Capítulo 14

Dois dias depois, Eder retornou a empresa OL, ao lado de Sara. Os funcionários observavam o Ceo e o cumprimentaram conforme ele ia adentrando.

Eder Olid: Patrícia?

Patrícia: Sim, senhor?

Eder Olid: Por favor, venha até a minha sala daqui a uns dez minutos?

Patrícia: Sim senhor, claro.

O homem entrou no elevador com a mulher que o acompanhava.

Deise: Quem será Aquela?

Patrícia: Não sei, mas não gostei dela. Você viu? Ela não deu bom dia para ninguém.

Márcia: E alguém sabe do Louis?

Heriberto: Ele está de férias.

Márcia: Férias? Como assim?

Heriberto: Estando ué? Eu trabalho no Recursos humanos caramba, lógico que eu sei quem está férias.

Márcia: Ai, tá bom. Entendi.

Patrícia: Pessoal eu vou lá.

Márcia: Está bem, conta tudo depois heim?

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Patrícia entrou na sala de Eder.

Patrícia: Senhor?

Eder Olid: Patrícia, eu preciso que você e a equipes de marketing ajude a desviar o foco do que aconteceu no dia da homenagem. Para isso, anunciem que a Empresa OL, agora, vai fazer um evento beneficente. Encontre alguma organização para ajudar, e cuidem dessa parte para mim.

Patrícia: Sim senhor, tem algum limite de valor para o investimento?

Eder Olid: Verificar isso com o Louis e... É, não. Só me mostrem depois.

Patrícia: Certo, com licença.

Eder Olid: Ele realmente se deu bem na contabilidade.

Sara Alencar: Eder, um Ômega não tem habilidades que não possam ser superadas, a maioria na verdade, nem tem. Você não pode mais voltar atrás. Se quer que o seu irmão o respeite, não pode voltar atrás em suas palavras.

Eder Olid: Certo. E acha que eu já posso conversar com ele? Eu quero explicar que ele tem que ficar no nosso apartamento na cidade vizinha. Assim como você orientou, tenho que deixar ele longe.

Sara Alencar: Bem, eu acho melhor esperar mais um dia. Não queremos que perca o controle novamente.

Eder Olid: Entendi... E eu vou me curar disso um dia?

Sara Alencar: Mas é claro que vai. Tudo tem seu processo, e talvez no seu caso seja mais sério. O seu irmão mesmo que indiretamente foi o responsável pela morte de seus pais, é normal ter um ressentimento por ele.

Nestor Grize: Olha só!?

Eder e Sara olharam para a porta e viram Nestor se aproximando.

Nestor Grize: Você é uma psic o quê mesmo? Será que eu posso dar uma olhadinha na sua credencial?

Sara Alencar: Eu sou a profissional da família há mais de oito anos. Os Olids confiaram em mim, quem você pensa que é, para dizer o contrário?

Nestor Grize: Sou um homem inteligente. E homens inteligentes, são tão perigosos quanto mulheres inteligentes. Acho que estamos no mesmo nível, não?

Eder Olid: O que você quer?

Nestor Grize: Quero aliviar seus problemas.

Eder Olid: O que? Me aliviar como assim?

Sara Alencar: Eder, não precisa se incomodar com esse homem. Você acabou de se recuperar.

Nestor Grize: Eder, por favor. Me procura quando quiser falar sobre isso. Mas o que eu estou disposto a te dar, é o que eu me neguei muitas vezes antes.

Sara Alencar: Ele não precisa fazer nenhum tipo de acordo com você.

Nestor Grize: Não. Ele não precisa, mas pode querer.

Nestor saiu da sala de Eder.

Eder Olid: O que ele está disposto a me dar? Será que..

Sara Alencar: Ignore ele. Hoje você veio para retomar seu trabalho. E eu vou ficar ao seu lado dessa vez.

Eder Olid: Obrigada.

Algumas horas depois, Eder não conseguiu parar de pensar no que àquele homem estava querendo oferecer. Saiu de sua sala e seguiu.

...

Nestor estava sentado em sua mesa, olhando para a tela do computador.

Nestor Grize: {Nunca mais vai desobedecer o seu irmão? Eu não aguento mais ficar longe de você. Eu não aceito você se esconder de mim, por conta de uma promessa. Eu simplesmente, não posso e não vou deixar isso assim.}

Nestor olhou para a porta e viu Eder.

Nestor Grize: Entra! Que ótimo que você veio sozinho.

Eder fechou a porta e se aproximou.

Eder Olid: O que você quer oferecer?

Nestor Grize: A minha parte da empresa.

Eder arregalou os olhos, desacreditado.

Eder Olid: Você está falando sério?

Nestor Grize: Sim.

Eder Olid: E o quanto você quer por ela?

Nestor Grize: Quero o Louis.

Eder Olid: O que disse? Quer o Louis, como assim? Você é realmente um pervertido.

Nestor Grize: Quero me casar com ele, quero levar ele para minha casa.

Eder Olid: Eu aceito.

Nestor Grize: Você nem pensou!? Odeia tanto ele assim por achar que ele é o culpado pela morte dos seus pais?

Eder Olid: O que eu sinto por ele, não importa. Aceito sua proposta. Te entrego ele amanhã mesmo.

Nestor Grize: Eu tenho uma condição nesse acordo.

Eder Olid: Ainda tem condição? O que?

Nestor Grize: Quero continuar trabalhando aqui, nesse setor. Creio que o meu trabalho não é desaprovado por ninguém.

Eder Olid: Será o meu empregado. Ótimo. Vamos fazer um contrato.

Nestor Grize: Como quiser. Quer redigir, ou eu mesmo faço?

Eder Olid: Pode fazer. O importante é não esquecer os detalhes.

Nestor Grize: Certo.

Eder novamente ficou com o seu olhar parado, olhando para fora da janela.

Nestor Grize: O que foi? Se quiser ainda dá para desistir.

Eder Olid: Não vou desistir.

Assim que terminaram, ambos assinaram o contrato.

Eder Olid: Acho que isso é tudo. Então vou indo.

Quando Eder estava na porta, Nestor o chamou.

Nestor Grize: Espere um pouco!

Eder Olid: O que foi?

Nestor Grize: Desde quando essa mulher cuida de você? Das suas crises?

Eder Olid: Desde que os meus pais se foram.

Nestor Grize: Entendi, desde que suas crises ficaram mais graves?

Eder Olid: Isso.

Nestor Grize: E você que foi chamar ela?

Eder Olid: Porque tantas perguntas? Não me importo se você não gostou dela! Isso não é da sua conta. Nem isso, muito menos as minhas crises.

Eder virou as costas e saiu.

Nestor Grize: {Ok... Não questionarei. Eu só não consigo acreditar que uma profissional posso falar aquelas coisas que ouvi}

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