Capítulo 18 - O Primeiro dia

Na área de café da Empresa OL, Patrícia contava as novidades ao quarteto.

Patrícia: E é isso, eu sou a nova secretária dele! Não é incrível?

Deise: Para você deve ser, sempre tão maluca por esse chefe.

Márcia: É uma coisa que não acontece fácil na vida. Você teve sorte.

Heriberto: Conta aí, como ele é trabalhando?

Patrícia: Muito sério. Ele ficou lá analisando os relatórios, fez ligações e tudo... Mas por um momento, eu achei ele triste.

Márcia: Triste? Que ideia, até parece que um homem rico e bonito como ele tem motivos para estar triste.

Deise: Não seja insensível, ele perdeu os pais né? Acho que poderia estar pensando neles.

Márcia: Sim, é verdade. Mas isso já tem um ano.

Patrícia: Mesmo assim, acho que pode ser isso mesmo. Àquele olharam dele, era de tristeza, com toda a certeza.

Heriberto: E o senhor Temido!? Vocês viram?

Márcia: Sim, chegou saltitando. Parece que ganhou na loteria.

Patrícia: Estranho mesmo. E por falar nele, já está vindo aqui. Vamos voltar ao trabalho gente.

Márcia: Ele sempre dá uma indireta para nós não é mesmo.

Heriberto: E aí Senhor Grize, como vai a vida? Veio aqui para tomar um cafezinho também?

Nestor Grize: Sim, para aguardar mais umas horinhas antes de voltar para casa. Queria poder ir agora.

Heriberto: Agora o senhor entende a gente não é? Querendo ir embora mais cedo.

Nestor Grize: Toma Juízo rapaz! Vocês querem voltar para casa assim que pisam na porta da empresa! Vamos ser mais responsáveis! Vocês trabalham na melhor empresa da cidade!

O Homem sorridente foi saindo, e os funcionários ficaram olhando ele.

Deise: Ele está apaixonado! Só pode ser isso.

Márcia: Sim, eu também acho.

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O restante das horas pareceram uma eternidade para Nestor, mas finalmente ele entrou em seu carro, colocou o cinto e deu partida no carro. Quando foi sair, um carro atravessou na sua frente. Pela janela, os olhares se cruzaram, Eder Olid saiu do estacionamento e partiu.

Nestor Grize: Que garoto folgado! Pior que agora eu não posso ser ignorante com ele.

Durante todo o percurso de volta a sua casa, Nestor só pensava em chegar logo. Finalmente, ao estacionar, olhou para a sacada e não viu Louis.

Nestor Grize: {Achei que ele estaria na sacada. O quadro está ali, pelo menos.}

Rapidamente ele entrou.

Dna Arlete: Boa Noite Senhor Grize, o jantar está na mesa, mas o Senhor Louis não quis descer. Ele também não almoçou.

Nestor Grize: Não?

Apreensivo, Nestor subiu as escadas rapidamente. Bateu duas vezes na porta e entrou.

Nestor Grize: Louis?

Louis virou a cabeça para o lado de Nestor, os cachos do cabelo cobriram os olhos.

Nestor Grize: Você está bem?

Louis rapidamente se sentou na cama, como se tivesse recebido uma ordem de um general.

Louis Olid: Sim, sim. Eu estou bem. Me desculpe.

Nestor se abaixou e para tentar olharam nos olhos de Louis.

Nestor Grize: Eu só quero saber como você está. Não importa se quiser continuar dormindo tá bom? Só que você tem que se alimentar.

Louis sorriu.

Louis Olid: Eu... Não durmo tanto assim.

Nestor Grize: Isso significa que dormiu bem?

Louis Olid: Sim! A noite toda, e o dia também... Pelo visto.

Nestor Grize: E não está com fome?

Louis Olid: Sim, mas o senhor vai comer comigo?

Nestor Grize: Vou, vamos para mesa? Está tudo pronto.

Louis se levantou animado.

Nestor Grize: Fico muito contente em saber que você dormiu bem.

Louis Olid: Essa cama é muito boa. E ela tem...

Louise se aproximou do pescoço de Nestor.

Louis Olid: Ela tem o seu cheiro.

Nestor Grize: Você... Gostou do meu cheiro?

Louis Olid: Sim. Eu gostei bastante.

Nestor limpou a garganta.

Nestor Grize: Então, vamos logo.

Os dois desceram e se direcionaram a sala de jantar. A mesa estava repleta, e Louis rapidamente foi se servindo.

Louis Olid: Eu não sei o que está mais gostoso aqui. Muito obrigado! A senhora cozinha muito bem.

Dna Arlete: Não precisa agradecer senhor. É o meu trabalho.

Louis Olid: Mesmo sendo seu trabalho, você poderia fazer todos esses pratos sem caprichar neles, como obrigação. Mas ao envés disso, coloca muito carinho. É visível.

Nestor e Arlete olhavam para Louis surpresos com o comportamento do garoto.

Louis Olid: Que carne é essa? É maravilhosa!

Dna Arlete: Filho, eu não sei de qual se refere.

Louis Olid: Experimenta aqui.

Louise colocou o garfo na boca da mulher, que sem jeito aceitou o pedaço de carne.

Dna Arlete: Ah, sim. Isso é carne de javali.

Louis Olid: De javali!? Ual! É a carne mais saborosa que eu provei na vida.

Louis olhou para Nestor

Louis Olid: E o Senhor? Não vai comer?

Nestor Grize: Eu...

Louis Olid: Come essa aqui vai!

Louis colocou o garfo na boca de Nestor, assim como fez com a cozinheira.

Nestor Grize: É ótimo. Com certeza é maravilhosa. Pode fazer mais pratos como esse Arlete.

Dna Arlete: Sim senhor.

Por mais algum tempo, Até mesmo depois se estar satisfeito, Nestor ficou na mesa apenas para observar Louis comendo.

Louis Olid: Acho que vou explodir. Eu não devia ter comido tanto, mas tinha muita coisa, eu queria provar tudo.

Nestor Grize: Tudo bem, agora acho melhor você ficar sentadinho no sofá.

Louis Olid: O senhor vai ficar comigo?

Nestor Grize: Eu fico, mas antes vou subir e tomar um banho.

Louis Olid: Então eu espero você no quarto.

Nestor Grize: Ah, sim. Fique no seu quarto e eu te chamo quando terminar o banho.

Os dois subiram novamente as escadas, porém quando Nestor entrou no quarto ao lado, Louis entrou com ele.

Nestor Grize: Você quer me esperar aqui?

Louis Olid:Sim, se não for te incomodar. Eu vou ficar aqui sentado.

Nestor Grize: Está tudo bem mesmo?

Louis Olid: Sim. Não se preocupe comigo.

Nestor entrou no banheiro, mas preferiu deixar a porta aberta.

Louis se deitou naquela cama.

Louis Olid: Sabe... Essa cama não é tão gostosa quanto a sua. Você não estranhou ela?

Nestor Grize: Ah sim, ela é menor. Mas na verdade não percebi nada de muito grave.

Louis Olid: Então, você quer dormir na sua cama hoje?

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