Capitulo 6 - Rael sendo Rael

Fomos pra minha casa, sim, o Rael vai literalmente dormir comigo, na minha cama. Mas, mesmo que depois daquele beijo, ficou dez vezes mais difícil não por minhas mãozinhas nele, vou me dar ao respeito.

Afinal de contas, sempre dormimos juntos e nunca ouve nada, então porque seria diferente hoje? Pego um pijama e deixo ele no quarto, tomo banho e volto. Ele tá mexendo nas minhas coisas de criança no quarto.

Luna: ei, o que tá mexendo nessa gaveta? - ele ri

Rael: viu, você me ama também - ele me mostra uma foto

Luna: minha mãe morreria se visse isso, será que o senador desistiria do noivado? - provoco ele e ele revira os olhos

Rael: você não vai casar com ele - ele larga a foto e olha pra mim com um sorrisinho no rosto

Luna: por que não? - sorrio

Rael: por que eu tenho um plano - ele da de ombros

Luna: então me conta vai - cutuco ele e faço beicinho

Rael: vou sequestrar você e casar antes - começo a rir e ele me agarra, deitando em cima de mim na cama

Luna: não acha que tá abusado não? - ele sorri

Rael: eu sou bandido gata, consigo o que eu quero - agarro a costela dele e ele se contorce rindo, saio de baixo dele

Luna: comigo você vai andar na linha, acha que vou cair no seu charme tão fácil assim - ele balança a cabeça e suspira

Rael: tá bom, prometo me comportar - me sento na cama olhando pra ele deitado - mas você não pode me negar uma coisa - ele da aquele sorriso

Luna: tá bom, pelos velhos tempos, te concedo um desejo, só não pode s3xo - ele faz beiço e eu rio

Rael: eu posso beijar você o quanto eu quiser então? - mordo meu lábio pensando por um segundo

Luna: tá bom, pode - ele me agarra de novo e fica em cima de mim

No começo a gente só se olha, mas então ele começa a beijar primeiro a minha testa, depois a pontinha do meu nariz, o canto da minha boca e fica com o rosto colado ao meu me olhando nos olhos.

Tá, não resisto, mordo o lábio inferior dele e puxo levemente, isso tira todo o controle dele. Ele me beija com desejo, paixão, a mão dele passa pelo meu corpo e ele aperta minha bunda, coloco uma perna em torno do quadril dele e sinto ele crescendo. O desejo tá difícil de controlar, mas, pra minha surpresa ele para tudo isso com um selinho e sorri.

Rael: tudo menos s3xo - eu rio e roubo um selinho dele, ele sai de cima de mim e cobre aquelas partes com uma almofada - não sei se não vou precisar de um banho gelado

Luna: Rael sendo Rael - me abano e ele ri

Rael: você que inventou isso, respeito você Luna - sorrio e beijo a bochecha dele - só mantenha um pouco de distância enquanto o amigo não dorme - escondo meu rosto no travesseiro rindo, ouço ele rindo também - e cobre esse corpão aí - ele pega meu cobertor e me deixa toda coberta

Luna: mais alguma coisa Rael? - ele sorri

Rael: sim, se você tiver que casar, pode ser comigo? - eu sorrio

Luna: me convença - dou de ombro

Rael: que mulher difícil - eu rio

Luna: sou a pecinha do seu quebra cabeças, acho que vale o esforço, não vale? - ele sorri e acaricia meu rosto

Rael: por você vale tudo Luna - ele fica de frente pra mim me olhando na cama

Não sei quanto tempo passa mas conversamos bastante, conto toda a história envolvendo o senador pra ele. Praticamente é um acordo, como sou uma garota bonita e o cara quer crescer na política, sou praticamente um troféu. Eu não gosto dele e ele não gosta de mim, seria um casamento de fachada em pleno século vinte e um.

No fundo eu entendo o Rael, ele não quer me envolver no mundo dele, mas já estou envolvida, cresci com ele e se eu for pensar do jeito que eu penso hoje. Diria que o Rael na infância foi meu primeiro amor.

É como se com ele o tempo nunca tivesse passado, apesar desse homem lindo e perigoso que ele virou, não consigo vê-lo assim.

Mas eu tenho ciência de que não sou mais eu e ele, é o trabalho dele, todas as ex dele, meu outro mundo, minha mãe, o Jean e o senador. Como eu odeio que tudo tenha que ser tão complicado.

Acabamos dormindo juntos novamente, só que dessa vez, ao contrário das outras vezes, acordo e estou de conchinha com ele. Sinto a respiração dele e sei que ele ainda está dormindo, então fico quietinha até ele acordar.

Rael: você tem cheiro de chiclete - ele fala com a voz rouca

Luna: bom saber - sorrio e tento levantar, mas ele não deixa

Rael: fica mais um pouco, não foge - ele aperta o braço na minha cintura

Luna: você tá ficando mal acostumado Rael - ele ri

Rael: não, eu só tô viciado - sorrio

Luna: em drogas? Que feio - dou um tapinha de brincadeira na mão dele e ele ri

Rael: claro, na droga Luna - me solto dele e começo a rir

Luna: nossa Rael você é muito brega - ele ri e esconde o rosto no travesseiro

Rael: juro que é só com você - ele me olha com a carinha de sono ainda

Luna: levanta vai, você tem que ir e eu tenho que levar meu pai na quimeoterapia

Rael: eu levo vocês, relaxa - sorrio pra ele

Luna: por que cuida tanto assim dele? - ele acaricia meu rosto e sorri

Rael: porque ele é parte de você - dou um selinho nele

Luna: assim eu me apaixono - ele ri e levanta

Rael: já tá apaixonada que eu sei - ele da de ombros

Luna: não tô nada - levanto também e escolho uma roupa no armário

Rael: tá sim, não nega - olho pra ele

Luna: quer me ver pelada? Porque eu vou trocar de roupa nesse instante, aguenta ver sem tocar? - ele ri

Rael: tá, tô saindo - ele sai quase correndo do quarto e eu sorrio

Não quero admitir nada, uma das coisas que eu aprendi nessa vida é que se nunca foi seu, você nunca vai perder nada.

Se essa história acabar de um jeito ruim, eu coloco numa caixinha de novo e vivo só as lembranças boas, no fim, acho que sou covarde mesmo.

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