Na manhã do dia seguinte, Nestor Grize chegou à empresa OL bem cedo como de costume, e logo percebeu uma agitação fora do normal. Ele se aproximou dos funcionários para poder perguntar.
Nestor Grize: Ei, pessoal! O que está acontecendo?
Patrícia: Senhor, estão comentando que o nosso Ceo se descontrolou e agrediu o irmão adotivo dele.
Nestor Grize: Sim, por causa da apresentação, parece que houve um mal entendido. Mas conseguimos conter a raiva dele.
Patrícia: Não senhor, isso foi na casa deles ontem. Parece que um deles foi parar no hospital.
Nestor Grize: O quê!? Foi ontem? Então... Droga! Eu não deveria ter deixado ele ir para casa.
Nestor voltou para trás e saiu da empresa, entrou novamente no seu carro, e seguiu correndo para o hospital.
Logo ao chegar na recepção, ele olhou ao redor, e haviam poucas pessoas sentadas no sofá, e uma delas em pé, perto de telefone. Ele a reconheceu, era a Governanta Larissa. Em seu rosto, era possível notar que estava bem abalada.
Nestor Grize: Senhora! Por gentileza como o Louis está?
Governanta Larissa: Senhor Nestor, ele está bem machucado. O coitadinho caiu sobre uma mesa de vidro...
Nestor Grize: As coisas não estavam sobre controle? Porque eles se aproximaram novamente?
Governanta Larissa: O Louis assim que chegou em casa queria conversar com o Eder, eu disse para ele esperar, mas ele não quis. Ele insistiu em pedir perdão... Ele ficou mais triste de ver o estado do Eder, do que dele ter destruído o quadro.
Nestor Grize: Ele tem um bom coração. E aí nesse momento o irmão agrediu ele?
Governanta Larissa: Não, eles conversaram um pouco, e eu não percebi uma elevação de voz nem nada. De repente, Ouvi o som da mesinha quebrando e o Eder em cima dele... Ai, que cena terrível. Ele estava com tanta raiva.
Nestor Grize: Senhora, vocês tem que fazer alguma coisa logo! Tivemos sorte dessa vez, mas até quando? O Eder odeia o irmão ficou claro, vai matar ele em qualquer um desses surtos.
Sara Alencar: O Eder não vai matar ninguém!
Atrás de Nestor, uma mulher apareceu.
Governanta Larissa: Doutra Sara! Como o Eder está?
Sara Alencar: Está dormindo agora. Vai descansar a noite toda.
Nestor Grize: E a senhora? Quem é?
Sara Alencar: Sou a Psiquiatra do Eder
Nestor Grize: Olha é um prazer te conhecer, mas tenho que lhe dizer que o seu trabalho não está indo muito bem.
A mulher encarou Nestor com desdém.
Sara Alencar: Acredito que como não é da família, eu nem tenho que gastar saliva com o senhor. Com licença.
Nestor Grize: Família ou não, eu sou o representante da empresa Olid, principalmente quando o Ceo não pode responder. Preciso apresentar o quadro dele na empresa, antes que os rumores aumentem, e acredito que isso seria um problema grande, para o "coitadinho" do seu paciente lidar.
A mulher virou novamente para a direção de Nestor, com o olhar ainda mais raivoso.
Sara Alencar: O senhor Eder teve um surto, já foi medicado e no máximo dois dias estará novo em folha.
Nestor Grize: Agora sim, muito obrigada.
A mulher saiu
Nestor Grize: {Que estranho, não consegui identificar se ela é uma Alfa, ou Beta. Pela petulância, deve ser uma Alfa.}
Governanta Larissa: Já podemos ver o Senhor Louis, quer ir ve-lo primeiro senhor?
Nestor Grize: Sim, muito obrigada.
Nestor seguiu para o corredor, enquanto a Governanta o observava.
Motorista Ralph: O que você pretende a deixar esse homem se aproximar, sabendo que o chefe não gosta dele, mulher?
Governanta Larissa: Tenha mais respeito comigo Ralph!
Motorista Ralph: Porque? Se é só seis anos mais velha do que eu. Estamos no mesmo patamar. Vai gordinha, fala logo.
Governanta Larissa: Não me chame assim! Quer me irritar ainda mais?
Motorista Ralph: Tá bom, desculpa.
Governanta Larissa: Você sabe que ele é um...
Motorista Ralph: Sim, Um alfa.
Governanta Larissa: Então... É justamente isso.
Motorista Ralph: Entendi. A senhora também não gosta do garoto né?
Governanta Larissa: Não seja ridículo! É totalmente o contrário...
III
Louis estava com os olhos abertos quando a porta se abriu, logo ele virou seu rosto para ver quem chegava.
Louis Olid: Senhor Temido!?
Nestor Grize: Sim...
Nestor pegou na mão de Louis
Louis Olid: Vai embora! Por favor... Vai embora.
Nestor Grize: Porque está me afastando? Queremos ficar juntos não é?
Louis Olid: Não. O que eu quero, é que o meu irmão goste de mim. Eu quero que as coisas voltem a ser como antes... Mas meus pais... Não vão mais voltar. E é tudo minha culpa, por isso ele me odeia.
Nestor Grize: É sua culpa? Porque diz isso?
Louis Olid: Ele se lembrou, mas eu não. Eu pedi um bolo de cereja no dia que eles morreram. Eles já estavam vindo para casa, e não compraram o bolo. A mamãe se lembrou no caminho, mas alguns lugares já estavam fechados... Aí eles entraram naquela rua... Onde foram atacados, e depois o acidente...
Louis chorou
Nestor Grize: Louis isso não foi culpa sua. Isso foi algo que estava destinado a acontecer. Quantas pessoas não desaparecem porque foram comprar cigarro, ou porque saíram mais tarde que o normal do trabalho?
Nestor olhou nos olhos de Louis
Nestor Grize: As pessoas tem mania de usar muito o famoso "Se". "Se" ele não tivesse matado uma aula, "Se ela não tivesse ido de carro"... Entende?
Louis Olid: Então.. Não foi minha culpa?
Nestor Grize: Não foi. Quer saber de um outro "se?"
Louis Olid: Outro?
Nestor Grize: "Se o Louis não tivesse esbarrado em mim, derrubado o meu café, na minha camisa, na minha pasta, e principalmente no rosto dele" Se eu não tivesse visto o seu rosto vermelho por causa do café quente... Eu não me sentiria assim quando estou com você. Então me diz Louis... A culpa é sua?
Louis se sentou na cama e continuou olhando para Nestor, com os olhos cheios de lágrimas.
Louis Olid: Isso é ruim para você?
Nestor Grize: Não. Nenhum pouco, porque eu adoro o que sinto perto de você.
Louis Olid: E se eu tiver uma outra vida, a gente pode ficar juntos?
Nestor Grize: Ei?
Nestor passou a mão nos cabelos de Louis, acariciando.
Nestor Grize: Porque outra vida? Temos essa, vamos aproveitar isso.
Louis Olid: Não posso. Eu não quero mais ver o Eder daquele jeito por minha causa, eu sei que eu atrapalho ele, mas ele é toda a familia que me restou e... Eu estou decidido. Nunca mais vou desobedecer o meu irmão!
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Atualizado até capítulo 61
Comments
Edivania Gomes
autora muler abrir a mente desse burro por favor
2024-03-31
4
Edivania Gomes
qie ranço
2024-03-31
2
Tania Maria Rufino
Muito triste isso 😞
2024-03-31
0