Capítulo 11

...«Narrado por Gabriela»...

Depois de almoçar com meus pais e Marcos, decidi ir sozinha à cidade visitar minha costureira pessoal, mas como tenho muito azar, encontrei a pessoa mais desprezível deste mundo e vocês já devem saber a quem me refiro.

Eu queria passar despercebida, mas o desgraçado me viu, então não pude escapar, então fiz uma reverência e o cumprimentei como normalmente se cumprimenta alguém da família imperial, depois tentei seguir meu caminho.

Mas o idiota não me deixou, pois me segurou pelo ombro.

– Ainda não vá, preciso falar com você.

Tirei meu braço e olhei para ele com a testa franzida.

– Já disse muitas vezes, alteza, que não me interesso minimamente por você, o que significa que também não quero falar com você.

– Mas eu quero, e se não fizer isso por bem, então será por mal.

Ele me segurou pelo braço novamente e, embora eu tentasse me soltar, não consegui, então deixei que ele me arrastasse para onde queria.

E quando ele me soltou, bati em uma caixa e acabei caindo no chão, o que me irritou, então me levantei, sacudi o pó que havia grudado no vestido e olhei para ele com raiva.

– E você acha que depois do que acabou de fazer vou deixar você chegar perto de mim, seu pedaço de merda?

– Como ousa ofender um membro da família real?

– E você, como ousa colocar as mãos na princesa do Ducado Valentine? Você quer mesmo problemas sérios com meu pai? Sabe que já existem muitas queixas contra você, mais uma e ele pode exilá-lo.

– Seu pai pode ser poderoso, mas isso não muda o fato de que eu ainda sou um príncipe.

– Mas eu não me importo com o que você é, idiota.

Cansada dele, dei um chute em seus ovos e então tirei minha faca e fiz um corte em seu rosto.

– Aaaiii, sua maldita! O que você fez?

– Um lembrete para não chegar perto de mim, seu lixo, e agradeça por eu não estar tão brava porque, se estivesse, eu teria cortado sua cabeça e levado para seus pais.

Depois disso, limpei a lâmina da faca e saí daquele lugar enquanto o maldito se contorcia de dor.

Ao chegar à boutique, Madame Cecilia me recebeu como sempre, me levou ao seu escritório e me serviu uma xícara de chá.

– Se eu soubesse que viria hoje, teria me preparado mais.

– Não, não importa, eu só vim dizer que preciso de um vestido para o dia do baile, mas que não seja muito chamativo, bem, você já sabe como é o meu gosto para me vestir.

– Claro, embora eu já tenha alguns designs se estiver interessada.

Eu concordei e ela imediatamente se aproximou de sua mesa e de lá tirou algumas folhas, depois se aproximou de mim e as entregou. Olhei para elas por um tempo até optar por um vestido azul-rei com corte sereia e decote em formato de coração.

Depois de escolher o vestido, me despedi dela e fui em direção aonde estava minha carruagem. Cerca de meia hora depois, eu já estava em casa, mas ela estava rodeada por muitos soldados da guarda real.

Desci da carruagem com a ajuda do cocheiro e, quando estava prestes a entrar em casa, Carmen apareceu e me deteve.

– É melhor a senhora ir embora, minha lady. Você deve fugir daqui e nunca mais voltar.

– Por quê? Pelo que eu saiba, não fiz nada de errado.

– É que lá dentro está o imperador com o príncipe Alexandriu, e dizem que eles vieram atrás da senhora porque supostamente a senhora atacou o príncipe.

Depois de ouvir isso, sorri, o que Carmen estranhou e me olhou com preocupação.

– Carmen, eu não vou fugir nem nada do tipo porque o que aconteceu com o príncipe foi culpa dele, não minha.

Depois disso, entrei em casa e caminhei até o corredor, onde ouvi a voz do meu pai, que parecia irritado. Abri a porta e imediatamente todos os presentes naquele lugar se calaram.

– O que está acontecendo aqui, pai?

– Minha querida, o príncipe afirma que você o atacou, mas eu não acredito nisso, com certeza é uma de suas calúnias.

Olhei para meu pai e depois para o idiota do príncipe, que sorria como um idiota, mas eu não sou tão idiota quanto ele pensa, então antes de vir para casa eu me machuquei um pouco.

– É verdade o que o príncipe diz, eu o ataquei (toda a minha família ficou preocupada ao ouvir o que eu disse), mas não foi porque eu quis, mas sim em legítima defesa, pois quando eu estava a caminho da boutique onde costumo fazer meus vestidos, ele apareceu e me agarrou à força e me levou para um beco, depois disso ele me jogou como se eu fosse lixo, o que me machucou as mãos e os joelhos.

Tirei as bandagens que estavam em minhas mãos e as mostrei a todos. Meu pai, ao ver isso, ficou furioso e, quando mostrei meu joelho, ficou ainda mais furioso, então se aproximou do príncipe em alta velocidade e deu-lhe um soco no rosto e depois um no estômago.

– Já chega, Duque Valentine! Não vê que está atacando meu filho, que é um príncipe?

– Eu não me importo com quem ele é, o que me importa é que ele machucou minha querida filha e isso é algo que não vou tolerar, Majestade, ou você faz esse idiota do seu filho deixar minha filha em paz ou eu mesmo resolvo isso do meu jeito. Agora, fora da minha casa e não quero que isso se repita, ou eu mesmo tomarei providências.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***