a minha primeira noite aqui, e se quiser pode dormir aqui comigo, minha cama é bem espaçosa. _ Ela fala.

_ É o seu jeito de me pedir para ficar? 

_ Sim.

_ Eu vou amar ficar aqui com você, porque dormi, eu tenho certeza de que é a última coisa que vamos fazer.

_ Então, vamos pernoitar.

Acordo com a claridade do sol entrando pela janela, meu celular toca sem parar, atendo sem identificar a chamada. 

_ Alô!

_ Pablo, sou eu Selena.

_ Selena, de onde eu te conheço mesmo? 

_ É mesmo um mulherengo!

_ Ok, Selena, eu não me lembro de você, então pode me adiantar o assunto. 

_ Estou no aeroporto da Espanha, e esperando você para me buscar.

_ O quê? E por que eu tenho que te buscar? 

_ Porque eu estou grávida e você é o pai!

Eu devo estar tendo um terrível pesadelo, isso não pode ser verdade, não agora!

_ Alô, Pablo! Está aí? 

_ Oi, Selena, eu não posso ir aí agora, pega um táxi e vá para o hotel, depois nos falamos. 

_ Além de mulherengo, é um irresponsável. Você não vai me deixar aqui sozinha, eu não conheço nada aqui.

_ Selena, eu acabei de acordar e você me joga uma bomba dessa, daqui a vinte minutos eu te ligo.

_ Bom dia!_ A Suzane fala. 

Droga! Como isso foi me acontecer? 

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