A duquesa Miller havia dado à luz a uma pequena muito bela, de cabelo branco como o dela, a qual nomeou Gabriela, e então a entregou à sua ama pessoal, fazendo-a prometer que cuidaria de sua pequena com toda a sua alma.
– Minha senhora, prometo que cuidarei desta pequena como se fosse minha filha.
– Sei que farás isso (a duquesa tossiu e de sua boca saiu sangue, então olhou para sua pequena e acariciou-lhe a cabeça). Perdoa-me, minha menina, porque não poderei estar contigo em tua vida, mas espero que sejas muito feliz.
A ama retirou a menina e levou-a para seu quarto, depois foi ver sua senhora, mas ao chegar, esta havia falecido, pois ficara muito fraca depois do parto. Assim, todo o ducado ficou de luto, já que a falecida duquesa Lena fora uma grande mulher.
O duque, ao saber que sua amada havia falecido durante o parto, retornou imediatamente ao ducado apenas para ver como era enterrada sua amada. Seu amigo e secretário, o conde Giacomo Rinaldi, ao vê-lo destroçado, aproximou-se e deu-lhe um forte abraço.
– Sinto muito pelo que ocorreu com Lena.
O duque estava tão triste que nem sequer respondeu, então foi para sua casa, mas ao chegar encontrou-se com a ama de sua falecida esposa, a qual trazia em seus braços o fruto de seu amor.
Ele aproximou-se dela e tomou a criatura em seus braços, mas ao retirar a manta que a cobria, sentiu dor em seu coração, então a devolveu à ama.
– De agora em diante tu te ocuparás de tudo o que a menina precisar, e pode ter certeza que a ela não faltará nada no econômico, apenas peço que não se aproxime de mim e que, quando crescer, não me chame de pai.
Milly queria reclamar ao duque pelo que disse, mas preferiu ficar calada e apenas assentiu ao que ele disse.
Os anos foram passando e a pequena se havia transformado numa jovem muito bela, todos os homens que a viam passar pelas ruas do ducado suspiravam ao vê-la.
Gabriela havia crescido num lar cheio de luxos, mas carente de amor e, embora tivesse o amor de sua ama, não lhe era suficiente, pois ela queria ter o amor de seu pai, o duque Nicolás, e ao saber que isso nunca aconteceria, decidiu que iria morar com sua tia Laurel no império de Lyon por um tempo.
Assim, enviou uma carta a sua tia informando-a de sua decisão e, depois de uma semana, já estava pronta para partir do ducado e só saiu do quarto quando sua ama informou que a carruagem estava pronta.
Todos os servos da mansão Miller estavam tristes ao ver como sua senhorita se ia, ela ia subir na carruagem quando percebeu que sequer havia se despedido daquelas pessoas que lhe haviam dado todo esse amor que seu pai lhe havia negado.
– Sabem muito bem que me vou porque já estou cansada desta situação, mas isso não quer dizer que me esquecerei de vocês e nem pensem que este é um adeus, porque não é, mas sim um até logo.
Gabriela aproximou-se e abraçou cada um deles até que chegou a vez de sua ama, a mulher ao vê-la começou a chorar.
– Não chores mais.
– Como queres que não chore se vais e não sei se te voltarei a ver.
– Claro que me voltarás a ver, só quero estar longe deste lugar por um tempo.
– Promete-me que não te esquecerás de mim e que me escreverás.
– Eu prometo.
Após essa despedida, Gabriela subiu na carruagem e acenou para os servos e enquanto ela ia, o duque Miller a via de seu escritório.
E depois que a carruagem saiu da mansão, sentou-se em sua cadeira e começou a chorar como uma criança.
– Sinto muito, meu amor, sei que prometi cuidar de nossa filha, mas é que ela se parece tanto contigo que se me fez difícil olhá-la e não lembrar do teu belo sorriso ou daqueles olhos nos quais me perdia quando te olhava.
Milly, que havia ido falar com o duque, ouviu tudo o que ele disse e também se sentiu mal por não ter cuidado bem daquela pequena, então retirou-se ao seu quarto para chorar sozinha.
Quando Gabriela finalmente chegou a Lyon, sua tia Laurel e Marcos, seu primo, a receberam na porta da capital com muita alegria, pois tinham tempo que não a viam e lhe deram um forte abraço e depois a levaram com eles para sua casa.
Os meses foram passando e, como cada ano em Lyon, realizava-se um baile pelo aniversário da imperatriz, então Gabriela compareceu ao baile junto de sua tia Laurel e seu primo.
Quando o imperador Saúl, a imperatriz Melany e os príncipes Naun e Alexandriu fizeram ato de presença, as jovens ficaram anonadadas pela beleza dos dois jovens à exceção de Gabriela que só queria ir para casa.
Quando chegou o momento de iniciar o baile, o príncipe Alexandriu aproximou-se de Gabriela e estendeu sua mão, ela não queria dançar com ninguém, mas seria uma desfeita de sua parte não aceitar o convite do príncipe, então o aceitou.
O príncipe Naun ao ver o que fez seu irmão tensionou a mandíbula, pois ele foi o primeiro a ver Gabriela, mas como seu irmão o odiava, sempre queria o que ele queria.
A festa tinha terminado e com isso cada um começou a voltar para sua casa e quando Gabriela estava por subir na carruagem uma mão a deteve, então ela se virou e viu ao príncipe Alexandriu.
Assim, realizou uma reverência e este imediatamente deu-lhe um beijo na mão e depois lhe disse para não se esquecer dele porque ele não o faria, ela assentiu e depois subiu na carruagem.
Depois daquele baile, o príncipe começou a visitar o ducado Valentine já que queria conquistar Gabriela e só por querer ganhar a seu irmão mais velho.
No início, Gabriela não o queria receber pelas coisas que havia escutado dele e muito menos sua tia Laurel, mas com o passar do tempo conseguiu conquistar o coração de Gabriela.
Ele pediu Gabriela em casamento quando já tinham 2 anos de noivado, assim Gabriela tinha 18 anos e seu pai, o duque Miller, viajou desde Creta para dar seu consentimento.
O príncipe, ao saber que a garota que gostava ia se casar com seu irmão, decidiu renunciar ao trono e tomar o território que corresponderia a seu irmão, tornando-se assim no duque Norton.
No mesmo dia em que se casaram, foi o dia da coroação para ambos. Alexandriu estava feliz porque havia ganhado de seu irmão e Gabriela porque seria finalmente feliz, o que ela não sabia é que viveria um inferno ao lado do homem que supostamente a amava.
A noite de núpcias havia chegado e Gabriela estava já pronta para receber seu amado e quando este finalmente entrou, olhou para Gabriela com desgosto, o que lhe pareceu estranho, então decidiu perguntar.
– O que há, amor, por que me olhas assim?
– Não me chames mais de amor, porque não o sou.
Ela, confusa com o que ele disse, aproximou-se dele para tentar tocá-lo, mas este se afastou imediatamente.
– Por que te comportas assim, acaso já não me amas?
– Se nunca te amei, tudo o que fiz foi teatro apenas para ganhar de meu irmão, o qual sim estava interessado em ti, mas eu nunca poderia amar uma mulher como tu.
– Do que falas?
– Pois querida, que eu nunca te amei e nunca te amarei.
Gabriela, ao escutar isso, começou a chorar e Alexandriu apenas clicou a língua.
– Por quê?
– Porque simplesmente queria o trono e agora que o tenho não te preciso.
E depois de dizer isso, saiu do quarto, Gabriela caiu no chão e começou a chorar, pois não entendia porque coisas ruins lhe aconteciam quando sempre fora boa pessoa.
Desde esse dia, ela não voltou a ver Alexandriu, pois este estava cumprindo suas obrigações como imperador, mas se escutava o que diziam as donzelas sobre que o imperador estava por tomar concubinas já que dizia que sua imperatriz era infértil.
Essas coisas faziam com que Gabriela se entristecesse e voltasse sempre ao seu escritório para chorar, um dia foi convocada uma reunião na qual Gabriela tinha que estar presente já que o imperador tomaria uma decisão a respeito do herdeiro futuro.
Ela não queria assistir e escutar da boca do imperador que ela era infértil e por isso é que tomaria concubinas, mas seria uma falta de respeito fazê-lo, assim se arrumou e junto de sua leal donzela Carmen foram à sala do trono.
Quando os guardas que estavam na porta a viram, imediatamente abriram a porta e a anunciaram, então os ministros se levantaram e fizeram uma reverência; ela apenas assentiu e depois se aproximou de Alexandriu, fez uma reverência e sentou-se ao seu lado.
Depois disso, ele se levantou e anunciou o que ela não queria ouvir, então ela apertou os punhos e, quando a sala do trono ficou vazia, ela o confrontou.
– Como você ousa dizer que sou infértil quando você nunca me tocou?
– Isso ninguém precisa saber.
– Pois saberão, porque eu não vou permitir que você me humilhe dessa maneira.
– Não, você não vai fazer isso. E sabe por quê? Porque se fizer, toda a sua família pagará as consequências. Quer que seus amados tios morram junto com o idiota do seu primo?
– Não se atreva a fazer mal a eles.
– E me diga como vai impedir, se você não tem nenhum tipo de poder.
– Agora sou a imperatriz.
Ele, ao ouvir isso, começou a rir e depois olhou para Gabriela.
– Sim, você é a imperatriz, mas isso é graças a mim, e assim como te dei, posso tirar, querida, então não me provoque.
– Eu só quero que pare de dizer que sou infértil e diga a verdade.
– Pois isso não vai acontecer e é melhor que você não diga nada, ou já sabe o que pode acontecer.
Depois que ele disse isso, saiu da sala e deixou a pobre Gabriela lá, chorando. Sua criada, que estava esperando que ela saísse, ao não vê-la sair, preocupou-se, então entrou e ao ver sua senhora chorando no frio chão da sala se aproximou dela e se ajoelhou ao seu nível.
Gabriela, ao ver sua criada e única amiga, a abraçou.
– Eu o odeio, o odeio com todo o meu coração. Não sei como pude me apaixonar por um ser sem coração.
– Não é sua culpa, majestade, ele a enganou com palavras bonitas.
– E o pior é que minha tia me avisou.
Depois disso, em todo o império falava-se da infertilidade da imperatriz, o que fez com que a duquesa Valentine fosse visitar Gabriela.
Gabriela queria contar a verdade para sua tia, mas lembrou do que disse o imperador, então disse que era verdade o que diziam.
Sua tia tentou animá-la, mas foi inútil, então com a mesma voltou para casa, mas preocupada com a situação de sua querida sobrinha.
O pior não foi isso, mas sim que logo as concubinas começaram a fazer das suas contra Gabriela; ela dizia a Alexandriu que falasse com suas esposas para que a deixassem em paz, mas ele apenas dizia que não se ia envolver em brigas de mulheres e que ela resolvesse.
Gabriela saiu do escritório dele e se dirigiu ao seu, embora não tenha terminado de chegar, já que se encontrou com a esposa favorita do imperador, Madeleine Alcázares, filha do ministro da guerra.
Madeleine, ao ver Gabriela, sorriu como uma desequilibrada, já que esse era o momento perfeito para se livrar de Gabriela, então quando estava perto das escadas, atirou-se de lá, deixando Gabriela estupefata.
E quando por fim reagiu, escutou a mulher gritar pedindo ajuda porque estava sangrando muito e que podia perder o bebê.
As criadas de Madeleine, ao vê-la ali sangrando, a pegaram em seus braços e a levaram para o quarto mais próximo, depois uma saiu para buscar o médico, e poucos minutos depois a mulher voltou com o médico e com Alexandriu, os quais entraram imediatamente no quarto.
Gabriela, que estava preocupada pela concubina, ficou ali esperando alguma informação.
Quando por fim saíram, o imperador gritou chamando os guardas, os quais chegaram imediatamente e receberam uma ordem e depois pegaram Gabriela pelos braços.
– Mas o que estão fazendo, por que me pegam desse jeito?
– Sua majestade, o imperador nos ordenou que a levássemos aos calabouços.
– Mas por quê, se eu não fiz nada?
– Não sei, mas não nos faça perder tempo e ande.
Gabriela fez o que o guarda disse e começou a andar; quando por fim chegaram ao local, este cheirava tão horrível que fez Gabriela sentir náuseas, mas ela aguentou, então entrou na cela e se sentou no banco que estava lá.
Três horas depois, escutou como a porta se abria, então se levantou e se aproximou das grades e ao ver o rosto de Alexandriu ficou com medo e se afastou das grades, colando-se à parede.
Ele tirou a chave do bolso e abriu a cela, e depois entrou.
– O que aconteceu, por que estou aqui?
– Isso você deve saber muito bem.
– Não sei, então me diga.
Ele se aproximou dela imediatamente e a pegou pelo pescoço.
– Que por sua culpa meu filho morreu e minha mulher está delicada.
Gabriela queria falar, mas Alexandriu cada vez mais apertava o pescoço até que ela lhe deu um chute nos testículos.
Ele se ajoelhou e ela começou a tossir para tentar se recuperar, mas quando quis se afastar dali, ele a pegou pelos cabelos e a jogou no chão.
– Me solte, por favor, eu não fiz nada, ela se jogou pelas escadas.
– E agora você culpa ela, você é uma maldita e agora como consequência te darei o que tanto quis.
Ela não sabia a que ele se referia até sentir como ele levantava o vestido e tentava rasgar sua roupa íntima.
– Por favor, não faça isso, por favor.
Ele ignorou o que ela disse e terminou por rasgar a roupa íntima dela, depois baixou as calças.
Gabriela tentou se livrar do seu agarre, mas ele a segurou muito forte pelos cabelos e quando a penetrou ela gritou e chorou, mas ninguém desceu para resgatá-la das garras desse desgraçado.
Quando ele por fim terminou, levantou-se, arrumou a roupa e saiu dali deixando a pobre Gabriela chorando.
Passou uma semana onde Gabriela não comia e não bebia água, ela se encontrava muito fraca, então não colocou objeção quando alguns guardas entraram por ela e a levaram.
Gabriela foi colocada dentro de uma cela e depois a levaram ao centro da capital, onde seria dada sua sentença.
Quando por fim chegaram, os guardas a baixaram com cuidado e a levaram para um patíbulo, e em frente a esse patíbulo estava o imperador junto com a concubina Madeleine, a qual fingia estar chorando pela morte de seu filho não nascido.
Alexandriu se levantou de onde estava e foi até o patíbulo onde estava Gabriela e a olhou com frieza, depois levantou o olhar para o povo e começou a falar.
– Este dia será feita justiça para o meu filho, hoje veremos como esta mulher pagará pelo delito que cometeu contra o império e contra mim.
Os aldeões, ao ouvirem o que disse seu imperador, começaram a aplaudir e a gritar de alegria.
Os duques Valentine, ao verem o estado em que estava sua sobrinha, começaram a chorar, e seu filho, ao ver o estado de sua prima, tentou se aproximar para tirá-la, mas seu pai o segurou pelo ombro e negou com a cabeça.
Ele olhou novamente para sua prima e depois para seu pai, então depois baixou a cabeça e decidiu se retirar dali junto com seus pais, já que não suportaria ver morrer a pessoa que sempre o apoiou.
Depois que eles se foram, os guardas voltaram a pegar Gabriela pelos braços e colocaram a corda da forca.
Ela, ao sentir a corda em seu pescoço, sorriu porque sabia que ali terminaria seu sofrimento; o imperador então deu a ordem de baixar a alavanca e minutos depois o corpo de Gabriela parou de se mover.
………
O primo de Gabriela, querendo buscar justiça para ela, viajou para o ducado Norton, pois o único que poderia ajudá-lo era o duque.
A viagem durou uma semana e quando por fim chegou era de madrugada, então ficou em uma hospedaria e decidiu que iria no dia seguinte depois do café da manhã.
No dia seguinte, apresentou-se na casa e o mordomo, ao ver o escudo do ducado Valentine, deixou-o entrar imediatamente e disse que esperasse enquanto ia chamar seu mestre.
Uns minutos depois, um homem de cabelos pretos e olhos azuis descia as escadas, este ao ver o herdeiro do ducado Valentine se aproximou rapidamente dele e lhe deu um abraço, já que tinha meses que não o via.
– O que faz aqui?
– Vim porque preciso da sua ajuda.
Ele se estranhou com o que disse, então o convidou a se sentar, e depois de estarem confortáveis, ao rapaz de cabelos castanhos as lágrimas escorreram.
– Duas semanas atrás, Gabriela foi acusada de matar o filho não nascido do imperador. Meu pai tentou que fosse feita uma investigação, mas o maldito do imperador disse que não era necessário porque havia uma testemunha do que aconteceu, e essa era a criada da concubina do imperador, então Gabriela foi condenada a morrer na forca.
O jovem tentou dizer algo mais, mas não conseguiu, já que o choro foi mais forte do que ele.
O moreno, ao saber que sua amada tinha morrido, também chorou, porque nada disso teria acontecido se ele tivesse se aproximado dela, se ele ao menos tivesse falado com ela.
Quando o castanho se recompôs, disse ao seu amigo que o ajudasse a desmascarar o imperador para que Gabriela tivesse justiça, pois o que aconteceu com ela foi muito estranho.
O moreno disse-lhe que sim, ajudaria, porque em parte o que aconteceu com Gabriela era culpa dele, já que a deixou nas garras de seu irmão mais novo.
O castanho passou uma semana no ducado Norton planejando junto ao duque o que fariam para desmascarar o imperador, e quando chegou a hora de partir, ele não o fez sozinho, já que uma garota de cabelos loiros ia com ele, e esta era Camila Volkova, conhecida como a dama de preto no submundo.
Camila, após chegar à capital, apresentou-se no palácio para pedir emprego. A mulher encarregada do pessoal imediatamente a contratou, já que precisavam de pessoal.
Camila havia conseguido infiltrar-se entre o pessoal que trabalhava no palácio do imperador e, após alguns dias, usou seu poder de sedução com o imperador, fazendo com que este a convidasse para seus aposentos. Ela tinha colocado entre seu vestido uma droga que fazia com que a pessoa que a consumisse fizesse o que lhe fosse pedido.
Assim, Camila adicionou-a na bebida do imperador e este, depois de bebê-la, parecia ido, então Camila lhe passou um papel e disse que escrevesse tudo o que tinha feito com Gabriela e tudo o que tinha feito desde que estava no trono.
Depois de ele escrever tudo o que tinha feito, ela pegou seu selo e fez com que o colocasse no papel, ela, tendo o papel, colocou-o entre seu vestido e, em seguida, despiu o imperador e despiu-se, deitando-se com o imperador na cama para que, no dia seguinte, ele pensasse que eles tinham tido relações sexuais.
Quando o homem viu o corpo da mulher ao seu lado, sorriu de lado e depois começou a acariciar o corpo da mulher, o que lhe causou nojo, então inventou uma desculpa para sair do quarto.
Esse mesmo dia, à noite, a garota pegou a criada da concubina Madeleine e a levou para uma cabana que ficava longe do palácio e a torturou até que dissesse a verdade.
Depois disso, manteve-a cativa até a chegada do duque Norton, que vinha para tomar seu lugar como o herdeiro do trono e fazer justiça por Gabriela.
O imperador estava na sala do trono escutando o que diziam os nobres, quando de repente um guarda entrou na sala e fez com que ele se irritasse, mas depois tudo passou quando este lhe informou que o príncipe Naun havia chegado à cidade e que não vinha sozinho, já que com ele vinha seu exército, o qual havia partido com ele quando renunciou ao trono.
Alexandriu, ao saber que seu irmão estava de volta após tanto tempo, sentiu um arrepio, mas antes que pudesse sair, Naun entrou acompanhado pelo duque Valentine, a família dele e outros nobres que nunca haviam concordado com a renúncia do príncipe Naun.
– O que está acontecendo, duque Norton?
– Pois que voltei para tomar meu lugar como o imperador, querido irmão.
– Se bem me lembro, você renunciou a ele há um ano atrás.
– Sim, é verdade, mas isso foi porque pensei que você cuidaria bem do império e da senhorita Miller, mas você fez tudo ao contrário.
– Do que você está falando?
– Falo da má gestão que você fez na administração do império e também da injustiça que você cometeu contra Gabriela Miller.
– Você sabe que não pode me acusar de algo sem ter provas.
– Aí é que você se engana, irmãozinho.
Naun fez sinal para um de seus guardas que abrisse a porta, e este imediatamente o fez, deixando passar a bela Camila Volkova.
Alexandriu, ao vê-la, ficou surpreso e imediatamente pronunciou o nome falso que ela havia dado, "Sonia".
– Apresento-lhe Camila Volkova, conhecida como a dama de preto, e ela conseguiu as provas.
A garota entregou a carta de confissão de Alexandriu e, em seguida, dirigiu-se à porta para abri-la e que os guardas trouxessem a concubina Madeleine e sua criada.
Madeleine não entendia o que estava acontecendo e muito menos por que sua criada estava machucada. Camila pegou a criada e disse que dissesse a todos ali o mesmo que lhe tinha dito quando estava na cabana.
A garota, temerosa do que Camila poderia fazer com ela, imediatamente começou a dizer que sua senhora nunca foi empurrada pela falecida imperatriz, mas que ela mesma se jogou pelas escadas para se livrar de Gabriela e que tudo isso o imperador sabia.
Madeleine, ao ouvir o que disse a criada, tentou se aproximar dela e dar-lhe um golpe para que se calasse, mas Camila foi mais rápida e segurou seus braços.
– Se você se mexer, eu quebro seus braços.
A garota, ao ouvir o que Camila disse, ficou quieta, enquanto Naun começou a ler tudo o que Alexandriu tinha feito até chegar à parte em que ele tinha abusado sexualmente de Gabriela.
Então, aproximou-se dele e o golpeou repetidamente até fazê-lo cuspir sangue. Alexandriu, não satisfeito com isso, começou a rir; então Naun o pegou pelo colarinho do colete para voltar a golpeá-lo.
– Sabe o que dói, irmãozinho? Que não foi você quem desfrutou desse corpo, mas eu.
Naun o golpeou novamente e depois o lançou aos pés dos guardas.
– Levem essa escória e a prendam em um dos calabouços; depois me encarregarei dele.
Os guardas imediatamente pegaram Alexandriu pelos braços e o levaram dali.
Alguns nobres que estavam com Alexandriu começaram a fazer tumulto, então Naun ordenou que os detivessem e os levassem aos calabouços, já que eles haviam sido cúmplices nas atrocidades que Alexandriu fez.
Depois de uma semana, Alexandriu e seus cúmplices foram levados à praça principal para serem sentenciados; como Naun queria que seu irmão sofresse, condenou-o a trabalhar nas minas pelo resto da vida, enquanto os outros foram enforcados.
Depois de cumprida a sentença, Naun começou a governar com justiça e honestidade, e embora ele continuasse amando Gabriela até o último de seus dias, teve que se casar com uma jovem nobre chamada Olivia Simon para preservar a linhagem da família imperial.
Fim.......
Ellen, após ter lido o livro, soltou um suspiro, e não foi porque não gostou, mas teria preferido um final melhor para a protagonista.
– Se eu fosse Gabriela, não teria caído nas garras desse maldito de Alexandriu, apesar do bonitão do Naun ter feito justiça por ela.
Depois disso, ela se levantou de sua cama e colocou o livro em uma prateleira que estava perto de sua cama para ir dormir, o que ela não sabia é que essa mesma noite morreria devido a um terremoto.
Havia escuridão, apenas escuridão, e eu não entendia porquê, já que supostamente eu estava no meu apartamento, no meu quarto, dormindo.
Eu queria encontrar uma saída, mas não havia nada até que uma luz brilhante me cegou completamente e quando finalmente consegui ver algo, fiquei muito estranha porque estava em um quarto que não era o meu, que continha móveis muito antigos, como os dos anos 1500.
Levantei-me da cama e ao ver meus pés e mãos gritei:
– Aaaaaaah!
Por que eu tenho mãos e pés pequenos? O que aconteceu comigo?
Quando eu estava prestes a me aproximar de um espelho que havia na sala, a porta se abriu abruptamente, revelando uma mulher de cabelos negros vindo rapidamente em minha direção.
Então eu me afastei dela e peguei uma cadeira que estava ali.
– Quem é você e o que aconteceu comigo?
– Minha menina Gabriela, não sei do que você está falando.
– Meu nome não é Gabriela, meu nome é Ellen Whitman, tenho 30 anos e sou uma assassina profissional.
Ao ouvir o que eu disse, a mulher começou a rir e depois tentou se aproximar de mim para tirar a cadeira, mas eu a impedi.
– Não se aproxime de mim ou serei obrigada a machucá-la.
– Acalme-se, você sabe que eu nunca lhe faria mal porque te amo como a uma filha, já que desde que você nasceu eu a criei e cuidei.
Eu queria dizer a ela que ela era louca e que não sabia do que estava falando, até que de repente me vieram à mente algumas lembranças que não eram minhas.
Então caí de joelhos no chão. A mulher, ao ver o que aconteceu comigo, correu até mim, me pegou nos braços e me colocou na cama.
Quando a dor passou, olhei para a mulher com lágrimas nos olhos porque as lembranças que me vieram à mente eram muito tristes.
– Sinto muito, Milly, por ter dito o que disse há pouco, não sei o que aconteceu comigo.
– Isso não importa agora, o que eu quero saber é porque você gritou há pouco.
– Bem, é que eu me assustei com uma barata.
A mulher me olhou com uma expressão de descrença, mas não disse nada, então ela se levantou da cama e começou a procurar em um baú que estava perto da cama.
– O que você está fazendo?
– Como assim, o que estou fazendo? Estou procurando um vestido que sua tia, a Duquesa Valentine, lhe deu, já que ela vem hoje com o marido e o pequeno Marcos.
– Que dia é hoje?
A mulher começou a pensar que dia era hoje e quando finalmente percebeu, arregalou os olhos e então se aproximou de mim e me deu um abraço muito forte.
– O-oi, você está me esmagando!
Ela me soltou e depois me deu um beijo na testa.
– Me desculpe, minha menina, pelo que aconteceu há pouco, mas fiquei muito emocionada porque hoje é seu aniversário de 7 anos.
Hoje eu estava completando 7 anos, bem, não eu, o corpo de Gabriela, então hoje viriam os Duques Valentine e seu filho. Hoje era o dia em que o Duque Miller e a Duquesa Valentine tiveram uma discussão sobre o bem-estar de Gabriela e fizeram com que o Duque Miller proibisse a entrada dela aqui novamente, deixando Gabriela mais triste.
Eu estava tão perdida em meus pensamentos que não percebi que a mulher estava falando comigo até que ela tocou meu ombro.
– Hã?
– O que foi? Desde que você acordou, está estranha. Primeiro você me disse que seu nome não era Gabriela, mas Ellen, e para completar, que você era uma assassina profissional.
– Bem, o que acontece é que eu estava pregando uma peça em você.
– Uma peça? O que é isso?
– Bem, é como um jogo ou algo assim.
– Bem, se você já terminou com suas brincadeiras, agora vamos para que você possa tomar um banho.
Ela se aproximou de mim para tirar minha roupa, mas eu disse a ela que não, que eu mesma podia tirá-la, mas foi impossível fazê-lo, então ela acabou fazendo isso.
Quando entrei no banheiro, também disse a ela que podia tomar banho sozinha, mas era muito complicado porque a banheira era muito grande, então ela acabou fazendo tudo.
Quando finalmente terminei de me vestir e tudo, olhei no espelho e fiquei surpresa com o quão bonita Gabriela era. Seu cabelo tão branco como a neve, olhos dourados, característica especial do Ducado Miller, e a pele parecia porcelana.
Bem, agradeço ao autor deste livro por ter criado Gabriela com essas características, já que agora ela sou eu.
– Bem, você já está pronta, agora vamos para o jardim para tomar café da manhã e ver a surpresa que todos os funcionários prepararam para você.
– Claro.
Ela me pegou pela mão e me tirou do quarto. Quando vi todo o lugar, fiquei surpresa com a beleza da casa por dentro.
Ao chegar ao jardim, havia um pequeno quiosque e nele estava uma garota de uns 13 anos. Ao me ver, ela correu em minha direção e me deu um abraço, me deixando atordoada. Quando ela finalmente me soltou, ela sorriu.
– Feliz aniversário, minha senhora. Espero que este dia seja melhor que os outros.
– Obrigada, mas você não precisava se incomodar.
– Não é nenhum incômodo se quem faz aniversário é a senhorinha desta casa.
– Bem, já chega, Carmen, deixe de incomodar Lady Gabriela.
– Mas eu não estou fazendo nada de errado, mãe.
– É verdade que ela não está fazendo nada de errado.
– Ela não precisa que você a defenda. (Depois de me dizer isso, ela olhou para Carmen) Agora vá para a cozinha e traga o café da manhã de Lady Gabriela.
– Claro, já volto.
A garota segurou a barra do vestido e saiu correndo para a cozinha.
– Carmen, não corra, você pode cair!
– Vou me cuidar, mãe.
– Um dia desses, essa menina vai me dar cabelos brancos.
Depois que ela disse isso, comecei a rir, o que a fez me olhar com a testa franzida.
– O que é tão engraçado?
– Nada.
Depois disso, ela não disse nada, então me pegou pela mão e me levou até o quiosque e me disse para me sentar e esperar pelo café da manhã.
Minutos depois, Carmen chegou com meu café da manhã e colocou na minha frente e depois se retirou porque sua mãe ordenou.
Depois de terminar meu café da manhã, ouvi uma música de aniversário, então olhei para cima e vi que eram os funcionários que estavam vindo em minha direção com um bolo.
Eles colocaram na mesa e continuaram cantando até a música acabar, então cada um se aproximou de mim e me deu um abraço.
Eu apenas agradeci e depois comi bolo com eles e embora eu quisesse mais, Milly não me deixou, já que muito doce me faria mal.
Carmen voltou ao quiosque e logo nos informou que os Duques Valentine haviam chegado e que estavam perguntando por mim, então Milly ordenou que todos os funcionários voltassem aos seus postos de trabalho.
Milly me pegou pela mão e me levou até o salão. Ao chegar, vi uma mulher que me parecia ter 30 anos com cabelos brancos como os meus, um homem um pouco mais velho que ela com cabelos castanhos e um menino castanho com mais ou menos a minha idade.
Ao ficarmos na frente deles, fizemos uma reverência e quando voltei à minha postura, eles se aproximaram de mim e cada um me deu um abraço.
A mulher, ao ver que não correspondi ao seu abraço, me olhou como se estivesse analisando e então falou:
– O que foi, meu amor? Por que você se sentiu tão relutante em nos abraçar? Você costuma ser tão carinhosa.
– Não aconteceu nada, tia, estou bem.
– Não, você não está bem, eu sei quando você está bem e neste momento você não está.
– Garanto que estou bem, não há nada com que se preocupar.
– Não me diga que seu pai lhe disse algo que a deixou triste, porque se for esse o caso, ele vai se ver comigo.
A mulher estava determinada a sair do salão e ir para o escritório do Duque Miller, mas eu segurei sua mão e seu marido colocou a mão em seu ombro.
– Amor, a pequena Gabriela disse que está bem, então não há necessidade de você ir ao escritório do Duque Miller e fazer um escândalo.
– Como assim não há necessidade? Ele deveria estar aqui com a filha, não trancado em seu escritório, mas ele não se importa com isso.
Comecei a chorar e não sabia se eram os sentimentos da verdadeira Gabriela que estavam se refletindo ou se era eu.
– Por favor, não discutam por minha causa, eu não me importo se o Duque está comigo ou trancado em seu escritório, tudo o que eu quero é que as únicas pessoas que realmente me amam estejam comigo neste dia, já que não estamos apenas celebrando meu aniversário, mas também estamos de luto pela morte de minha mãe.
Depois de dizer isso, comecei a chorar ainda mais forte e era algo que eu não conseguia controlar, então o cavalheiro presente se aproximou de mim e me tomou em seus braços e ao me sentir protegida, me agarrei ao colarinho de seu colete.
– Shhh, já passou, a partir de hoje tudo ficará bem.
Ellen Whitman foi abandonada ao nascer, já que nos planos de sua mãe não estava ter um bebê tão jovem, então a menina foi parar em um orfanato.
A vida para Ellen no orfanato não foi fácil, então quando ela tinha 15 anos fugiu de lá. Durante um ano ela vagou pelas ruas.
Um dia ela ia pela rua tentando encontrar um lugar para dormir, mas quatro homens cruzaram seu caminho. Ela tentou evitá-los, mas um deles a pegou pelo braço e a obrigou a entrar em um beco escuro.
Ela gritou para que alguém a ajudasse, mas em vez disso as pessoas seguiram seu caminho. Eles a bateram várias vezes até que ela perdeu um pouco a consciência, e quando pensou que aqueles porcos iriam machucá-la, um homem apareceu.
O homem matou os quatro caras a tiros e então pegou Ellen e a levou para um hospital, onde ela passou uma semana inconsciente devido aos fortes golpes que havia levado.
Quando ela acordou, as enfermeiras queriam saber se ela tinha algum familiar. Ela estava prestes a dizer que não, mas o homem que a resgatou entrou no quarto e disse que ele era seu pai.
Depois disso, ela teve alta do hospital e, quando estava prestes a agradecer ao homem por tê-la ajudado, ele a interrompeu. Disse que ela não podia andar por aí sozinha e se alguém tentasse machucá-la novamente e ele não estivesse lá para protegê-la...
Ela não sabia se ele era bom ou se estava apenas dizendo aquilo para levá-la para casa e machucá-la, embora tivesse pensado nisso e, em vez de levá-la para casa, ele a levou para um hospital e cuidou dela por uma semana.
Então, depois de alguns minutos, ela concordou em ir com ele. Ao chegar à casa, ficou surpresa, pois não imaginava que o homem que a havia salvo era rico.
E quando ela entrou na casa, ficou ainda mais surpresa, pois era muito elegante e grande. Ele, ao ver sua expressão, começou a rir.
Ela perguntou por que ele estava rindo e ele disse que era por causa de sua expressão. Ao ouvi-lo, ela apenas corou. Depois disso, ele a levou para a cozinha e disse para ela se sentar enquanto ele cozinhava.
O médico, que era amigo dele, havia lhe dito que ela estava muito desnutrida e que precisaria de um especialista e de muitos cuidados para ter uma boa saúde.
Quando a comida finalmente ficou pronta, ele colocou um prato na frente dela, junto com um copo de suco de laranja. Ela, ao ver aquele prato de comida suculento, imediatamente o comeu com tanta vontade que ele teve que dizer para ela ter cuidado porque ela poderia se engasgar.
Depois que ela terminou de comer, ele tirou os pratos e então perguntou como ela havia parado nas ruas.
Ela não queria se lembrar de tudo o que havia passado naquele orfanato, mas ele a havia ajudado, então ele merecia saber por que ela estava morando nas ruas.
Ela soltou um suspiro e então começou a relatar como as pessoas naquele lugar a tinham maltratado muitas vezes, que havia momentos em que a deixavam sem comida ou era trancada em um quarto escuro por uma semana.
Mas o pior não tinha sido isso, e sim que ela, cansada disso, se revoltou, então a diretora do local ordenou ao vigilante que a açoitasse e depois ela foi levada para o quarto escuro, onde adoeceu, já que os ferimentos que havia sofrido não haviam sido curados. Lá ela ficou por uma semana, até que aquela pessoa se lembrou dela e decidiu tirá-la.
Ela não tinha ninguém lá para ajudá-la, já que todas as crianças preferiam não chegar perto dela para não ter problemas, e quando ela finalmente se recuperou, decidiu que era hora de sair dali e foi assim que ela foi parar nas ruas.
Ele, depois de ouvir a história dela, se levantou e jogou tudo o que estava na mesa no chão, então ela se assustou, então ele teve que se controlar e dizer a ela que não a machucaria, mas que estava com muita raiva pelo que havia acontecido com ela quando era tão pequena.
Ela, ao saber que alguém se importava com ela, começou a chorar, então ele se aproximou dela e a consolou, e depois que ela parou de chorar, ela se separou de seu abraço e olhou para ele.
– Obrigada por se preocupar comigo, embora eu não entenda por que você faz isso se eu não sou nada sua.
– Eu faço isso porque você me lembra minha filha. Ela morreu quando tinha 10 anos. Naquela época eu não estava no país porque tive que viajar para os Estados Unidos a negócios.
Ela, intrigada com a história do homem, decidiu perguntar como sua filha havia morrido. Ele, ao se lembrar de como sua garotinha havia morrido, endureceu o olhar.
– Meus inimigos, ao saberem que eu não estava no país, decidiram atacar a casa. Eles sabiam qual era minha fraqueza e era Alana. Ela nem sabia sobre este mundo de merda em que estou envolvido.
Sempre tentei fazer com que ela tivesse uma infância feliz e que não pensasse em sua mãe, mas acho que não fiz um bom trabalho.
Depois de contar isso, o homem caiu sentado no chão e começou a chorar, pois doía lembrar de sua filhinha morta. Ellen, vendo o quão mal o homem estava, sentou-se ao lado dele e recostou a cabeça em seu ombro.
– Sinto muito pelo que aconteceu com sua filha, mas não acho que ela gostaria que você se sentisse culpado.
Ele enxugou as lágrimas e então decidiu que era hora de mostrar a Ellen onde ela dormiria.
...……………
Um mês se passou e Ellen havia se recuperado em cinquenta por cento, então o homem decidiu que era hora de irem ao orfanato para adotá-la.
Ao chegar ao orfanato, Ellen estava relutante em sair do carro, mas ele a pegou pelas mãos e garantiu que ninguém iria machucá-la, então depois dessas palavras ambos saíram do carro e se aproximaram da entrada do local.
O segurança, ao ver o rosto de Ellen, imediatamente arregalou os olhos e então pegou o rádio para informar a diretora do local que a garota havia voltado e que não estava sozinha, pois estava com um homem muito elegante.
A diretora, ao saber disso, saiu imediatamente e recebeu o homem e Ellen com muita cordialidade. Ellen, sabendo que ela só estava agindo assim porque o homem tinha dinheiro, revirou os olhos.
Ao chegar ao escritório, a diretora ofereceu de tudo ao homem e a Ellen, mas eles imediatamente disseram que estavam bem.
– Que bom que você está de volta, minha querida Ellen. (Ela então olhou para o homem) Ele sabe que desde que Ellen fugiu sem motivo aparente, nós a procuramos muito.
Os dois se entreolharam e então sorriram porque sabiam que era mentira tudo o que aquela mulher estava dizendo, mas mesmo assim permaneceram em silêncio.
– Bem, isso não importa agora, o importante aqui é que Ellen tenha meu sobrenome.
– Isso não é tão fácil, primeiro temos que fazer alguns procedimentos para que ela possa ser sua filha, além disso, ela teria que ficar aqui para cumprir com tudo.
Ellen, ao ouvir isso, começou a tremer porque não queria voltar para lá e ser maltratada por aquelas pessoas novamente, mas o homem disse que ela não ficaria lá e que ele estava disposto a pagar dinheiro suficiente para que Ellen se tornasse sua filha naquele mesmo dia.
Ela, ao ouvir a palavra dinheiro, seus olhos brilharam, então a diretora disse que então ele teria que assinar alguns papéis e então ela ligaria para ele para confirmar que a garota já era sua filha.
Depois disso, alguns dias se passaram e Ellen já era filha de Cristian Whitman, um CEO muito importante no setor de tecnologia, embora isso fosse uma fachada para seu verdadeiro trabalho, que era ser o traficante número um da Inglaterra.
Ellen, ao saber no que seu pai trabalhava, pediu que ele a ensinasse a ser como ele. Cristian a princípio disse que não, mas depois disse que sim, mas com uma condição que Ellen não gostou muito.
E essa condição era terminar o ensino médio e depois ir para a faculdade e estudar finanças, enquanto ela terminava seus estudos, ele a ensinaria a ser uma assassina profissional.
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