Além do Limite

Episódio 4

Ele sentiu um turbilhão de pensamentos e emoções inundando sua mente, incapaz de controlar o que estava acontecendo ao seu redor. Um clarão repentino envolveu-o ao sair da sala, ofuscando sua visão. Parecia que alguém estava provocando aquilo de propósito.

Ele franziu o cenho, tentando se orientar no meio da luminosidade intensa. Seus sentidos estavam em alerta máximo, consciente de que algo sinistro poderia estar acontecendo. Ao recuperar parcialmente a visão, percebeu uma figura esguia, parada à distância, observando-o com olhos penetrantes. Seus instintos alertavam para o perigo iminente.

Seus músculos se contraíram, preparando-se para o que pudesse acontecer a seguir. Ele não estava disposto a ser uma presa fácil. Com cautela, deu alguns passos para trás, mantendo os olhos fixos na figura misteriosa. A cada movimento, o desconhecido parecia se aproximar, mantendo uma distância calculada. Era como se estivessem dançando um jogo perigoso, cada um esperando o momento certo para agir.

A tensão no ar era palpável. Cada segundo parecia uma eternidade, até que, finalmente, o desconhecido rompeu o silêncio tenso.

"Você não deveria estar aqui"

Disse a voz, carregada de autoridade e mistério.

Ele não respondeu, mantendo-se em guarda, observando cada movimento do outro. A figura deu mais um passo à frente, revelando mais detalhes de sua aparência sombria, o rosto parcialmente oculto pelas sombras.

"Você sabe demais"

Continuou a voz, agora mais próxima.

"Preciso garantir que isso não se espalhe."

Com um gesto rápido, o desconhecido sacou uma arma, apontando-a diretamente para ele. Era uma encruzilhada: lutar ou fugir.

A sensação de déjà vu o atingiu com força. Era como se estivesse preso em um ciclo interminável de eventos que sempre levavam à mesma conclusão sombria. A morte pairava sobre ele como uma sombra constante, cada passo o levando mais perto do inevitável desfecho.

Mas algo dentro dele se recusava a aceitar esse destino. Um fogo interior se acendeu, alimentando sua determinação de romper com esse padrão, de encontrar uma saída para esse ciclo de repetição implacável.

Ele percebeu que não era apenas uma vítima desses eventos repetidos, mas também um jogador em um jogo muito mais complexo do que jamais imaginara. Seu criador, quem quer que fosse, estava testando suas habilidades, sua resiliência e sua capacidade de encontrar uma saída.

Com isso em mente, ele mudou sua abordagem. Em vez de apenas reagir, começou a agir de forma estratégica. Observando atentamente o ambiente ao seu redor, procurou por qualquer vantagem que pudesse utilizar a seu favor. Era hora de mostrar suas verdadeiras habilidades.

Diante da iminência da morte, ele decidiu que não seria mais o mesmo homem que fora em sua vida anterior. Em vez de se acovardar, ele enfrentaria seu destino com coragem e determinação. Era a hora de mostrar ao seu criador, e a si mesmo, do que era realmente capaz.

Ele se moveu com determinação, aproveitando cada centímetro de espaço que o ambiente lhe oferecia. Seus movimentos eram calculados, sem um pingo de hesitação. O desconhecido, surpreso com a mudança repentina, vacilou por um momento, dando-lhe a oportunidade de agir.

Com um movimento rápido, ele desarmou o adversário e o imobilizou, revertendo completamente a situação. Respirando fundo, ele olhou nos olhos do outro, sem perder a compostura.

"Agora, quem está no controle?"

Ele perguntou, sua voz firme ecoando pelo ambiente. Era hora de virar o jogo a seu favor.

O adversário, agora desarmado e imobilizado, pareceu surpreso com a reviravolta. A expressão de surpresa em seu rosto lentamente se transformou em uma mistura de admiração e respeito.

"Você é mais do que parece"

Disse o adversário, com um tom de reconhecimento.

"Achei que seria fácil, mas estava enganado."

O protagonista manteve sua guarda alta, ciente de que a situação poderia mudar a qualquer momento. Ele sabia que precisava aproveitar essa vantagem momentânea para descobrir mais sobre seu criador e o propósito desse jogo mortal.

Com o adversário neutralizado, ele se virou para olhar o ambiente, em busca de pistas que pudessem revelar mais sobre o propósito desse jogo mortal.

Enquanto vasculhava o lugar procurando por pistas, ouviu um barulho de passos próximos. Ele se virou, encontrando o homem em frente a ele, apontando a arma para sua cabeça.

O homem se aproximou, a arma firme em suas mãos. O protagonista, confuso, olhou para suas próprias mãos enluvadas, incapaz de compreender como a arma havia desaparecido de sua posse.

"Você está sendo ludibriado"

Disse o homem, com um sorriso sardônico.

"Estou aqui apenas para observar até onde você pode chegar."

Sem esperar por uma resposta, o homem puxou o gatilho, a bala atingindo seu rosto. Uma dor aguda o inundou, mas sua mente estava focada em outra coisa. Por que essas pessoas estavam sempre tentando matá-lo? Será que ele era realmente tão especial?

Mesmo ferido, ele sorriu, sua visão turva. O homem, implacável, pisou em suas mãos, ouvindo os ossos se quebrando.

A dor pulsante em suas mãos misturava-se à sensação de confusão e incredulidade. Por que aquilo estava acontecendo? Quem eram essas pessoas que pareciam brincar com sua vida?

Apesar da angústia, uma chama de determinação ardia em seu peito. Ele se recusava a aceitar aquela situação como seu destino final. Erguendo-se com esforço, encarou o homem diante dele, cujo rosto era agora apenas uma máscara de desprezo.

O homem misterioso fitava um lampejo de luz distante daquele céu nublado, sua expressão pensativa. Com um gesto repentino, ele apontou a arma para sua própria cabeça, um sorriso sombrio brincando em seus lábios.

"Quando reiniciar, veremos quem irá ganhar"

Murmurou ele para si mesmo, como se desafiasse não apenas o protagonista, mas também o destino que os envolvia.

O protagonista, mesmo ferido e abalado, observava tudo com uma mistura de determinação e curiosidade. O que aconteceria quando tudo recomeçasse? Ele estava pronto para descobrir.

O mundo ao seu redor começou a desaparecer, desintegrando-se em fragmentos brilhantes que flutuavam ao vento. Era como se a realidade estivesse se desfazendo diante de seus olhos.

No meio desse caos, ele sentiu uma força puxando-o para frente, como se estivesse sendo arrastado por uma correnteza invisível. Fechando os olhos, ele se deixou levar, mergulhando na escuridão que o envolvia.

O som do tiro ecoou pelo ambiente, ecoando como um aviso sombrio. Seus olhos seguiram o vulto que caía ao longe, o coração apertado com a angústia daquela cena.

Ele sentiu a força misteriosa puxando-o para longe, distanciando-o da cena perturbadora que acabara de testemunhar. Apesar de seus pensamentos inquietos e das perguntas sem resposta que ecoavam em sua mente, ele se viu sendo arrastado para um lugar desconhecido, incapaz de resistir ao poder daquela força invisível.

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