O silêncio tomou o quarto enquanto esperávamos a resposta de Leah.
— Eu aceito — Um sorriso de canto escapou do meu rosto ao ouvir sua resposta. Entreguei a ela a sacola com algumas jóias.
— Leah, você pode ir, amanhã você volta ao trabalho — Ela acenou com a cabeça e fez uma leve reverência antes de sair do quarto.
— Se-Senhorita, tem certeza da sua escolha? — A surpresa de Ane ainda era visível em seu rosto.
— Sim, tenho certeza sobre isso, e já tenho um trabalho para você como empregada chefe — Me acomodei no sofá enquanto Ane ficava mais apreensiva — Preciso que você entre no escritório, e procure os relatórios de finanças da mansão do último ano.
— Relatório?
— Sim, são pequenos cadernos que dizem onde cada moeda dessa casa foi gasta.
— Porque a senhorita precisa disso?
— Preciso de motivos para saber para onde vai o dinheiro da minha mansão? — Ergui o olhar para Ane.
— P-Perdão, vou fazer o meu melhor — Ela abaixou sua cabeça quase como um robô, prescionando mais seus braços. Suspirei fundo ao perceber como tinha respondido ela.
— Vá, não deixe ser vista por ninguém, principalmente pelo mordomo responsável.
— É o senhor Elmer? — A voz receosa de Ane pareceu confusa.
— Elmer? — Ajeitei minha postura e fiquei atenta ao ouvir o novo nome. — Me diga o que você sabe sobre ele.
— A-ah, o senhor Elmer é o mordomo principal da mansão, e-eu ouvi pelas outras empregadas que temos poucos mordomos porque nenhum aguentava seus treinamentos, — Ela deu uma pausa apertando um pouco sua longa saia nervosa antes de continuar.
— A-algumas empregadas também falaram que ele é uma das pessoas que vivem melhor dentre os empregados... E-eu só sei disso.
— Obrigado pela informação, como eu tinha dito pegue os relatórios sem ser vista e me traga, pode ir.
— C-Certo senhorita, com licença. — Ela deu uma leve reverência e saiu do quarto com seus passos apressados.
— Eh... Melhor financeiramente? Poucos mordomos? Ele não faz isso apenas para conseguir pegar mais dinheiro sozinho? Isso faria mais sentido.
— Senhor Elmer, ela se referiu a ele como mais velho, é o senhor de idade? Que diferente.
Suspirei pesadamente relaxando meus ombros.
— Vou ficar com rugas de tanta pressão, tenho que conseguir fazer as coisas mais rapidamente — Meus pensamentos altos foram interrompidos com uma sequência de batidas na porta.
— Cavaleiro Willian Eliot deseja falar com a senhorita — Me assustei ao ouvir.
— Cavaleiro? O que um cavaleiro quer aqui? Eles não deveriam ser os que tem menos contato comigo?
— Entre — A porta abriu, e um rapaz de estatura normal e cabelos marrons entrou no quarto fazendo uma reverência.
— Com sua licença, saudações a Marquesa D'Colines.
— Mas o que é isso? Alguém agindo tão respeitosamente assim com Lilian só pode está querendo mata-lá.
— O que deseja?
— Eu vim jurar minha lealdade a senhorita! — O homem se ajoelhou diante de mim me deixando sem reação.
— O que? — perguntei para confirmar o que estava acontecendo.
— É o mínimo que eu posso fazer para a senhorita depois do que fez por minha família.
— Sua família?
— Minha esposa, Sasha, foi uma das empregadas que a senhorita ajudou, nosso filho estava em péssimo estado de saúde, e estávamos com medo de acontecer o pior por ele ainda ser novo, e não podermos chamar um médico, eu estou em dívida eterna com a senhorita!
O homem falou com firmeza, e olhou para mim parecendo está esperando uma resposta.
— Filho? Sasha? Eu pedi para Ane entregar as jóias para as empregadas então eu não vi ninguém, nem me lembro dos nomes, eu salvei uma criança? Como assim? O filho dele estava doente, mas porque...
— Os cavaleiros da casa D'Colines não estavam contra minha liderança na família? Porque não pediu ajuda para o conde Marechal?
— Não pude... — Ele abaixou sua cabeça melancólico.
— Não pôde?
— Ele disse que não ajudaria um mero cavaleiro como eu, não se importava com meu filho. — Sua voz parecia cheia de repúdio apesar de se esforçar para permanecer normal.
— Não me surpreende ele ter feito isso, o jeito que eles me trataram, não, como trataram Lilian depois de acordar comprova mais ainda sua atitude. Oh, eu posso usar isso ao meu favor!
— Entendo... Mesmo depois de eu ter sofrido aquele incidente logo após meu pai ter falecido, ele me tratou friamente, acho que só tem interesse em meu dinheiro, ninguém me considera...
— Isso não é tão mentira assim.
— Não diga isso senhorita, Muitos de nós só estamos aqui por sua causa!
— Sério...? Todos dessa mansão agem tão friamente comigo.
— Tem cavaleiros do seu lado senhorita, e garanto que depois do seu ato de bondade vão ter mais, eu vou ajudar a senhorita.
— Fico grata por isso, por favor mande-me notícias do seu filho em breve — Ele sorriu ao ouvir minhas palavras e novamente fez uma reverência.
— Antes do inverno tratei notícias a senhorita, com sua licença. — Ele saiu fechando a porta me deixando sozinha.
— O que foi isso agora? Tem cavaleiros e empregados do meu lado? Isso é uma surpresa, pensando bem, eu tinha esquecido do que aquela mulher tinha falado...
"Meu senhor! Tenta se matar e em vez da vida perde a inteligência!"
— Lilian tinha tentado se matar? Não tinha isso no livro, e para eu ter vindo parar aqui, ela não deveria ter conseguido morrer? Se isso acontecesse não teria vilã no livro...
— AAAAH, que confusão! Não consigo entender essas coisas.
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Atualizado até capítulo 17
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