Início

Frente a um mar de lembranças que o assaltam, ele se afasta daquele cenário, consumido por uma necessidade de escapar do turbilhão que se forma em sua mente. Tudo ao seu redor se desfaz em uma dança frenética de realidade e fantasia, enquanto sua visão se turva, borrando as fronteiras do que é real. O mundo ao seu redor começa a desmoronar, pedaço por pedaço, deixando apenas um esboço borrado daquilo que já foi concreto.

Na escuridão de sua mente, ele se via preso em um pesadelo tortuoso, um labirinto de memórias distorcidas e eventos traumáticos. Cada esquina era uma lembrança dolorosa, cada passo era uma luta contra seus próprios demônios internos. Ele corria, mas não importava para onde fosse, as sombras o cercavam, sussurrando palavras de acusação e desespero.

Sua mente estava em guerra consigo mesma, lutando para encontrar uma saída desse tormento autoinfligido. As vozes em sua cabeça cresciam mais altas, ecoando seus medos mais profundos e seus arrependimentos mais amargos. Ele se permitiu chorar, deixando as lágrimas lavarem sua alma atormentada.

Mas mesmo em meio ao caos, uma chama de esperança brilhava fraca. Uma voz suave e reconfortante o chamava, oferecendo-lhe uma chance de redenção. Ele se agarrou a essa luz, determinado a encontrar uma maneira de se libertar desse ciclo interminável de sofrimento.

Então, subitamente, ele foi arrancado desse pesadelo por mãos brutais que o agarraram. Um grupo de pessoas o arrastou para longe, suas palavras cheias de crueldade e desprezo. Eles o consideravam um jogo, um brinquedo para ser torturado e testado até o limite. Um soco o atingiu em cheio, e ele sentiu a dor antes de ser engolfado pela escuridão da inconsciência.

Ele se viu em uma sala sombria, iluminada por uma luz fraca e difusa. Ao seu redor, via-se outros cativos, cada um com uma expressão de medo e desespero estampada no rosto. Eles estavam ali, todos vítimas de um jogo cruel, uma prova de fidelidade a um mestre desconhecido.

Os guardas, sombras ameaçadoras na penumbra, começaram seu trabalho de tortura e interrogatório. Gritos ecoavam pelas paredes úmidas, misturados com o som de correntes sendo arrastadas e ossos sendo quebrados. Cada um dos cativos era submetido a testes brutais, desafiando sua resistência física e mental.

No meio daquela agonia, ele sentiu uma determinação crescer dentro de si. Não seria mais uma vítima passiva, mas sim um lutador, pronto para desafiar o destino que lhe fora imposto.

Para ele, aquilo não parecia purgatório; era mais um labirinto infernal, onde cada passo poderia significar dor e desespero.

Esse mestre, descrito pelos fanáticos, parecia mais um sádico em busca de tortura e sofrimento do que qualquer outra coisa. A atmosfera ao redor dele era de medo e submissão, alimentada pela crença de que apenas através da dor se poderia provar a devoção. Era um conceito distorcido de lealdade, onde o sofrimento era considerado uma prova de fidelidade.

O ambiente era sombrio, com um cheiro desagradável pairando no ar. Ele se encolheu em um canto próximo a uma parede mofada, sentindo o frio do chão avermelhado penetrando em seus ossos. A atmosfera ao redor só aumentava sua sensação de desespero e angústia.

Ele se mantinha distante, quase indiferente ao que acontecia ao seu redor, imerso em suas lembranças dolorosas dos maus-tratos de sua mãe. Enquanto os outros eram submetidos a provas de devoção, ele parecia estar em outro mundo, preso em seus pensamentos sombrios.

Ele avançou pelo corredor, cada passo mais doloroso que o anterior. A cada esquina, uma nova armadilha o aguardava. Dardos venenosos disparavam das paredes, lâminas afiadas cortavam o ar, e buracos traiçoeiros se abriam sob seus pés.

Mesmo ferido e exausto, ele se recusava a desistir. Cada armadilha evitada era uma pequena vitória, um passo mais perto de escapar daquele inferno. O suor escorria de sua testa, misturando-se com o sangue de seus ferimentos.

Finalmente, ele alcançou o fim do corredor. Uma porta maciça se erguia à sua frente, sua única chance de liberdade. Com um último esforço, ele a empurrou, revelando uma escadaria que levava para baixo, para as profundezas desconhecidas.

Ele hesitou por um momento, mas a perspectiva de liberdade o impulsionou adiante. Um degrau de cada vez, ele desceu pela escada escura, deixando para trás o corredor de armadilhas e os horrores que lá habitavam.

Uma sensação de alívio misturada com a dor tomou conta dele. Mesmo com o desafio superado, a exaustão era avassaladora. Ele se permitiu descansar por um momento, sentindo o peso de suas ações e a magnitude do que ainda estava por vir.

Enquanto descansava, ele refletiu sobre a natureza cruel do jogo. Cada nível era uma provação, uma tortura física e mental. Ele se perguntou se valeria a pena continuar, se a salvação no final realmente existia, ou se era apenas mais uma ilusão cruel.

Com essa dúvida em mente, ele fechou os olhos e se deixou levar pelo cansaço, preparando-se para enfrentar os desafios que ainda estavam por vir.

Essas questões ecoavam em sua mente, misturando-se com a dor e o cansaço. Ele se viu em um ciclo interminável de dúvidas e sofrimento, questionando sua própria existência e o propósito de tudo aquilo. Mesmo diante da incerteza, uma determinação silenciosa começou a crescer dentro dele.

Ele não queria mais ser apenas uma peça nos jogos cruéis daquele mundo. Queria encontrar a verdade, queria encontrar uma saída, mesmo que isso significasse enfrentar seus medos mais profundos e encarar a realidade nua e crua. Com essa nova determinação, ele se levantou, pronto para enfrentar o próximo desafio, determinado a descobrir a verdade por trás daquele mundo distorcido.

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