*:・Capítulo 15 - Início da aflição

   Depois de levar um tempo sendo arrumada, a sensação foi incomoda e alegre ao mesmo tempo vendo mais de três pessoas ajudando a me arrumar, apesar que mesmo assim foi difícil colocar a crinolina e o espartilho. Me vestiram em um vestido azul escuro com mangás que iam até as mãos meio caídas, sua saia era bem decorada com rendas. Nunca sonharia em vestir algo assim antes, fico feliz de ter ido as compras com Ane.

— Saudações a vossa alteza real, que as benção dos céus esteja com você —  fiz uma reverência logo ao entrar no que parecia ser seu local de trabalho.

— Marquesa Lilian, encantado em vê-la novamente depois de tanto tempo, por favor sente-se — O tom amigável em sua voz era extremamente cativante, isso realmente me surpreendeu.

— Com licença — Arrumei minha postura indo em direção a uma das poltronas que ficava frente a ele me sentando.

Seus cabelos eram castanhos claros meio desbotado, e os olhos azuis igual ao imperador, seu rosto parecia está bem tranquilo com um sorriso sereno no rosto, pareceu ser alguém fácil de se falar e não demonstrava nenhuma hostilidade ou motivo para ficar apreensiva.

Ele fez um rápido sinal com a mão e uma empregada se aproximou de nós, servindo um chá, não sei se era proposital o fato de ter sido a única a receber uma xícara de chá de camomila, mas pelo seu sorriso desentendido definitivamente parecia.

— Por favor, pode se retirar — ele falou a empregada, que saiu em seguida deixando apenas nós dois a sós, apesar de ter guardas na porta a fora.

No livro Isaac apareceu tão poucas vezes que mal lembro, sua maior aparição foi quando o segundo príncipe conseguiu o trono, eles fizeram um pequeno acordo e apenas foi mandado embora do reino com alguns de seus pertences, sem nenhuma pena a mais, isso porque ele era conhecido pela sua neutralidade nos assuntos políticos e rapidez em negociar.

— Estou surpreso por estar reerguendo o marquesado D'Colines, não imaginei que faria isso — ao contrário do imperador, ele parecia está prestando atenção em mim, ou melhor, demonstrando curiosidade.

— Cedo ou tarde teria que me tornar mais responsável, a falta de meu pai apenas fez que acelerasse isso — bebi um pouco do chá e me surpreendi um pouco por está doce, mas não fiz nenhum comentário sobre, até porque eu gostei.

— O marquês D'Colines era realmente sábio para seus negócios, fico contente de ver a senhorita seguindo seus passos.

— Agradecida — bebi um pouco do chá enquanto o silêncio se estendia por um tempo, não era desconfortável, mas estava muito longe de ser confortável, ele finalmente levantou sua xícara dando o primeiro gole em seu chá, sem tirar sua atenção de mim, senti como se estivesse fazendo um buraco em meu rosto.

— A senhorita marquesa está bem? — ele perguntou quebrando o silêncio.

— Estou sim, obrigado por perguntar — respondi ele quase instantaneamente, não esperava esse tipo de pergunta agora.

— Está realmente bem? — tirei o foco da minha visão da xícara e o olhei, ele estava com uma das mãos apoiada em seu queixo me olhando, apesar de está sério sua face calma ainda permanecia.

— Estou realmente bem vossa alteza — falei olhando para ele não entendendo o que ele estava querendo dizer.

— Você está bem diferente, é uma surpresa ver alguém mudar tanto em apenas 4 meses sem nós vermos — ele falou calmo me olhando. Senti meu coração errar uma batida, de susto, a desculpa que eu tinha pensado em usar como padrão para justificar a mudança repentina de comportamento de Lilian não pareceu cair tão fácil para ele.

— Estou fazendo o meu melhor para não envergonhar a casa Colines, já que sou a única deixada para trás na linhagem — tentei demonstrar tranquilidade enquanto falava voltando a mexer no resto de chá que sobrou na xícara, e creio que deu certo.

O fato de Lilian ser no momento a única descendente deixada para trás, foi porque seus três irmãos mais velhos morreram enquanto ela ainda era jovem, um envenenado, outro em um acidente de carruagem e o outro em um duelo, não lembro de mais informações sobre eles no livro, não ligava tanto para esses detalhes. 

— Entendo, não ocorreu nada de estranho depois do acidente que aconteceu com o marquês? — seu sorriso calmo estava de volta enquanto parecia observar cada mínimo movimento meu. Me surpreendi quando entendi o que ele disse.

— Perdão? — voltei minha atenção a ele enquanto observava seu sorriso.

Acidente? Normalmente nessas horas se usaria tragédia, ele está insinuando que o que aconteceu ao marques foi premeditado e não natural? Ele deve está me usando para confirmar sua dúvida pela minha reação.

Apesar de ser um príncipe passivo não significa que ele não se importa com as coisas ao seu redor, estou demorando demais para acompanhar suas atitudes, será porque não deram tanto foco a ele no livro e acabei não reparando em suas atitudes? Ou apenas sou muito lenta comparada a ele?

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