Capítulo 13

Na manhã do dia seguinte, Nestor Grize chegou à empresa OL bem cedo como de costume, e logo percebeu uma agitação fora do normal. Ele se aproximou dos funcionários para poder perguntar.

Nestor Grize: Ei, pessoal! O que está acontecendo?

Patrícia: Senhor, estão comentando que o nosso Ceo se descontrolou e agrediu o irmão adotivo dele.

Nestor Grize: Sim, por causa da apresentação, parece que houve um mal entendido. Mas conseguimos conter a raiva dele.

Patrícia: Não senhor, isso foi na casa deles ontem. Parece que um deles foi parar no hospital.

Nestor Grize: O quê!? Foi ontem? Então... Droga! Eu não deveria ter deixado ele ir para casa.

Nestor voltou para trás e saiu da empresa, entrou novamente no seu carro, e seguiu correndo para o hospital.

Logo ao chegar na recepção, ele olhou ao redor, e haviam poucas pessoas sentadas no sofá, e uma delas em pé, perto de telefone. Ele a reconheceu, era a Governanta Larissa. Em seu rosto, era possível notar que estava bem abalada.

Nestor Grize: Senhora! Por gentileza como o Louis está?

Governanta Larissa: Senhor Nestor, ele está bem machucado. O coitadinho caiu sobre uma mesa de vidro...

Nestor Grize: As coisas não estavam sobre controle? Porque eles se aproximaram novamente?

Governanta Larissa: O Louis assim que chegou em casa queria conversar com o Eder, eu disse para ele esperar, mas ele não quis. Ele insistiu em pedir perdão... Ele ficou mais triste de ver o estado do Eder, do que dele ter destruído o quadro.

Nestor Grize: Ele tem um bom coração. E aí nesse momento o irmão agrediu ele?

Governanta Larissa: Não, eles conversaram um pouco, e eu não percebi uma elevação de voz nem nada. De repente, Ouvi o som da mesinha quebrando e o Eder em cima dele... Ai, que cena terrível. Ele estava com tanta raiva.

Nestor Grize: Senhora, vocês tem que fazer alguma coisa logo! Tivemos sorte dessa vez, mas até quando? O Eder odeia o irmão ficou claro, vai matar ele em qualquer um desses surtos.

Sara Alencar: O Eder não vai matar ninguém!

Atrás de Nestor, uma mulher apareceu.

Governanta Larissa: Doutra Sara! Como o Eder está?

Sara Alencar: Está dormindo agora. Vai descansar a noite toda.

Nestor Grize: E a senhora? Quem é?

Sara Alencar: Sou a Psiquiatra do Eder

Nestor Grize: Olha é um prazer te conhecer, mas tenho que lhe dizer que o seu trabalho não está indo muito bem.

A mulher encarou Nestor com desdém.

Sara Alencar: Acredito que como não é da família, eu nem tenho que gastar saliva com o senhor. Com licença.

Nestor Grize: Família ou não, eu sou o representante da empresa Olid, principalmente quando o Ceo não pode responder. Preciso apresentar o quadro dele na empresa, antes que os rumores aumentem, e acredito que isso seria um problema grande, para o "coitadinho" do seu paciente lidar.

A mulher virou novamente para a direção de Nestor, com o olhar ainda mais raivoso.

Sara Alencar: O senhor Eder teve um surto, já foi medicado e no máximo dois dias estará novo em folha.

Nestor Grize: Agora sim, muito obrigada.

A mulher saiu

Nestor Grize: {Que estranho, não consegui identificar se ela é uma Alfa, ou Beta. Pela petulância, deve ser uma Alfa.}

Governanta Larissa: Já podemos ver o Senhor Louis, quer ir ve-lo primeiro senhor?

Nestor Grize: Sim, muito obrigada.

Nestor seguiu para o corredor, enquanto a Governanta o observava.

Motorista Ralph: O que você pretende a deixar esse homem se aproximar, sabendo que o chefe não gosta dele, mulher?

Governanta Larissa: Tenha mais respeito comigo Ralph!

Motorista Ralph: Porque? Se é só seis anos mais velha do que eu. Estamos no mesmo patamar. Vai gordinha, fala logo.

Governanta Larissa: Não me chame assim! Quer me irritar ainda mais?

Motorista Ralph: Tá bom, desculpa.

Governanta Larissa: Você sabe que ele é um...

Motorista Ralph: Sim, Um alfa.

Governanta Larissa: Então... É justamente isso.

Motorista Ralph: Entendi. A senhora também não gosta do garoto né?

Governanta Larissa: Não seja ridículo! É totalmente o contrário...

III

Louis estava com os olhos abertos quando a porta se abriu, logo ele virou seu rosto para ver quem chegava.

Louis Olid: Senhor Temido!?

Nestor Grize: Sim...

Nestor pegou na mão de Louis

Louis Olid: Vai embora! Por favor... Vai embora.

Nestor Grize: Porque está me afastando? Queremos ficar juntos não é?

Louis Olid: Não. O que eu quero, é que o meu irmão goste de mim. Eu quero que as coisas voltem a ser como antes... Mas meus pais... Não vão mais voltar. E é tudo minha culpa, por isso ele me odeia.

Nestor Grize: É sua culpa? Porque diz isso?

Louis Olid: Ele se lembrou, mas eu não. Eu pedi um bolo de cereja no dia que eles morreram. Eles já estavam vindo para casa, e não compraram o bolo. A mamãe se lembrou no caminho, mas alguns lugares já estavam fechados... Aí eles entraram naquela rua... Onde foram atacados, e depois o acidente...

Louis chorou

Nestor Grize: Louis isso não foi culpa sua. Isso foi algo que estava destinado a acontecer. Quantas pessoas não desaparecem porque foram comprar cigarro, ou porque saíram mais tarde que o normal do trabalho?

Nestor olhou nos olhos de Louis

Nestor Grize: As pessoas tem mania de usar muito o famoso "Se". "Se" ele não tivesse matado uma aula, "Se ela não tivesse ido de carro"... Entende?

Louis Olid: Então.. Não foi minha culpa?

Nestor Grize: Não foi. Quer saber de um outro "se?"

Louis Olid: Outro?

Nestor Grize: "Se o Louis não tivesse esbarrado em mim, derrubado o meu café, na minha camisa, na minha pasta, e principalmente no rosto dele" Se eu não tivesse visto o seu rosto vermelho por causa do café quente... Eu não me sentiria assim quando estou com você. Então me diz Louis... A culpa é sua?

Louis se sentou na cama e continuou olhando para Nestor, com os olhos cheios de lágrimas.

Louis Olid: Isso é ruim para você?

Nestor Grize: Não. Nenhum pouco, porque eu adoro o que sinto perto de você.

Louis Olid: E se eu tiver uma outra vida, a gente pode ficar juntos?

Nestor Grize: Ei?

Nestor passou a mão nos cabelos de Louis, acariciando.

Nestor Grize: Porque outra vida? Temos essa, vamos aproveitar isso.

Louis Olid: Não posso. Eu não quero mais ver o Eder daquele jeito por minha causa, eu sei que eu atrapalho ele, mas ele é toda a familia que me restou e... Eu estou decidido. Nunca mais vou desobedecer o meu irmão!

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Comments

Edivania Gomes

Edivania Gomes

autora muler abrir a mente desse burro por favor

2024-03-31

4

Edivania Gomes

Edivania Gomes

qie ranço

2024-03-31

2

Tania Maria Rufino

Tania Maria Rufino

Muito triste isso 😞

2024-03-31

0

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