Capitulo 12

Louis se afastou de Nestor e baixou a cabeça envergonhado.

Eder Olid: LOUIS! Vem comigo agora!

Nestor Grize: Você não deveria ficar gritando assim, a empresa está cheia hoje.

Eder Olid: Você... É melhor ficar longe do meu irmão seu velho pervertido! Eu juro que se você se aproximar dele de novo eu...

Nestor Grize: Vai fazer o que? Quer brigar pode vir!

Louis segurou a mão de Nestor e o fez se desarmar.

Louis Olid: Por favor, não.

Nestor olhou para os olhos de Louis e se acalmou.

Louis pegou o quadro e seguiu Eder.

Eder Olid: Eu estou tão decepcionado com você.. Logo hoje?

Louis Olid: Me perdoe irmão.

Eder Olid: Ele está forçando você não é?

Eder parou e segurou o rosto de Louis com carinho.

Eder Olid: Pode me contar Louis... Esse homem é inimigo do nosso pai, quer roubar a nossa empresa. Ele está tentando seduzir você só para me atingir, não percebe? Ele vem me enfrentar e debochar de mim. Eu sei que você é lento, não entende bem as coisas... Mas por favor, confia em mim!

Louis Olid: Você tem certeza disso? Que ele quer roubar a empresa?

Eder Olid: Sim. Ele está sendo gentil, com você por isso... Até onde vocês... O que mais você fez com ele?

Louis Olid: Só beijei ele.

Eder Olid: Que bom. Ele é um Alfa Louis, tem que ficar longe dele. É perigoso. Me promete que não vai mais ver ele?

Louis Olid: Eu gosto dele. E você também tem uma pessoa não é? Ninguém vai ficar sozinho e...

Eder Olid: Não... Aquilo, ontem eu precisava fazer... A Sara disse que eu tinha que fazer, porque era uma forma colocar a energia para fora e evitar os surtos. Eu ainda estou vendo se vai dar certo, mas ontem eu me senti muito bem. Não vou ficar com ninguém definitivo, vai ser somente nós dois como sempre foi.

Louis deixou uma lágrima descer

Eder Olid: Não chora! Vai ficar com a cara feia bem agora. E você não me respondeu. Mê de a sua palavra Louis! Promete que não vai mais procurar aquele homem, que vai ficar distante dele?

Louis Olid: Sim.

Eder Olid: Ótimo! Bom garoto. Para ajudar eu vou pedir suas férias. Vai ficar um mês em casa, e depois disso, não se aproxime mais do Nestor.

III

A cerimonia de homenagem a Adriano e Safira Olid tinha as fotos do casal atrás. Todos os funcionários da empresa estavam presentes, e alguns convidados. Após o Ceo da empresa falar suas palavras, Louis se posicionou com o cavalete, onde o quadro repousava e o descobriu. Eder ainda no palco ficou paralisado ao ver a pintura. Todos aplaudiram, mas o Ceo da empresa ficou visivelmente abalado. Ele deu o microfone para Patricia, que encerrou as homenagens liberando todos para o almoço no refeitório. Nestor sentiu que tinha algo errado, e continuou ali observando.

Eder Olid: Louis seu inútil imbecil! O que pensa que é isso?

Eder se inflou de raiva e foi para cima do cavalete. Com pura fúria, ele destruiu o quadro. E voltou para Louis, o empurrando no chão.

Louis Olid: Irmão... O que foi?

Nestor e dois seguranças se aproximaram, ao ver que a situação estava tensa.

Eder Olid: Como você tem coragem de desenhar eles no carro que os matou? Como tem coragem de zombar assim disso?

Eder foi para cima de Louis e começou a bater nele, até que Nestor o segurou e puxou para trás.

Nestor Grize: Segurem ele!

Os seguranças obedeceram

Eder Olid: Seu órfão infeliz! Eles te deram um lar e uma família, " A Minha Família! Que se foi graças a você! Porque eles faziam de tudo por você! Eles tinham que cuidar porque você é um fraco! Eles davam tudo que você pedia! Porque do buraco que você saiu, nunca tinha sequer comido nem uma fruta!

Nestor Grize: Eder! Se acalme!

Eder Olid: Por sua culpa os meus pais morreram! Porque você pediu um bolo de cereja! Um maldito bolo de cereja!

Louis chorava sem entender as palavras agressivas de Eder.

Nestor Grize: Um bolo de cereja!?

Eder Olid: Eu sou obrigado a ficar com você porque ela... Ela me fez prometer... Mas eu te odeio. E agora vai debochar de mim? Vai expor a morte deles!

A Governanta Larissa correu para o auxílio de Eder.

Governanta Larissa: Senhor Eder... Filho se acalme! Por favor.

A mulher abraçou Eder, enquanto ele chorava. E com a ajuda dos seguranças, foram ela conseguiu levar ele embora.

Louis chegou perto dos destroços do quadro.

Louis Olid: Eu pensei que era bonito, que era uma coisa linda... Eu estraguei tudo? É claro que eu não saberia.

Nestor se aproximou

Nestor Grize: Deixa eu ver o seu rosto?

Louis Olid: Eu... Não posso.

Nestor Grize: Vem aqui!

Nestor abraçou Louis.

Depois de quase vinte minutos chorando, Louis se afastou e secou as lágrimas.

Louis Olid: Obrigada... E adeus.

Louis virou e foi indo embora.

Nestor Grize: Como assim adeus? Espera! Onde você vai?

Louis Olid: Vou para casa. Eu dei a minha palavra, não vou mais ver você. Me perdoe. Ele disse que você quer me usar, que quer atingir ele e roubar a empresa... Eu tive que dar a minha palavra. Se eu voltar atrás, não terei nem o valor de um lixo. Ele já me odeia... Eu não quero piorar as coisas.

Nestor Grize: Você está se ouvindo falar? Ele te odeia, ele inventou essas coisas. Deixa eu cuidar de você Louis!

Nestor foi correndo para tentar alcançar Louis.

Nestor Grize: Espera! Por favor.

Louis continuou até o carro, onde o motorista o esperava.

Nestor Grize: LOUIS! Espera!

O carro partiu

Nestor Grize: Eu consigo sentir sua dor... É horrível.

O homem sentou na calçada, e deixou algumas lágrimas descerem pelo seu rosto.

Nestor Grize: Não quero mais que você sinta isso.

Nestor olhou para o Céu

Nestor Grize: Adriano... Seus meninos estão perdidos. Tem alguma coisa muito mal entendida ali. Mas já enraizou, e o ódio cresceu. Mas eu só posso ajudar um. E eu já escolhi o Louis. Vou brigar muito com o Eder por isso. Talvez, muito mais do que briguei com você.

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