Capítulo 12

...«Narradora»...

Depois que o duque disse isso Gabriela abraçou sua mãe e começou a chorar para tornar mais crível que ela havia sido maltratada pelo príncipe quando na realidade não era,

Enquanto o príncipe estava atônito porque nunca pensou que ela fosse mais esperta que ele, então ela olhou para o príncipe e sorriu, o que o deixou ainda mais desconcertado, então ele começou a falar, o que acabaria por afundá-lo.

– Acaso não veem que o que dizem é mentira? Eu nunca me atreveria a colocar a mão em nenhuma mulher!

– Além de me machucar me chama de mentirosa, pai, por favor, faça algo porque não aguento mais.

O duque odiava que se metessem com sua família e odiava mais ainda que alguém fizesse mal às duas mulheres mais importantes de sua vida.

– Não me faça perder a pouca paciência que me resta, majestade, agora leve seu filho e que seja a última vez que vêm à minha casa.

– Você não pode dizer essas coisas, duque Valentine, não se esqueça de que eu sou o imperador!

– E eu sou o duque Valentine e não tenho medo de você, além disso, lembre-se que tudo o que você e sua família têm é graças à grande influência que tenho dentro e fora do império e também aos outros nobres que me apoiam.

O imperador, depois de ouvir o que o duque disse, decidiu ficar quieto, pois o homem tinha razão, então decidiu que era melhor sair dali antes que seu filho cometesse uma estupidez e que o duque acabasse o matando.

– É melhor irmos, filho.

– Pai, mas isso não pode ficar assim!

– Já disse que vamos embora, então vamos!

O imperador saiu da sala enquanto o príncipe ficou olhando para Gabriela com muita raiva em seu olhar.

– Você vai me pagar por isso, eu juro!

Marcos, que todo esse tempo ficou calado, se colocou na frente de Gabriela.

– Não quero que você, em sua vidinha miserável, volte a ameaçar minha irmã, entendeu?

O príncipe sentiu tanta raiva naquele momento que não respondeu a Marcos, apenas saiu dali batendo a porta.

A duquesa, que ainda tinha Gabriela em seus braços, disse ao marido e ao filho que levaria Gabriela para seu quarto para cuidar de seus ferimentos e que ela descansaria.

...…………………...

O príncipe Naun, depois de tomar um banho, saiu para o jardim de seu palácio para respirar um pouco de ar fresco quando sentiu a presença de alguém.

– Catarina, saia daí.

– Odeio quando faz isso.

– E eu já te disse que por mais que faça isso eu sempre vou acabar te descobrindo, agora me diga o que descobriu?

– Bem, que a mulher que fez isso é incrível, veja, se machucar de propósito e depois dizer que quem fez isso foi o príncipe Alexandriu é genial!

– Veja bem, quero que me explique o que aconteceu porque não entendi nada.

– Bem, a mulher que fez isso com o príncipe se chama Gabriela Valentine e é filha do duque mais poderoso do império.

– Então é ela?

– Ela?

– Sim, é a garota que o duque Valentine adotou e que meu irmão persegue.

– Bem, o que aconteceu com o príncipe foi bem merecido.

O príncipe, interessado em saber como as coisas tinham acontecido, perguntou a Catarina o que mais ela havia descoberto, e esta imediatamente lhe contou tudo, deixando o príncipe maravilhado.

De volta ao ducado Valentine …………

Gabriela estava em seu quarto sorrindo pelo que havia acontecido quando ouviu alguém bater, então perguntou quem era.

– Sou eu, Marcos, posso entrar?

– Claro, entre.

Ele abriu a porta e ela imediatamente sorriu, então com a mão o convidou para entrar e sentar-se.

Marcos entrou e imediatamente se sentou em frente a Gabriela.

– Esses ferimentos que você tem nas mãos e nos joelhos não foram feitos pelo príncipe, certo?

– Não, eu mesma fiz quando estava vindo para cá, queria fazer minha primeira jogada chegando em casa e contando o que aconteceu e depois disso, com certeza, nosso pai iria ao palácio dar uma lição no príncipe, embora ele tenha me facilitado as coisas.

– Você sabe que se nossos pais souberem o que aconteceu, ficarão muito bravos com você.

– Sim, eu sei, mas você não vai contar nada e eu também não.

– Você sabe muito bem que da minha boca não vai sair nem meia palavra do que aconteceu.

– Sim, eu sei.

Depois disso, os dois irmãos começaram a rir do que havia acontecido e de como o príncipe Alexandriu estava.

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