Capítulo 18 - A culpa é minha

Não queria ter brigado com o Rael, mas a bomba estourou hoje na minha cara e eu sou a culpada de tudo.

Pai: Luna? - ele aparece na minha porta

Luna: segundo round? Ou melhor, terceiro? - respiro fundo

Pai: brigou com dois caras já? Valente - ele ri e eu reviro os olhos - fala, o que aconteceu?

Luna: eu não deveria ter voltado pra cá, eu só trouxe problemas - ele entra no meu quarto e senta na minha cama me escutando - ouviu falar da m3rda do senador não ouviu?

Pai: aquele que sua mãe inventou um noivado? - concordo com a cabeça

Luna: então, hoje eu acordei com milhões de mensagens dele no meu celular, aí eu concordei em ir falar com ele - prendo a respiração - o cara, tá com dor de corn0 por causa do Rael, disse que não aceita ser trocado por um "traficante de merd@", que isso é só um fetiche meu - meu pai se levanta e segura meus ombros

Pai: o que ele quer Luna? - o olhar dele fica sério

Luna: ir pra cama comigo ou transformar a vida das pessoas desse lugar num inferno - finalmente solto o ar que nem vi que tava prendendo

Pai: e qual foi sua escolha? - ele não expressa nada

Mostro minha mão com os nós dos dedos machucados pra ele e ele ri.

Luna: eu dei um soco na cara dele, qual é pai, ele tá achando que sou o que? - ele continua rindo e me abraça

Pai: eu sabia que você não era fraca garota - ele pega minha outra mão - vem, vamos por um gelo nessa mão

Vou com ele pra cozinha e ele me distrai de todo meu dia ruim, não consegui nem ir trabalhar, meu nível de estresse tava alto demais.

Pai: o que você vai fazer em relação ao Rael? - ele fala o mais suavemente que consegue comigo

Luna: tipo o que? Tem um tarado querendo ir pra cama comigo, caso contrário ele vai destruir teu morro? Que jeito vou falar isso pai? - ele sorri

Pai: não é tão fácil atacar um lugar Luna e por aqui o movimento tá ligado, assim que eles souberem de onde tá vindo as ordens fica tudo mais fácil, tudo é questão de aliados - ele cruza os braços e fica na minha frente - teu dia não acabou ainda, toma um banho e vai atrás dele, o Rael só tava preocupado com você

Luna: eu não sou uma boneca que ele precisa tá cuidando pra não quebrar - reviro os olhos

Pai: você é pior Luna, você não tem medo de tiro e não se curva pra ninguém, o Rael sabe disso e é por isso que ele é assim com você - ele me puxa da cadeira e me arrasta pro meu quarto - vai atrás dele, qual é - eu rio

Luna: tudo que é homem tá me mandando pra cama hoje? - ele revira os olhos

Pai: obrigado pela imagem mental - ele sai resmungando

Tudo bem, eu admito, estressada eu sou pior que um cavalo dando coice. O Rael pode ser chato com essa superproteção mas não merecia o que eu fiz. Tomo um banho, me visto e vou pra casa dele, lógico não tenho problemas pra entrar.

Chego no quarto dele, ele já tá num sono pesado, resolvo que não vou acordar ele e deito do seu lado. Não tenho problemas pra dormir, acho que ando preferindo mais essa cama do que a minha.

No outro dia...

Acordo e ele tá sentado na ponta da cama jogando vídeo game. Ele não percebe que eu acordei, então aproveito pra ficar olhando ele um pouco, fico lembrando das palavras daquele nojento. Fetiche por traficante, talvez fosse verdade se não tivesse conhecido ele criança.

Nenhum deles vai entender, não é o que você se torna, é o que você sempre foi. Talvez se eu tivesse ficado no morro eu não fosse modelo agora e talvez eu não estivesse nessa cama. Cada escolha gera consequência, mas nunca vou me arrepender daquele soco.

Rael: em quem você bateu? - fiquei olhando pra minha mão e nem percebi que ele me notou

Luna: história chata, não quero falar disso agora - me aconchego mais no travesseiro dele - aqui tá gostoso, deita aqui comigo?

Rael: o que você tá fazendo aqui Luna? - sorrio e puxo ele pra deitar comigo

Luna: me deixa ser fofa só uma vez vai - fico deitada de frente pra ele, acaricio seu rosto - desculpa tá bom? Ontem o dia não foi nem um pouco fácil

Rael: fala então - ele continua sério

Luna: com o humor que você tá? - sorrio - nem a p@u, sou maluca mas não sou tanto - ele sorri

Rael: pelo menos quem levou o soco mereceu? - eu rio

Luna: você faria muito pior, vai Rael, fica de bem comigo - toco a ponta do nariz dele - quer chocolate? - ele ri

Rael: você tem sorte que eu te amo Luna - ele me rouba um beijo e eu sorrio - mas agora me conta o que te deu ontem?

Luna: você não vai gostar - ele revira os olhos - promete que não vai surtar?

Rael: tão ruim assim? - ele fica sério de novo e eu rio

Luna: promete Rael - mostro o minguinho pra ele e ele faz o sinal - quem quer invadir o morro tá sendo mandado pelo Senador e a culpa é minha - ele continua sério me olhando

Rael: como você sabe disso? - vejo ele tentando manter a calma

Luna: ele me ameaçou ontem - fecho os olhos - ele queria tr@ns@r comigo se não ia ajudar a destruir esse morro, a culpa é minha dessa confusão toda

Ele me pega e me abraça como se tivesse medo que eu fugisse e fica quieto um tempo.

Rael: por que você não me chamou? - ele sussurra no meu ouvido

Luna: pra que? Pra você ainda ser preso? - falo baixo

Rael: não importa - ele me olha e acaricia meu rosto

Luna: ia ser mais uma coisa pra me culpar - fico olhando nos olhos dele - desculpa por te envolver nisso, aquele cara era mais perigoso do que eu pensava

Rael: o perigo sou eu Luna - ele me dá vários beijos nos lábios e sorri - pelo menos minha mulher sabe da um soco - ele pega minha mão e ri - acho que tem alguém que ficou roxo na cara

Luna: você é um bobo - seguro a mão dele - para de me tratar como se eu fosse quebrar tá? Se um dia tiver que acontecer algo comigo, não é você que vai impedir, é destino

Rael: para de falar m3rda, eu nunca vou deixar ninguém tocar em você não - ele me agarra de novo e eu sorrio

Luna: voltou a ser grude? - ele da um cheiro no meu pescoço

Rael: sim, tô com saudade - ele beija meu pescoço levemente várias vezes - ainda mais por causa dessa greve que você fez, eu tô comportado, não tô?

Luna: não sei se tá - ele me olha indignado e eu rio - fala só uma coisa e eu acabo com essa greve agora?

Quase derreto com aquele simples sorriso, ele sai do quarto e volta uns minutos depois com uma barra de chocolate na mão.

Rael: quer chocolate? - eu rio

Luna: maldita hora que te contei meu ponto fraco - pego a mão dele e o puxo pra cima de mim - não é só você que muda quando tá perto de mim

Rael: você é mais fofinha longe de mim então? - eu rio

Luna: sim, sou uma flor, tipo aquelas cheias de espinhos - mordisco os lábios dele e já vejo o olhar dele mudando

Rael: não provoca - ele desce a mão acariciando meu corpo e aperta minha cocha - eu tô sem nada a dias por sua culpa

Luna: a gente pode dá um jeito nisso então não pode? - passo as unhas levemente descendo e subindo pelo corpo dele, vejo ele se arrepiando

Continua....

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Comments

Leneborges_

Leneborges_

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2024-03-23

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