Capítulo 05 : Quero o divórcio!

Suzane...

Eu nunca me envolvi com outro homem, sempre fui muito focada nos estudos nunca tive aqueles namoros de adolescência, o Murilo foi meu primeiro em tudo, namorei e casei, eu nem sei como é flertar, e agora esse homem lindo está aqui na minha frente e eu só sei pensar no meu casamento fracassado e de que devo fidelidade a um homem que não foi fiel a mim.

_ Já vou indo._ Ele fala e dá um piscadinha.

_ Obrigada mais uma vez!

_ Suzane!_ ouço a voz do Murilo. 

Ele vem com cara de poucos amores, eu não queria vê-lo tão cedo.

_ Você quase me matou, sabia? — Ele já chega falando.

_ E quem é esse cara? Esqueceu que é uma mulher casada? 

Fico ali sem reação por um tempo enquanto ele fala sem parar, o Pablo vem e fica ao meu lado.

_ Hei! Não vai gritar com uma dama, não na minha frente!_ Pablo fala de forma fria.

_ Ninguém te chamou na conversa, o assunto é entre mim e minha esposa!

_Está gritando com ela, então também é meu assunto!

_Você está comendo ela há quanto tempo? _ Murilo pergunta para o Pablo, isso me desperta uma raiva e eu vou para cima dele.

_ Cala a sua boca! E eu deixei de ser a sua esposa desde o momento em que vi você e aquela vagabunda na minha cama, e eu não quero vê-lo nunca mais na minha frente, e pena que você não morreu! Se soubesse que aquela pasta de amendoim não te mataria, eu teria acertado um tiro na sua cabeça!_ Grito essas palavras na cara dele.

_ Vamos para casa, precisa me ouvir!_ Ele fala alterado e tenta pegar no meu braço. 

_ Me solta! Eu não vou voltar, eu não quero mais nada com você! Me deixa em paz, e eu quero o divórcio!  

_ Eu não vou dar o divórcio!

_ Já chega, ela disse para você deixá-la em paz, é melhor você ir._ O Pablo fala, entrando na minha frente, ficando entre nós. 

_ Eu não vou a lugar nenhum sem a minha esposa, e é melhor sair da minha frente. 

_ É melhor você ir._ O Pablo fala encostando a mão no peito do Murilo

_ Quem você pensa que é para me dar ordens? Eu vou quando achar que tenho que ir._ O Murilo fala em tom ameaçador.

O Pablo não se intimida, dá um sorriso sarcástico. 

_ Eu sou um homem defendendo uma mulher, e se ela falou que é para você deixá-la em paz, você a deixa, então eu já disse que é para você ir embora._ O Pablo fala, totalmente controlado e sem demonstrar nenhum tipo de emoção. 

Não dá para saber se ele está com raiva, com medo, absolutamente nada, apenas está sério.

_ Ela é a minha esposa, e eu só saio daqui depois que ela conversar comigo.

_. Mas eu não quero falar com você! Eu não vou voltar na minha decisão, e eu decidi que não quero mais ser a sua esposa, e aguarde a minha advogada entrar em contato com você. _ Falo já irritada com toda essa situação. 

_ Pronto, está decidido, ela não quer conversar com você, e se ela não quiser assim vai ser, e se não quiser que eu o coloque dentro do seu carro para ir embora, o que vai ser bem pior, é melhor ir com suas próprias pernas._ Pablo fala em tom dessa vez de ameaça. 

_ Cala sua boca, imbecil!_ Murilo fala e tenta acertar um soco em Pablo.

Pablo desvia do soco e então rapidamente segura o punho de Murilo e já está com o braço atravessado no pescoço de Murilo, um golpe de mata leão. 

_ Eu te avisei, idiota! 

_ Qual é o carro dele?_ Ele me pergunta.

Olho ao redor e então vejo o carro do Murilo e eu aponto com o dedo, as minhas palavras parecem, nesse momento, sumir.

Pablo arrasta Murilo com facilidade. Ele é bem maior e mais forte que Murilo, é tipo um metro e setenta contra quase dois metros do Pablo.

Ele abre a porta do carro e joga o Murilo lá dentro. 

_ Some daqui.

_ Vocês dois me pagam, isso não vai ficar assim!

_ Murilo fala com dificuldade enquanto massageia o próprio pescoço.

_ Com certeza isso não vai ficar assim, Murilo! _ Falo indignada.

Ele arranca com o carro, e então eu desabo em lágrimas. Eu queria me controlar, mas não consigo, o Pablo me abraça, o que é bom e estranho ao mesmo tempo, nunca fui abraçada assim por outro homem.

_Seu ex-marido é um idiota, e não vale a pena chorar por ele.

_ Eu sei que não vale, mas é que eu não consigo parar de chorar._ Falo e entre lágrimas. 

_Então, vou te levar até a casa da sua amiga, mas se preferir, eu tenho um lugar que sempre vou quando estou triste, e lá eu consigo pensar melhor nas coisas e esfriar minha cabeça. 

_ Não quero dar mas trabalho a você, nem nos conhecemos direito e eu já te envolvi em meus problemas, que vergonha. _ Falo chorando. 

_ Não está me dando trabalho nenhum, e estou amando ajudar você. E ai , casa da sua amiga ou o meu lugar secreto?_ Ele fala com um sorriso amigável. 

_ Eu ia matar a Olivia, mas agora acho que posso ir para o seu lugar secreto. 

_ Vamos lá. 

Entramos no carro e ele dirige para um lugar mais afastado da cidade, para em uma padaria, compra alguns lanches e dirige, mas um pouco. 

_ Praia Vallesco!_ Ele fala , estacionando o carro perto da praia. 

_ Então, esse é seu lugar secreto? _ Pergunto.

_ Sim, meu lugar favorito da Espanha. 

Saímos do carro, ele segura na minha mão e me conduz até o final da ponte.

_ Senta aqui. — Ele fala, batendo no espaço ao lado dele.

Me sento ao lado dele, o tempo está frio e ventando, aquele vento soprando em meu rosto me traz uma paz, é como um analgésico em minha dor.

_ Feche os olhos._ Ele pede, no início fico meio receosa, mas ele me convence. 

_ Não vai se aproveitar para me roubar um beijo.

_ Falo e ele ri alto.

_ Como sabe o que eu ia fazer isso? _ Ele pergunta e abro os olhos imediatamente.

_ Estou brincando, mas se quiser, eu roubo e fingimos que você foi pega de surpresa. 

_ Nem pensar.

_ Não vou fazer isso, agora feche os olhos._ Ele fala e então assim faço. 

_ Escute o barulho do mar.

Me concentro no barulho do mar e por um momento eu esqueço dos meus problemas. 

_ Nossa, isso é tão relaxante. 

_ Sim, eu amo vir para cá. 

_ Tenho uma casa aqui.

_ Eu sempre quis uma casa perto da praia._ Falo.

_ Se quiser, te ajudo a encontrar uma para você. 

_ Eu quero.

_ Quer falar sobre o que aconteceu? Eu sou um ótimo ouvinte e um bom conselheiro. 

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