Reencarnei no Corpo da Protagonista
A duquesa Miller havia dado à luz a uma pequena muito bela, de cabelo branco como o dela, a qual nomeou Gabriela, e então a entregou à sua ama pessoal, fazendo-a prometer que cuidaria de sua pequena com toda a sua alma.
– Minha senhora, prometo que cuidarei desta pequena como se fosse minha filha.
– Sei que farás isso (a duquesa tossiu e de sua boca saiu sangue, então olhou para sua pequena e acariciou-lhe a cabeça). Perdoa-me, minha menina, porque não poderei estar contigo em tua vida, mas espero que sejas muito feliz.
A ama retirou a menina e levou-a para seu quarto, depois foi ver sua senhora, mas ao chegar, esta havia falecido, pois ficara muito fraca depois do parto. Assim, todo o ducado ficou de luto, já que a falecida duquesa Lena fora uma grande mulher.
O duque, ao saber que sua amada havia falecido durante o parto, retornou imediatamente ao ducado apenas para ver como era enterrada sua amada. Seu amigo e secretário, o conde Giacomo Rinaldi, ao vê-lo destroçado, aproximou-se e deu-lhe um forte abraço.
– Sinto muito pelo que ocorreu com Lena.
O duque estava tão triste que nem sequer respondeu, então foi para sua casa, mas ao chegar encontrou-se com a ama de sua falecida esposa, a qual trazia em seus braços o fruto de seu amor.
Ele aproximou-se dela e tomou a criatura em seus braços, mas ao retirar a manta que a cobria, sentiu dor em seu coração, então a devolveu à ama.
– De agora em diante tu te ocuparás de tudo o que a menina precisar, e pode ter certeza que a ela não faltará nada no econômico, apenas peço que não se aproxime de mim e que, quando crescer, não me chame de pai.
Milly queria reclamar ao duque pelo que disse, mas preferiu ficar calada e apenas assentiu ao que ele disse.
Os anos foram passando e a pequena se havia transformado numa jovem muito bela, todos os homens que a viam passar pelas ruas do ducado suspiravam ao vê-la.
Gabriela havia crescido num lar cheio de luxos, mas carente de amor e, embora tivesse o amor de sua ama, não lhe era suficiente, pois ela queria ter o amor de seu pai, o duque Nicolás, e ao saber que isso nunca aconteceria, decidiu que iria morar com sua tia Laurel no império de Lyon por um tempo.
Assim, enviou uma carta a sua tia informando-a de sua decisão e, depois de uma semana, já estava pronta para partir do ducado e só saiu do quarto quando sua ama informou que a carruagem estava pronta.
Todos os servos da mansão Miller estavam tristes ao ver como sua senhorita se ia, ela ia subir na carruagem quando percebeu que sequer havia se despedido daquelas pessoas que lhe haviam dado todo esse amor que seu pai lhe havia negado.
– Sabem muito bem que me vou porque já estou cansada desta situação, mas isso não quer dizer que me esquecerei de vocês e nem pensem que este é um adeus, porque não é, mas sim um até logo.
Gabriela aproximou-se e abraçou cada um deles até que chegou a vez de sua ama, a mulher ao vê-la começou a chorar.
– Não chores mais.
– Como queres que não chore se vais e não sei se te voltarei a ver.
– Claro que me voltarás a ver, só quero estar longe deste lugar por um tempo.
– Promete-me que não te esquecerás de mim e que me escreverás.
– Eu prometo.
Após essa despedida, Gabriela subiu na carruagem e acenou para os servos e enquanto ela ia, o duque Miller a via de seu escritório.
E depois que a carruagem saiu da mansão, sentou-se em sua cadeira e começou a chorar como uma criança.
– Sinto muito, meu amor, sei que prometi cuidar de nossa filha, mas é que ela se parece tanto contigo que se me fez difícil olhá-la e não lembrar do teu belo sorriso ou daqueles olhos nos quais me perdia quando te olhava.
Milly, que havia ido falar com o duque, ouviu tudo o que ele disse e também se sentiu mal por não ter cuidado bem daquela pequena, então retirou-se ao seu quarto para chorar sozinha.
Quando Gabriela finalmente chegou a Lyon, sua tia Laurel e Marcos, seu primo, a receberam na porta da capital com muita alegria, pois tinham tempo que não a viam e lhe deram um forte abraço e depois a levaram com eles para sua casa.
Os meses foram passando e, como cada ano em Lyon, realizava-se um baile pelo aniversário da imperatriz, então Gabriela compareceu ao baile junto de sua tia Laurel e seu primo.
Quando o imperador Saúl, a imperatriz Melany e os príncipes Naun e Alexandriu fizeram ato de presença, as jovens ficaram anonadadas pela beleza dos dois jovens à exceção de Gabriela que só queria ir para casa.
Quando chegou o momento de iniciar o baile, o príncipe Alexandriu aproximou-se de Gabriela e estendeu sua mão, ela não queria dançar com ninguém, mas seria uma desfeita de sua parte não aceitar o convite do príncipe, então o aceitou.
O príncipe Naun ao ver o que fez seu irmão tensionou a mandíbula, pois ele foi o primeiro a ver Gabriela, mas como seu irmão o odiava, sempre queria o que ele queria.
A festa tinha terminado e com isso cada um começou a voltar para sua casa e quando Gabriela estava por subir na carruagem uma mão a deteve, então ela se virou e viu ao príncipe Alexandriu.
Assim, realizou uma reverência e este imediatamente deu-lhe um beijo na mão e depois lhe disse para não se esquecer dele porque ele não o faria, ela assentiu e depois subiu na carruagem.
Depois daquele baile, o príncipe começou a visitar o ducado Valentine já que queria conquistar Gabriela e só por querer ganhar a seu irmão mais velho.
No início, Gabriela não o queria receber pelas coisas que havia escutado dele e muito menos sua tia Laurel, mas com o passar do tempo conseguiu conquistar o coração de Gabriela.
Ele pediu Gabriela em casamento quando já tinham 2 anos de noivado, assim Gabriela tinha 18 anos e seu pai, o duque Miller, viajou desde Creta para dar seu consentimento.
O príncipe, ao saber que a garota que gostava ia se casar com seu irmão, decidiu renunciar ao trono e tomar o território que corresponderia a seu irmão, tornando-se assim no duque Norton.
No mesmo dia em que se casaram, foi o dia da coroação para ambos. Alexandriu estava feliz porque havia ganhado de seu irmão e Gabriela porque seria finalmente feliz, o que ela não sabia é que viveria um inferno ao lado do homem que supostamente a amava.
A noite de núpcias havia chegado e Gabriela estava já pronta para receber seu amado e quando este finalmente entrou, olhou para Gabriela com desgosto, o que lhe pareceu estranho, então decidiu perguntar.
– O que há, amor, por que me olhas assim?
– Não me chames mais de amor, porque não o sou.
Ela, confusa com o que ele disse, aproximou-se dele para tentar tocá-lo, mas este se afastou imediatamente.
– Por que te comportas assim, acaso já não me amas?
– Se nunca te amei, tudo o que fiz foi teatro apenas para ganhar de meu irmão, o qual sim estava interessado em ti, mas eu nunca poderia amar uma mulher como tu.
– Do que falas?
– Pois querida, que eu nunca te amei e nunca te amarei.
Gabriela, ao escutar isso, começou a chorar e Alexandriu apenas clicou a língua.
– Por quê?
– Porque simplesmente queria o trono e agora que o tenho não te preciso.
E depois de dizer isso, saiu do quarto, Gabriela caiu no chão e começou a chorar, pois não entendia porque coisas ruins lhe aconteciam quando sempre fora boa pessoa.
Desde esse dia, ela não voltou a ver Alexandriu, pois este estava cumprindo suas obrigações como imperador, mas se escutava o que diziam as donzelas sobre que o imperador estava por tomar concubinas já que dizia que sua imperatriz era infértil.
Essas coisas faziam com que Gabriela se entristecesse e voltasse sempre ao seu escritório para chorar, um dia foi convocada uma reunião na qual Gabriela tinha que estar presente já que o imperador tomaria uma decisão a respeito do herdeiro futuro.
Ela não queria assistir e escutar da boca do imperador que ela era infértil e por isso é que tomaria concubinas, mas seria uma falta de respeito fazê-lo, assim se arrumou e junto de sua leal donzela Carmen foram à sala do trono.
Quando os guardas que estavam na porta a viram, imediatamente abriram a porta e a anunciaram, então os ministros se levantaram e fizeram uma reverência; ela apenas assentiu e depois se aproximou de Alexandriu, fez uma reverência e sentou-se ao seu lado.
Depois disso, ele se levantou e anunciou o que ela não queria ouvir, então ela apertou os punhos e, quando a sala do trono ficou vazia, ela o confrontou.
– Como você ousa dizer que sou infértil quando você nunca me tocou?
– Isso ninguém precisa saber.
– Pois saberão, porque eu não vou permitir que você me humilhe dessa maneira.
– Não, você não vai fazer isso. E sabe por quê? Porque se fizer, toda a sua família pagará as consequências. Quer que seus amados tios morram junto com o idiota do seu primo?
– Não se atreva a fazer mal a eles.
– E me diga como vai impedir, se você não tem nenhum tipo de poder.
– Agora sou a imperatriz.
Ele, ao ouvir isso, começou a rir e depois olhou para Gabriela.
– Sim, você é a imperatriz, mas isso é graças a mim, e assim como te dei, posso tirar, querida, então não me provoque.
– Eu só quero que pare de dizer que sou infértil e diga a verdade.
– Pois isso não vai acontecer e é melhor que você não diga nada, ou já sabe o que pode acontecer.
Depois que ele disse isso, saiu da sala e deixou a pobre Gabriela lá, chorando. Sua criada, que estava esperando que ela saísse, ao não vê-la sair, preocupou-se, então entrou e ao ver sua senhora chorando no frio chão da sala se aproximou dela e se ajoelhou ao seu nível.
Gabriela, ao ver sua criada e única amiga, a abraçou.
– Eu o odeio, o odeio com todo o meu coração. Não sei como pude me apaixonar por um ser sem coração.
– Não é sua culpa, majestade, ele a enganou com palavras bonitas.
– E o pior é que minha tia me avisou.
Depois disso, em todo o império falava-se da infertilidade da imperatriz, o que fez com que a duquesa Valentine fosse visitar Gabriela.
Gabriela queria contar a verdade para sua tia, mas lembrou do que disse o imperador, então disse que era verdade o que diziam.
Sua tia tentou animá-la, mas foi inútil, então com a mesma voltou para casa, mas preocupada com a situação de sua querida sobrinha.
O pior não foi isso, mas sim que logo as concubinas começaram a fazer das suas contra Gabriela; ela dizia a Alexandriu que falasse com suas esposas para que a deixassem em paz, mas ele apenas dizia que não se ia envolver em brigas de mulheres e que ela resolvesse.
Gabriela saiu do escritório dele e se dirigiu ao seu, embora não tenha terminado de chegar, já que se encontrou com a esposa favorita do imperador, Madeleine Alcázares, filha do ministro da guerra.
Madeleine, ao ver Gabriela, sorriu como uma desequilibrada, já que esse era o momento perfeito para se livrar de Gabriela, então quando estava perto das escadas, atirou-se de lá, deixando Gabriela estupefata.
E quando por fim reagiu, escutou a mulher gritar pedindo ajuda porque estava sangrando muito e que podia perder o bebê.
As criadas de Madeleine, ao vê-la ali sangrando, a pegaram em seus braços e a levaram para o quarto mais próximo, depois uma saiu para buscar o médico, e poucos minutos depois a mulher voltou com o médico e com Alexandriu, os quais entraram imediatamente no quarto.
Gabriela, que estava preocupada pela concubina, ficou ali esperando alguma informação.
Quando por fim saíram, o imperador gritou chamando os guardas, os quais chegaram imediatamente e receberam uma ordem e depois pegaram Gabriela pelos braços.
– Mas o que estão fazendo, por que me pegam desse jeito?
– Sua majestade, o imperador nos ordenou que a levássemos aos calabouços.
– Mas por quê, se eu não fiz nada?
– Não sei, mas não nos faça perder tempo e ande.
Gabriela fez o que o guarda disse e começou a andar; quando por fim chegaram ao local, este cheirava tão horrível que fez Gabriela sentir náuseas, mas ela aguentou, então entrou na cela e se sentou no banco que estava lá.
Três horas depois, escutou como a porta se abria, então se levantou e se aproximou das grades e ao ver o rosto de Alexandriu ficou com medo e se afastou das grades, colando-se à parede.
Ele tirou a chave do bolso e abriu a cela, e depois entrou.
– O que aconteceu, por que estou aqui?
– Isso você deve saber muito bem.
– Não sei, então me diga.
Ele se aproximou dela imediatamente e a pegou pelo pescoço.
– Que por sua culpa meu filho morreu e minha mulher está delicada.
Gabriela queria falar, mas Alexandriu cada vez mais apertava o pescoço até que ela lhe deu um chute nos testículos.
Ele se ajoelhou e ela começou a tossir para tentar se recuperar, mas quando quis se afastar dali, ele a pegou pelos cabelos e a jogou no chão.
– Me solte, por favor, eu não fiz nada, ela se jogou pelas escadas.
– E agora você culpa ela, você é uma maldita e agora como consequência te darei o que tanto quis.
Ela não sabia a que ele se referia até sentir como ele levantava o vestido e tentava rasgar sua roupa íntima.
– Por favor, não faça isso, por favor.
Ele ignorou o que ela disse e terminou por rasgar a roupa íntima dela, depois baixou as calças.
Gabriela tentou se livrar do seu agarre, mas ele a segurou muito forte pelos cabelos e quando a penetrou ela gritou e chorou, mas ninguém desceu para resgatá-la das garras desse desgraçado.
Quando ele por fim terminou, levantou-se, arrumou a roupa e saiu dali deixando a pobre Gabriela chorando.
Passou uma semana onde Gabriela não comia e não bebia água, ela se encontrava muito fraca, então não colocou objeção quando alguns guardas entraram por ela e a levaram.
Gabriela foi colocada dentro de uma cela e depois a levaram ao centro da capital, onde seria dada sua sentença.
Quando por fim chegaram, os guardas a baixaram com cuidado e a levaram para um patíbulo, e em frente a esse patíbulo estava o imperador junto com a concubina Madeleine, a qual fingia estar chorando pela morte de seu filho não nascido.
Alexandriu se levantou de onde estava e foi até o patíbulo onde estava Gabriela e a olhou com frieza, depois levantou o olhar para o povo e começou a falar.
– Este dia será feita justiça para o meu filho, hoje veremos como esta mulher pagará pelo delito que cometeu contra o império e contra mim.
Os aldeões, ao ouvirem o que disse seu imperador, começaram a aplaudir e a gritar de alegria.
Os duques Valentine, ao verem o estado em que estava sua sobrinha, começaram a chorar, e seu filho, ao ver o estado de sua prima, tentou se aproximar para tirá-la, mas seu pai o segurou pelo ombro e negou com a cabeça.
Ele olhou novamente para sua prima e depois para seu pai, então depois baixou a cabeça e decidiu se retirar dali junto com seus pais, já que não suportaria ver morrer a pessoa que sempre o apoiou.
Depois que eles se foram, os guardas voltaram a pegar Gabriela pelos braços e colocaram a corda da forca.
Ela, ao sentir a corda em seu pescoço, sorriu porque sabia que ali terminaria seu sofrimento; o imperador então deu a ordem de baixar a alavanca e minutos depois o corpo de Gabriela parou de se mover.
………
O primo de Gabriela, querendo buscar justiça para ela, viajou para o ducado Norton, pois o único que poderia ajudá-lo era o duque.
A viagem durou uma semana e quando por fim chegou era de madrugada, então ficou em uma hospedaria e decidiu que iria no dia seguinte depois do café da manhã.
No dia seguinte, apresentou-se na casa e o mordomo, ao ver o escudo do ducado Valentine, deixou-o entrar imediatamente e disse que esperasse enquanto ia chamar seu mestre.
Uns minutos depois, um homem de cabelos pretos e olhos azuis descia as escadas, este ao ver o herdeiro do ducado Valentine se aproximou rapidamente dele e lhe deu um abraço, já que tinha meses que não o via.
– O que faz aqui?
– Vim porque preciso da sua ajuda.
Ele se estranhou com o que disse, então o convidou a se sentar, e depois de estarem confortáveis, ao rapaz de cabelos castanhos as lágrimas escorreram.
– Duas semanas atrás, Gabriela foi acusada de matar o filho não nascido do imperador. Meu pai tentou que fosse feita uma investigação, mas o maldito do imperador disse que não era necessário porque havia uma testemunha do que aconteceu, e essa era a criada da concubina do imperador, então Gabriela foi condenada a morrer na forca.
O jovem tentou dizer algo mais, mas não conseguiu, já que o choro foi mais forte do que ele.
O moreno, ao saber que sua amada tinha morrido, também chorou, porque nada disso teria acontecido se ele tivesse se aproximado dela, se ele ao menos tivesse falado com ela.
Quando o castanho se recompôs, disse ao seu amigo que o ajudasse a desmascarar o imperador para que Gabriela tivesse justiça, pois o que aconteceu com ela foi muito estranho.
O moreno disse-lhe que sim, ajudaria, porque em parte o que aconteceu com Gabriela era culpa dele, já que a deixou nas garras de seu irmão mais novo.
O castanho passou uma semana no ducado Norton planejando junto ao duque o que fariam para desmascarar o imperador, e quando chegou a hora de partir, ele não o fez sozinho, já que uma garota de cabelos loiros ia com ele, e esta era Camila Volkova, conhecida como a dama de preto no submundo.
Camila, após chegar à capital, apresentou-se no palácio para pedir emprego. A mulher encarregada do pessoal imediatamente a contratou, já que precisavam de pessoal.
Camila havia conseguido infiltrar-se entre o pessoal que trabalhava no palácio do imperador e, após alguns dias, usou seu poder de sedução com o imperador, fazendo com que este a convidasse para seus aposentos. Ela tinha colocado entre seu vestido uma droga que fazia com que a pessoa que a consumisse fizesse o que lhe fosse pedido.
Assim, Camila adicionou-a na bebida do imperador e este, depois de bebê-la, parecia ido, então Camila lhe passou um papel e disse que escrevesse tudo o que tinha feito com Gabriela e tudo o que tinha feito desde que estava no trono.
Depois de ele escrever tudo o que tinha feito, ela pegou seu selo e fez com que o colocasse no papel, ela, tendo o papel, colocou-o entre seu vestido e, em seguida, despiu o imperador e despiu-se, deitando-se com o imperador na cama para que, no dia seguinte, ele pensasse que eles tinham tido relações sexuais.
Quando o homem viu o corpo da mulher ao seu lado, sorriu de lado e depois começou a acariciar o corpo da mulher, o que lhe causou nojo, então inventou uma desculpa para sair do quarto.
Esse mesmo dia, à noite, a garota pegou a criada da concubina Madeleine e a levou para uma cabana que ficava longe do palácio e a torturou até que dissesse a verdade.
Depois disso, manteve-a cativa até a chegada do duque Norton, que vinha para tomar seu lugar como o herdeiro do trono e fazer justiça por Gabriela.
O imperador estava na sala do trono escutando o que diziam os nobres, quando de repente um guarda entrou na sala e fez com que ele se irritasse, mas depois tudo passou quando este lhe informou que o príncipe Naun havia chegado à cidade e que não vinha sozinho, já que com ele vinha seu exército, o qual havia partido com ele quando renunciou ao trono.
Alexandriu, ao saber que seu irmão estava de volta após tanto tempo, sentiu um arrepio, mas antes que pudesse sair, Naun entrou acompanhado pelo duque Valentine, a família dele e outros nobres que nunca haviam concordado com a renúncia do príncipe Naun.
– O que está acontecendo, duque Norton?
– Pois que voltei para tomar meu lugar como o imperador, querido irmão.
– Se bem me lembro, você renunciou a ele há um ano atrás.
– Sim, é verdade, mas isso foi porque pensei que você cuidaria bem do império e da senhorita Miller, mas você fez tudo ao contrário.
– Do que você está falando?
– Falo da má gestão que você fez na administração do império e também da injustiça que você cometeu contra Gabriela Miller.
– Você sabe que não pode me acusar de algo sem ter provas.
– Aí é que você se engana, irmãozinho.
Naun fez sinal para um de seus guardas que abrisse a porta, e este imediatamente o fez, deixando passar a bela Camila Volkova.
Alexandriu, ao vê-la, ficou surpreso e imediatamente pronunciou o nome falso que ela havia dado, "Sonia".
– Apresento-lhe Camila Volkova, conhecida como a dama de preto, e ela conseguiu as provas.
A garota entregou a carta de confissão de Alexandriu e, em seguida, dirigiu-se à porta para abri-la e que os guardas trouxessem a concubina Madeleine e sua criada.
Madeleine não entendia o que estava acontecendo e muito menos por que sua criada estava machucada. Camila pegou a criada e disse que dissesse a todos ali o mesmo que lhe tinha dito quando estava na cabana.
A garota, temerosa do que Camila poderia fazer com ela, imediatamente começou a dizer que sua senhora nunca foi empurrada pela falecida imperatriz, mas que ela mesma se jogou pelas escadas para se livrar de Gabriela e que tudo isso o imperador sabia.
Madeleine, ao ouvir o que disse a criada, tentou se aproximar dela e dar-lhe um golpe para que se calasse, mas Camila foi mais rápida e segurou seus braços.
– Se você se mexer, eu quebro seus braços.
A garota, ao ouvir o que Camila disse, ficou quieta, enquanto Naun começou a ler tudo o que Alexandriu tinha feito até chegar à parte em que ele tinha abusado sexualmente de Gabriela.
Então, aproximou-se dele e o golpeou repetidamente até fazê-lo cuspir sangue. Alexandriu, não satisfeito com isso, começou a rir; então Naun o pegou pelo colarinho do colete para voltar a golpeá-lo.
– Sabe o que dói, irmãozinho? Que não foi você quem desfrutou desse corpo, mas eu.
Naun o golpeou novamente e depois o lançou aos pés dos guardas.
– Levem essa escória e a prendam em um dos calabouços; depois me encarregarei dele.
Os guardas imediatamente pegaram Alexandriu pelos braços e o levaram dali.
Alguns nobres que estavam com Alexandriu começaram a fazer tumulto, então Naun ordenou que os detivessem e os levassem aos calabouços, já que eles haviam sido cúmplices nas atrocidades que Alexandriu fez.
Depois de uma semana, Alexandriu e seus cúmplices foram levados à praça principal para serem sentenciados; como Naun queria que seu irmão sofresse, condenou-o a trabalhar nas minas pelo resto da vida, enquanto os outros foram enforcados.
Depois de cumprida a sentença, Naun começou a governar com justiça e honestidade, e embora ele continuasse amando Gabriela até o último de seus dias, teve que se casar com uma jovem nobre chamada Olivia Simon para preservar a linhagem da família imperial.
Fim.......
Ellen, após ter lido o livro, soltou um suspiro, e não foi porque não gostou, mas teria preferido um final melhor para a protagonista.
– Se eu fosse Gabriela, não teria caído nas garras desse maldito de Alexandriu, apesar do bonitão do Naun ter feito justiça por ela.
Depois disso, ela se levantou de sua cama e colocou o livro em uma prateleira que estava perto de sua cama para ir dormir, o que ela não sabia é que essa mesma noite morreria devido a um terremoto.
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Atualizado até capítulo 51
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