Enigma

Episódio 3

As árvores altas e escuras dançavam furiosamente sob a fúria do vento, seus galhos retorcidos balançando como tentáculos agitados. Cada rajada de vento trazia consigo uma nuvem de poeira, que se erguia em espirais hipnóticas, envolvendo o protagonista em uma névoa de mistério e perigo. O rugido do vento ecoava entre as árvores, criando uma sinfonia sombria e arrepiante que parecia sussurrar segredos antigos.

A névoa espessa pairava sobre o chão como um véu misterioso, distorcendo e obscurecendo tudo à sua volta. Cada passo do protagonista era como uma incursão em território desconhecido, onde o solo se dissipava na penumbra e os contornos se perdiam na bruma. Cautelosamente, ele avançava, confiando em seus instintos para guiá-lo através da névoa densa, enquanto o desconhecido espreitava em cada sombra.

Avançando pelas estradas sem um ponto de referência, o protagonista seguia adiante com uma mistura de determinação e apreensão. Cada passo era uma jornada rumo ao desconhecido, guiado apenas por sua intuição e coragem. As estradas sinuosas pareciam se estender infinitamente, desafiando sua noção de tempo e espaço. Sem um destino claro à vista, ele confiava em sua resiliência para enfrentar os desafios que surgiam em seu caminho. Cada curva revelava novos mistérios, enquanto ele se aventurava mais fundo na vastidão enigmática que o cercava.

À distância, uma casa pequena surgiu, destacando-se na paisagem sombria como um oásis de potencial refúgio. Suas portas e janelas estavam escancaradas, como se convidassem o protagonista a explorar seu interior. A visão das aberturas desprotegidas despertou um misto de curiosidade e cautela nele, pois era incomum encontrar uma moradia tão aberta em meio a um ambiente tão hostil. Mesmo assim, a possibilidade de encontrar respostas ou abrigo era irresistível, então ele se aproximou da casa com passos hesitantes, pronto para enfrentar o desconhecido que aguardava dentro dela.

À medida que ele se aproximava da casa, uma sensação de inquietação crescia dentro dele. O silêncio ao redor era quase palpável, e a atmosfera parecia carregada de expectativa, como se o próprio ambiente estivesse aguardando sua chegada com uma antecipação tensa.

Com cada passo mais próximo, detalhes antes imperceptíveis da casa se revelavam: o desgaste do tempo nas paredes de madeira, as persianas oscilando ao sabor do vento, o chiar das dobradiças enferrujadas.

Ao adentrar o limiar da porta, uma corrente de ar frio o envolveu, fazendo arrepiar a sua espinha. O interior estava mergulhado em sombras, com feixes de luz filtrando-se pelas janelas abertas.

O coração do protagonista acelerou ao ouvir a voz abrupta atrás dele, congelando-o em seu lugar. Uma sensação gelada percorreu sua espinha quando algo pressionou contra sua cabeça, obrigando-o a levantar as mãos em sinal de rendição.

A tensão no ar era palpável enquanto ele se mantinha imóvel, sua mente girando com possibilidades sobre quem ou o que poderia estar ameaçando-o naquele momento.

"Apenas faça o que eu mandar e não se meta em problemas."

A voz, fria e autoritária, respondeu por trás dele. Ele engoliu em seco, lutando para conter o pânico que ameaçava dominá-lo.

"Entendi. Por favor, não me machuque.

Um silêncio tenso pairou no ar por um momento, antes que o intruso ordenasse: "Siga-me, e não tente nada engraçado."

Com um nó na garganta, ele obedeceu, permitindo-se ser conduzido por seu captor para o desconhecido que aguardava além das sombras daquela casa sinistra.

Ele seguiu seu captor pela casa, seus passos ecoando nos corredores sombrios enquanto a incerteza e o medo o consumiam. Cada som, cada sombra, era um lembrete constante de sua vulnerabilidade e da ameaça iminente que pairava sobre ele.

Enquanto caminhavam, o protagonista tentava desesperadamente encontrar uma oportunidade de escapar ou de entender quem era aquele que o havia capturado. Mas a presença opressiva do intruso tornava difícil qualquer pensamento claro.

Finalmente, eles chegaram a uma sala iluminada por uma fraca luz, onde uma figura sombria aguardava, envolta em mistério.

A figura sombria ergueu-se lentamente, revelando-se à luz fraca. Era uma pessoa vestida de forma austera, com o rosto parcialmente oculto pelas sombras. Seus olhos, no entanto, brilhavam com uma intensidade penetrante, como se estivessem examinando profundamente a alma do protagonista.

Ele sentiu o pânico apertar seu peito quando a voz enigmática apertou sua garganta, privando-o do ar e sufocando-o lentamente. Seus olhos arregalaram-se em desespero quando uma dor aguda irrompeu em sua barriga, acompanhada pelo impacto da estaca perfurando seu corpo indefeso repetidamente.

Cada golpe era uma tortura excruciante, arrancando gemidos de dor e agonia do protagonista enquanto sua consciência vacilava. Ele lutava para manter-se consciente, seus pensamentos turvados pelo sofrimento e pelo terror que o consumiam.

A respiração da sombra, fria e sinistra, arrepiava sua pele, mesmo que ele não pudesse vê-la. Ele se sentia completamente vulnerável, à mercê dos caprichos sádicos de seu agressor invisível.

Enquanto sua visão escurecia e sua força abandonava seu corpo, ele enfrentava uma batalha desesperada para resistir à escuridão que o envolvia, sem saber se sairia vivo desse terrível pesadelo.

A risada sádica ecoava ao redor do protagonista, misturando-se com o aperto implacável que o mantinha suspenso em uma sensação de desespero e medo. Incapaz de escapar do controle da figura sombria, ele se viu submerso em uma visão horrível e perturbadora.

De repente, sua consciência foi transportada para uma cena macabra: ele observava impotente enquanto o homem encoberto pelas sombras o enforcava, segurando uma faca ensanguentada. Ele fitava suas mãos enluvadas ensanguentadas, a visão arrepiante o dominava, enchendo-o de terror e confusão.

Por que estava se vendo ser assassinado? A pergunta ecoava em sua mente enquanto uma lágrima de desespero escapava de seus olhos, sua angústia se misturando à sensação de impotência. A verdade sombria por trás dessa visão sinistra permanecia evasiva, deixando-o lutando contra o pânico e a incerteza sobre o que o aguardava adiante.

O homem encarou seu outro eu com uma mistura de incredulidade e horror, tentando compreender como poderia estar diante de si mesmo. A sensação de irrealidade o envolveu enquanto lutava para processar a situação absurda em que se encontrava.

"Como você conseguiu sobreviver?"

A pergunta escapou de seus lábios, carregada de perplexidade.

O homem misterioso largou seu corpo no chão com indiferença, extraindo uma faca com frieza e apontando-a em sua direção. Ele se afastou, seu coração martelando de medo e confusão enquanto tentava entender o que estava acontecendo.

"Eu só quero que essa tortura acabe. Eu não sei por que estou me vendo morto!"

Ele exclamou, suas palavras carregadas de angústia e desamparo.

A sombra misteriosa respondeu com uma calma perturbadora, saindo das sombras para revelar sua face marcada por uma cicatriz que preenchia seus olhos e parte de sua bochecha. Seu olhar era frio e impiedoso, refletindo uma aura de ódio e desespero consumidor.

"Se você próprio não se reconhece, quem sou eu para dizer algo ao seu respeito."

Sua voz era carregada de sarcasmo, enquanto ele ria da reação desesperada do homem.

"Mas eu acho que Ele irá querer ver você mais vezes"

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