Capítulo 16

...«Narradora»...

Os Valentine tinham voltado para casa porque a festa tinha acabado, então Gabriela despediu-se da sua família e subiu para o seu quarto. Quando abriu a porta do quarto viu um papel, por isso certificou-se de fechar bem a porta, depois aproximou-se da cama e pegou no papel.

...[ Minha senhora, já a temos e estamos no local combinado, apenas esperamos por si para ver o que será feito com ela...

...Att: J ]...

Depois de ler isto, Gabriela procurou no armário umas calças e uma camisa, depois tirou o vestido e vestiu a roupa que tinha tirado.

Trocou os seus saltos altos por umas botas e colocou um capuz, e quando estava prestes a sair pela janela, alguém bateu à porta.

– A minha senhora precisa de ajuda com alguma coisa?

– Não, Carmen, eu já fiz tudo sozinha, por isso podes ir descansar.

– Está bem, descanse minha senhora.

– Igualmente.

......................

Gabriela chegou ao local e depois de bater à porta três vezes, um homem de cabelo loiro abriu a porta e deixou-a entrar.

– Bem, já estou aqui, onde é que ela está?

– Está no último quarto, minha senhora.

– Está bem, traga-me as minhas ferramentas de tortura.

O homem assentiu e ela foi imediatamente para o quarto. Ao abrir a porta, estava lá uma rapariga de cabelo castanho amarrada a uma cadeira. Quando a rapariga viu Gabriela, começou a mexer-se.

Gabriela aproximou-se dela e tirou-lhe a mordaça. Quando a rapariga sentiu que já não tinha aquilo na boca, falou:

– Que bom que está aqui, Lady Valentine. Alguém me raptou e eu não sei quem é, mas se me ajudar a escapar, prometo que paro de dizer aquelas coisas feias sobre si.

Gabriela começou a rir ao ouvir tudo o que a rapariga disse, deixando-a confusa.

– A sério que acreditas que depois de saber que foste tu que ordenaste a morte da minha mãe quando ela ia para a aldeia do leste, eu te deixaria escapar? Coitadinha, se soubesses tudo o que estou a pensar fazer contigo...

– Então foste tu que me raptaste?

– Claro, querida. E mais uma coisa, podes gritar o quanto quiseres, embora ninguém te vá ouvir, já que estamos muito longe da civilização.

Depois de ela dizer isso, a porta abriu-se e o mesmo homem de há pouco entrou com um carrinho no qual havia vários instrumentos de tortura. Quando a mulher viu isso, começou a tremer e tentou soltar as cordas que a prendiam.

– Por favor, não me faças mal, deixa-me ir e eu prometo que não conto a ninguém o que aconteceu aqui.

– Lamento, mas não posso. Tu tens de pagar pelos teus crimes e esta é a única forma de o fazeres.

Depois de lhe dizer isso, disse ao homem para colocar uma mesa em frente à mulher enquanto ela escolhia o que usar.

O homem colocou uma mesa em frente à rapariga, que estava a tremer de medo naquele momento. Depois tirou-lhe as cordas para a acomodar e, quando a mulher sentiu que não tinha nada, tentou escapar, mas o homem agarrou-a e colocou-lhe uma faca no pescoço.

Gabriela pegou num martelo, numas pinças, num chicote e, por último, numa faca. O homem pegou na mulher e voltou a sentá-la, depois amarrou-lhe os pés e a cintura.

Gabriela disse ao homem para colocar as mãos da rapariga na mesa e depois pegou no martelo e começou a esmagar-lhe os dedos.

A mulher gritava ao sentir os seus dedos a serem destruídos e por mais que implorasse a Gabriela que a libertasse, ela não o fez.

Nessa noite, Gabriela arrancou os dentes à mulher, as unhas dos dedos, depois pegou no chicote e bateu-lhe por todo o corpo com ele e, por último, pegou na faca e começou a esfaqueá-la nas pernas e, quando finalmente acabou de a torturar, a rapariga tinha morrido. Depois de limpar o sangue das mãos e do rosto, ordenou ao homem que levasse o corpo para o marquesado Escarlate com uma nota que ela própria escreveu.

– Certifica-te de que o local fica limpo.

– Claro, minha senhora.

– Antes de eu ir, aqui tens o teu pagamento.

Gabriela meteu a mão no bolso das calças e tirou uma bolsa com moedas de prata e entregou-as ao homem. O homem, depois de ter a bolsa nas suas mãos, fez uma vénia e fechou a porta da casa enquanto terminava de limpar tudo.

......................

Gabriela entrou no quarto e ficou muito impressionada quando viu o seu irmão sentado na poltrona do seu quarto a olhar para ela com o sobrolho franzido.

– Onde estavas, Gabriela?

– A resolver um assunto.

– Que assunto?

– Um assunto privado, só isso.

– Ou me dizes onde estavas ou vou ter com os nossos pais e digo-lhes que saíste do ducado.

– Não serias capaz de fazer isso à tua irmã, pois não?

– Se não me disseres a verdade, se calhar faço-o, por isso não me tentes.

Gabriela soltou um suspiro de derrota, por isso tirou o capuz e o seu irmão, ao ver a camisa que Gabriela usava com sangue, assustou-se e aproximou-se dela para verificar se ela não estava ferida.

Gabriela, ao ver a preocupação do seu irmão, explicou-lhe imediatamente que aquele sangue não era dela, mas sim de outra pessoa.

– Que pessoa?

– A filha mais nova do marquês Escarlate.

– Mataste a Livi Escarlate? Queres mesmo meter-nos em sarilhos?

– Claro que não, mas tinha de o fazer porque aquela cadela estava a planear matar a nossa mãe e a ti no início do festival de inverno, além de que ela já tinha feito uma tentativa de assassinato à nossa mãe.

– Estás a falar do que aconteceu daquela vez em que quase a perdemos?

– Sim, estou a falar disso.

– E porque é que, em vez de fazeres justiça pelas tuas próprias mãos, não a denunciaste às suas majestades?

– Porque sem provas, não posso levar ninguém a tribunal.

– E então como sabes que foi ela que tentou matar a nossa mãe?

– Porque encontrei o chefe dos bandidos que atacaram a nossa mãe. O problema é que, depois de me dizer que tinha sido ela, suicidou-se, por isso desapareceram as provas de que precisava para provar a sua culpa.

– Percebo, mas espero que tenhas tido cuidado com cada um dos teus movimentos.

– Sim, tive. Agora sai do meu quarto, que eu quero tomar um banho para tirar este sangue todo de cima de mim e contigo aqui não o posso fazer.

– Está bem, retiro-me. Descansa, mana.

Marcos aproximou-se dela e deu-lhe um beijo na testa, depois saiu do quarto.

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Comments

Souza França

Souza França

e porque ela queria matar a mãe dela?

2025-02-12

3

Michelle sabrina Ferreira da silva

Michelle sabrina Ferreira da silva

história tá boa,quem lê detalhe ver,matado todo mundo fez mal,depois ela morreu,agora volto tá pegando cada um.

2025-02-04

5

Sheyla Cristina

Sheyla Cristina

gente a história saiu do rumo
Eu tô parando por aqui beijo pra quem fica

2025-02-04

1

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