Pessoas?

Ele se ergueu do chão frio e sujo, os músculos doloridos protestando a cada movimento. Uma nova determinação brilhava em seus olhos, contrastando com o ambiente sombrio ao seu redor. As vozes dos outros competidores e o eco de suas próprias dúvidas se misturavam, mas ele se recusava a ser apenas mais um peão nos jogos cruéis daquele lugar.

Caminhando com passos firmes, ele se aproximou da próxima porta, pronto para enfrentar o que quer que viesse pela frente. A incerteza ainda o acompanhava, mas agora era uma companheira de jornada, uma força motriz para descobrir a verdade por trás daquele mundo distorcido.

Com um suspiro profundo, ele abriu a porta e adentrou a próxima sala, pronto para enfrentar o que quer que o destino lhe reservasse.

Ele se viu em uma sala obscura, iluminada apenas por uma luz fraca que mal alcançava os cantos. O cheiro de mofo e decomposição pairava no ar, misturado com o aroma metálico de sangue.

O chão estava coberto de corpos, alguns frescos, outros já em avançado estado de decomposição. Os olhos mortos dos cadáveres pareciam segui-lo enquanto ele se movia pela sala, criando uma sensação de desconforto e medo.

Cada passo era cuidadoso, pois não sabia se o próximo corpo estaria vivo ou morto. O ambiente sombrio e macabro contrastava com a luz tênue que mal iluminava aquele cenário de horror.

Ele sentia que sua mente estava jogando jogos cruéis com ele, criando essas visões horríveis para testar seus limites e seu medo. Cada corpo no chão parecia ser uma manifestação de seus próprios medos e culpas, uma lembrança constante de suas ações passadas e de sua jornada tortuosa.

Ele se perguntava se conseguiria suportar mais essa provação de sua mente ou se sucumbiria ao desespero

Ele se viu diante de uma escolha impossível. Diante dele estava alguém que ele conhecia muito bem, alguém que um dia significou muito para ele.

Era uma pessoa que ele amava, alguém que ele jurou proteger, mas agora, para avançar, ele teria que matá-la. Essa pessoa o encarava com olhos cheios de dor e confusão, sem entender por que ele estava ali, pronto para tirar sua vida.

Ele lutava internamente, com a culpa e a angústia o consumindo. Como poderia fazer algo tão horrível? Como poderia trair alguém que um dia foi tão importante para ele? A voz do mestre ecoou em sua mente, pressionando-o a agir. Ele tremia de agonia, lutando para tomar uma decisão.

Com o coração pesado e as mãos trêmulas, ele finalmente tomou uma decisão. Com lágrimas nos olhos, ele se aproximou da pessoa que um dia significou tanto para ele.

Ele a segurou nos braços, sentindo o peso de sua decisão. Com um último olhar de tristeza e arrependimento, ele fechou os olhos e fez o que precisava ser feito.

O som do corpo caindo no chão ecoou pela sala escura, e ele se viu avançando para a próxima fase, carregando o peso de sua escolha para sempre consigo.

Ele olhou ao redor, procurando por uma saída ou algo que pudesse ajudá-lo a avançar para o próximo nível. Seus olhos se fixaram em uma janela aberta no alto da parede.

Sem hesitar, ele se aproximou e olhou para baixo, avaliando a distância.

O chão parecia estar a uma altura assustadora, mas ele sabia que não tinha escolha. Com um último suspiro, ele se preparou e se jogou pela janela.

Ele tentou se levantar, sentindo uma dor aguda em seu tornozelo. Ao examinar, percebeu que estava quebrado. A queda não o matou, mas o deixou incapaz de continuar.

Ele se arrastou até uma parede próxima, olhando ao redor para entender onde estava. O ambiente era estranho, com uma sensação de irrealidade pairando no ar.

A dor pulsante em seu tornozelo e a confusão em sua mente o deixaram desorientado. Ele fechou os olhos por um momento, tentando assimilar tudo o que aconteceu.

Ele ouviu passos se aproximando e olhou ao redor, vendo uma figura se aproximando lentamente. Era uma mulher alta, vestida de preto, com um olhar penetrante. Ela se aproximou dele e se agachou, olhando diretamente nos olhos dele.

A mulher olhou para ele com incredulidade.

"Como você ainda está vivo depois de tudo isso? O que está acontecendo aqui?"

Ele se levantou com dificuldade, sentindo a dor em cada parte de seu corpo.

"Eu não sei. Parece que neste mundo, as regras são diferentes."

Solene o encarou, ainda sem entender.

"Precisamos descobrir o que está acontecendo. Você não pode simplesmente morrer e voltar à vida assim."

Ele concordou, sentindo-se perdido.

"Eu sei. Vamos descobrir juntos."

"Sou Selene."

Ela se apresentou, caminhando ao lado dele pela rua, pisando nas gotas de seu sangue.

Ele se sentia morto, mas continuava vivo de alguma forma. Como isso era possível?

Ele olhou para ela, tentando processar o que estava acontecendo. A dor em seu corpo era intensa, mas parecia distante, como se estivesse acontecendo com outra pessoa. Selene parecia conhecer a resposta, mas ele não conseguia formular a pergunta certa.

"Por que perguntou se eu não fui castigado?"

Ele perguntou, mancando.

"Se nós sairmos no meio ou no início de um jogo, somos punidos, dificultando nossa passagem para sermos salvos."

"E para onde estamos indo?"

"Estamos indo para o próximo nível"

Respondeu Selene, olhando-o nos olhos.

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