Tudo na vida tem um propósito, Jessie sempre dizia que algo bom viria, tudo mudaria caso ela fosse outra pessoa. Jessie cresceu muito, sua mente crescia junto de seu corpo, os primeiros pelos em suas axilas era extremamente estranhos, ela se sentia importante, se sentia crescida e um pouco menos dependente emocionalmente das pessoas.
Pobre Jessie, aqueles pelos nas axilas só mostrava o quão cruéis as crianças eram, riam de seus pelos, a xingavam de bicho do mato, meninas ordinárias e frescas. Naquele dia uma sede vingativa correu em suas veias. Jessie enfureceu de forma fria e silenciosa, aos poucos aqueles sentimentos lhe impermeavam, e por meio de uma longa encarada silenciosa o ato foi feito, Jessie matou uma mulher.
_ O diabo não é feio como todos falam não! Ele é bonito, anda com roupas elegantes e sapatos fe veludo! Ele entra tão suave na vida de quem não sabe o que quer, e vai destruindo tudo no redor da pessoa, até acabar com a alma do indivíduo! (Amélia lhe dava um sermão, o menino estava passando por umas coisas dentro de casa, a desconfiança já estava ocorrendo há um tempo, e infelizmente a medida que o tempo passou, o menino confirmou da forma mais imunda o que estava pensando quando aquela dor insuportável no rim lhe deu uma risada na cara).
Seus pais andavam brigando sem limites, e a última briga houve uma tentativa de homicídio. Daniel estava furioso com Amélia, ela estava o negando em tudo e o praguejava sem medir a língua, mostrava que o garoto era idêntico a ele, que ambos eram insuportáveis e inúteis, e que ela não faria mais nada para ninguém. Amélia saiu do emprego, prejudicando as contas familiares, e ficava o dia todo em casa sem fazer absolutamente nada.
Daniel trabalhava juntamente do garoto, ambos trabalhavam em empregos diferentes, e quando chegavam em casa, nenhum alimento estava pronto na mesa. O menino não dizia nada, ele quase não comia, mas ultimamente ele sentia muitos enjoos e vontade de comer hambúrgueres, era um desejo bobo de jovens imaturos, mesmo assim ele não comia, vontade dá e passa ele pensava, ate que aquele desejo comecou a ficar mais forte a cada dia que passava junto das suas tonturas e enjoos.
Daniel no entanto não ficou nem um pouco contente, ele ficou furioso com a atitude da mulher que só choramingava falando que não lhe davam valor. Um dia chegando do serviço bem tarde, seu estômago estava embrulhado, só havia comido uma maçã à tarde e aquilo lhe fez um mal terrível. O menino suava de tonteira e dor nos rins que não passava nunca, e quando colocou o pé em sua casa viu várias coisas quebradas no chão e ouviu seus pais gritando na cozinha.
O menino não deu muita importância até ouvir uma garrafa de bebida se quebrando e a sua mãe mandando o seu pai se afastar dela. Daniel gritava que a mataria, quando o menino foi até a cozinha, Amélia estava com uma panela na mão se protegendo e o seu pai tentando a perfurar com a garrafa quebrada, tentando lhe acertar um golpe violentamente fazendo movimentos rápidos, isso o assustou profundamente.
Entrando no meio para fazerem eles pararem de brigar, ocorreu alguma coisa estranha em seu corpo quando viu seu pai com aquele olhar frio e sanguinário, o menino não sabia o que estava acontecendo, mas seu corpo doeu muito, parecia que algo estava errado, ele estremeceu e começou a suar frio, suas vistas embaraçaram e uma náusea misturada com uma dor cortante lhe fez ficar mal.
_ Você o cortou! O que você fez, imbecil cortou nosso filho! (Amélia ficou apavorada, gritou com Daniel quando viu o menino sangrando estranhamente e olhando suas mãos todas suja, aquilo não era normal ele estava saindo sangue demais).
_ Eu não cortei! Eu só ameacei, eu jamais mataria vocês! (Tentando entender, Daniel ficou desesperado ao ver o menino tremendo e pálido escorrendo sangue daquela forma).
Tentando o ajudar, Amélia pegava nele procurando o corte que Daniel supostamente havia lhe dado, mas o menino a negou e subiu para o quarto. Ele se sentia vazio se encarando no banheiro, mesmo se limpando o sangue escorria feito água e aquela dor no rim era horrível, não era normal aquela dor ele tomou um banho, pensando que seu rim havia estourado.
Seu pai preocupado o olhou no quarto, e sem Amélia ver ele sussurrava se o garoto estava bem, o menino balançava a cabeça quietamente, mas ele estava tão pálido, trêmulo, suando frio e encolhido que Daniel chamou Amélia, querendo ou não Amélia era mais inteligente que ele em questões com o garoto, ambos eram parecidos de alguma forma.
_ A culpa é sua, você deve ter o cortado! Assassino nojento! Tentou me matar, nunca me dá valor! Agora que fez merda vem igual um cordeiro pedindo ajuda! ( Amélia dizia amargamente).
_ Cala a boca, a culpa é sua de ser tão filha da ... folgada! Larga o emprego, não faz nada e faz da minha vida um inferno! Eu deveria ter enfiado aquela garrafa na sua goela, aí tu calaria essa boca para sempre e pararia de falar merda! (Daniel fritou com ela novamente).
Brigaram o caminho todo, chegando no hospital, as médicas o olharam confusas, lhe pediram exame de sangue e fizeram ultrassom enquanto o colocavam no soro. Quando o resultado saiu, foi uma decepção horrorosa. Amélia estava do seu lado, e queria saber o que estava acontecendo com o menino e a enfermeira só dizia besteiras.
_ Você é sexualmente ativo? (O menino a olhou, Amélia olhava para ele e o menino negou, sua mãe não precisava saber se ele dormia com alguém ou não, ela ficaria furiosa se soubesse que ele dormia com gente estranha para se sentir amado por alguns minutos).
_ Você sofreu algum tipo de estresse recente? (Ele negou, sofria estresse todos os dias em casa, na rua com o povo lhe olhando torto por ele ser diferente).
_ Por que essas perguntas? Não é anemia que ele tem? (Amélia indagou confusa).
_ Pelo resultado do exame de sangue, o seu filho sofreu um aborto espontâneo! Estava grávida e no ultrassom havia vestígios de um bebê de aproximadamente seis semanas! Eu sugiro que... (Ela falava com o menino, o menino a negou Amélia o olhou franzida).
_ Grávida? Você está transando feito uma vagabunda! Engravida e me faz essa vergonha! (Uns tapas bem dados, sua mãe lhe deu vários tapas enquanto o menino negava chorando com medo de ser expulso de casa a enfermeira não deveria ter abrido a boca, se estivesse grávida o menino daria um jeito de esconder, ele já estava desconfiado, mas não queria aceitar essa possibilidade horrível).
_ Para senhora Amélia... (Os seguranças a seguravam, mas o olhar de ódio e desprezo de Amélia só o fez lembrar de como Jessie chorou quando disse que odiava a si mesmo e queria ser outra pessoa. Foi um erro, Jessie nunca a mudaria, mesmo sendo outra pessoa ela cometeria erros, erros que envergonhava as pessoas do seu meio social, o menino errou feito Jessie, e sua mãe o odiava mais do que nunca.
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Atualizado até capítulo 28
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