Capítulo 17 - Ser a fiel do morro

Na mesma noite...

Eu faço tudo o que ela quer, mesmo que no fundo eu morra de medo. Eu sei e ela sabe o que é assumir pra todo mundo o que a gente tem. Eu crio uma fraqueza e ela é o ponto fraco.

Ainda mais quando ela é a mulher mais teimosa e marrenta que existe. A Luna nunca vai deixar ninguém dizer pra ela o que fazer, isso é muito perigoso.

Luna: o que essa cabeça aí tá pensando? - ela vem pra cama e senta e monta em cima de mim

Rael: no momento? O que se tá fazendo aí? - ela ri

Luna: distraindo você - ela toca com o dedo na ponta do meu nariz - você tava com cara de preocupado

Rael: quem deveria cuidar de você sou eu amor - troço de posição e fico em cima dela - porque tão perfeita? - ela ri

Luna: como pode ser tão brega? - eu rio dessa vez

Rael: você não é nada fofa Luna - ela da de ombros sorrindo

Luna: com você não preciso ser - ela toca com o dedo a ponta do meu nariz de novo

Rael: por que você sempre fez isso? - encosto meu rosto no dela e dou um selinho

Luna: o que? Toquezinho no nariz? - ela sorri

Rael: isso - deito pro lado dela e a puxo pra perto de mim

Luna: alguém já fez isso em você além de mim? - nego com a cabeça e ela sorri - alguns precisam falar toda hora que amam as pessoas, eu não sou assim, nunca fui assim e não sei ser assim. O toquezinho no nariz é um jeito de mostrar que amo você

Rael: então você sempre me amou? - coloco a mão no coração fazendo um drama

Luna: não seja convencido Rael - ela me dá um tapa no braço e eu rio

Rael: só você faz isso comigo - aperto ela em mim

Luna: o que? Falta de espaço pessoal? - eu rio

Rael: não - seguro o rosto dela e a faço olhar pra mim - você faz o antigo Rael voltar, eu não sou assim o tempo todo, só sou quando tô com você - ela morde o lábio me olhando - o que foi?

Luna: não sei se é justo com você, você não deveria mudar tudo que se tornou por mim - ela faz carinho no meu cabelo - eu não tenho medo de você, esse homem que você se tornou, não me importo com isso - ela suspira - a questão é, não sou o exemplo de mulher que um dono de morro precisa, nunca fui - eu sorrio pra ela

Rael: essa é a coisa que eu mais curto em você - ela fica me olhando séria - os outros tem fiéis, todas iguais, mas só eu tenho uma Luna, a minha Luna - ela esconde o rosto no meu peito, mas sinto quando ela sorri e logo depois vem a piadinha

Luna: Rael você é muito brega - eu sorrio

Rael: também te amo amor - beijo a testa dela

Ficamos conversando mais um pouco e depois dormimos juntos, quando acordo ela já não tá mais na cama. Procuro ela por dentro de casa e já foi embora.

Passo meu dia ocupado e ela sumida, isso me preocupa, mas as coisas tão difíceis, parece que vai ter uma invasão no morro e tá uma correria com todo mundo se preparando.

A noite, passo na casa dela e ela ainda não tá, não atende o celular e isso já começa a me deixar muito bravo, porr@, ela sabe dos perigos, custa mandar uma mensagem.

Luna: oi Rael - ela entra na porta e sorri pra mim

Rael: oi? Oi Rael? É só isso? - tento manter a calma

Luna: é, é isso? O que você queria? Majestade talvez? - ela vem até mim me encarando

Rael: você não pode sumir desse jeito e aparecer como se nada tivesse acontecido porr@ - passo as mãos no cabelo tentando me acalmar - não é mais assim

Luna: por que? Virei propriedade? - ela bufa - Rael, isso não vai prestar, vai pra casa - ela sobe as escadas e me deixa falando sozinho

Jonas: não faz isso cara - ele vem da cozinha com um copo de água na mão

Rael: você sabe que tô certo, se tu se envolve com um cara como a gente, tu tá em perigo o tempo todo - ele sorri

Jonas: quem tem medo é você Rael, eu também tive e olha o que eu fiz, eu espantei a mãe dela e perdi ela por muitos anos, vai repetir isso? - a ideia faz meu coração doer

Rael: eu não sei como não ficar preocupado tá ligado? - ele sorri

Jonas: não ficando - ele da de ombros - a Luna já é adulta e bate que nem homem, vai ficar bem, você sabe disso

Rael: eu tenho que concertar isso - tento subir a escada mas ele não deixa

Jonas: você não percebeu, mas ela tava mais agitada que o normal, deixa ela, vou descobrir o que aconteceu - dou um passo pra trás - vai pra casa, amanhã vocês se acertam

Rael: não deixa ela sozinha, não deixa ela ir embora, você sabe o que ela é pra mim - vou indo pra porta - até amanhã Jonas

Jonas: até amanhã garoto, esfria essa cabeça que eu vejo o que faço com essa maluca aqui em casa - sorrio e vou embora

Chego em casa e só quero tomar um banho, já desistiu do celular, ela não vai vir atrás de mim mesmo. Depois do banho, me deito e logo apago, o cheiro dela tá nos meus travesseiros, pelo menos isso eu ainda tenho hoje.

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