Capítulo 13

— Irmão Pietro! - Philip se virou e gritou alegremente: — Irmão, você está aqui.

Audrey então confirmou que a pessoa que a abraçava era na verdade Pietro.

Diante dessas duas pessoas, ele apenas cantarolou em saudações e abaixou a cabeça para enterrá-la ao lado do rosto de Audrey. Seus olhos escuros estavam cheios de gentileza.

— Por que você está fazendo careta? Você está infeliz?

Para Audrey, essa voz era como uma convocação do inferno, deixando seus cabelos em pé.

Quando ela não respondeu, Pietro também não ficou zangado. Ele ergueu os olhos e olhou para Hailey e Philip antes de perguntar suavemente:

— Os dois deixaram você com raiva? Seja bom. Não fique com raiva. Vou lhes ensinar uma lição para você.

Ignorando a rigidez da mulher em seus braços, Pietro endireitou a parte superior do corpo. A mão dele ainda estava em volta da cintura esbelta dela, mas a gentileza não estava mais ali. Sua expressão era fria e implacável.

Quando aquele olhar frio passou, Philip ergueu as mãos em sinal de rendição.

— Irmão, eu… eu não fiz nada. É tudo culpa dela. Foi ela quem quis intimidar a cunhada!

Philip apontou para Hailey.

Seus olhos frios se moveram para ela.

O rosto de Hailey ficou pálido.

— Irmão Pietro, eu não…

— Claro que sim! Não pense que eu não vi. Quando cheguei mais cedo, três mulheres haviam falado com a cunhada. Elas estavam claramente com você antes disso.

O rosto de Hailey estava pálido. Seus lábios rosados se separaram ligeiramente.

— Eu não fiz. Philip, pare de falar bobagem!

Ela se virou para olhar para Pietro. Seu rosto terno e delicado estava carrancudo e ela parecia muito magoada.

— Irmão Pietro, realmente não fiz isso. Acredite em mim.

Pietro franziu os lábios finos com força. Mesmo que ele não falasse, sua aura de rei era tão fria que fez todos os presentes sentirem arrepios.

Havia uma leve frieza entre suas sobrancelhas e seu tom era extremamente baixo.

Suas mãos apertaram Audrey, prendendo-a em seus braços.

— O que você quer fazer com ela, hein? - Ele perguntou a ela.

Os punhos de Audrey cerraram-se.

Ele deu a ela o direito de escolher como se realmente a amasse profundamente e a mimasse ao extremo.

Pietro pensou que Audrey ficaria feliz. Caso contrário, qual mulher poderia resistir a palavras tão encantadoras?

Philip soltou um grito e cobriu o rosto enquanto gritava:

— Pare de se exibir, pare de se exibir. Você está nos deixando infelizes!

Olhando para a intimidade deles, os lábios de Hailey tremeram.

Audrey ainda era considerada obediente em seus braços. Um raro sorriso apareceu em seu rosto frio.

— Você decide.

De repente, a mulher se libertou de suas algemas.

O arco caiu.

Audrey abaixou a cabeça. Seu rosto estava pálido quando ela disse:

— Não estou me sentindo bem. Eu voltarei primeiro.

Ela se virou, levantou a saia e saiu correndo como se estivesse fugindo.

Philip suspirou algumas vezes e não conseguiu detê-la a tempo. Ele se virou e olhou para o homem ao lado dele.

— Irmão, a cunhada ...

Suas palavras pararam abruptamente.

Isso porque ele notou as ondas escuras surgindo nos olhos de Pietro.

Depois de muito tempo, a frieza do homem desapareceu e ele voltou ao seu estado calmo.

— Philip?

Philip olhou para ele que disse lentamente:

— Mande sua cunhada para casa.

Philip assentiu como se tivesse recebido anistia. No final, ele olhou seriamente para Hailey e perseguiu Audrey.

Neste canto, restaram apenas Pietro e Hailey.

Os lábios de Hailey tremeram. Quando seu olhar encontrou de Pietro, ela o abaixou suavemente.

— Hailey.

Seu corpo tremeu de repente. Ela olhou para cima e forçou um sorriso.

— Irmão Pietro, eu não fiz esse tipo de coisa. Você acredita em mim, certo?

Pietro foi até ela.

Ele abaixou a cabeça e se aproximou.

O coração de Hailey batia forte e seus olhos estavam embaçados.

— Irmão Pietro....

Os olhos do homem eram profundos, escuros e calmos. Eles eram como o céu noturno sem fim e o mar sem fundo.

Aos seus olhos, não havia luz alguma.

— Você não sabe mentir.

Hailey tremeu imediatamente. Ela gaguejou enquanto suas lágrimas brilhavam.

— Não faça essas coisas sem sentido novamente.

Ele passou por ela e não parou por um momento.

Fora do hotel, Philip dirigiu e procurou por Audrey ao longo do caminho.

Felizmente, ele não dirigiu muito antes de ver Audrey.

Ele parou o carro na beira da estrada e correu atrás dela.

— Cunhada!

Audrey estava atordoada quando alguém de repente deu um tapinha em seu ombro, assustando-a tanto que ela quase caiu.

Philip rapidamente agarrou seu pulso e disse com um sorriso:

— Cunhada, você é um pouco assustadora… O que há de errado?

O rosto de Audrey estava frio. Sob a fraca luz amarela dos postes de luz, seus traços faciais requintados eram vívidos. Seus lábios vermelhos estavam franzidos com força, parecendo encantadores.

Ela sacudiu a mão dele.

— Não me siga.

Philip ficou chocado por um segundo.

— Meu irmão me pediu para buscá-la.

— Não mencione ele para mim!

Não havia ninguém por perto.

Com esse rugido, o ambiente ficou ainda mais silencioso.

O peito de Audrey subia e descia pesadamente. Sua respiração estava pesada e as emoções em seu peito estavam uma bagunça.

Philip ficou na frente dela e parou de falar.

Depois de muito tempo, a raiva e o tremor em seu coração pararam. Audrey diminuiu a velocidade e olhou para ele.

— Sinto muito, não estou de bom humor.

— Tudo bem.

Philip sorriu gentilmente.

— Você parou de ficar com raiva? Se estiver, vou mandá-la para casa. Está tarde. É muito perigoso para uma garota ficar sozinha lá fora.

Isso estava além das expectativas de Audrey.

Como o segundo jovem mestre da família, ele deveria ter algum temperamento. No entanto, ele não apenas não estava zangado com ela, mas também pensava por ela.

Audrey piscou e concordou se desculpando.

— OK.

— Então vamos.

Philip se virou e caminhou em direção ao carro. Audrey hesitou por um momento e o seguiu.

Depois de entrar no carro, os dois não voltaram a falar.

As luzes farfalharam enquanto sombras passavam pela janela do carro. O carro estava extremamente silencioso.

Audrey encostou-se na porta do carro, seu olhar caindo enquanto seus pensamentos flutuavam.

Logo, o carro parou.

O olhar de Philip a pegou com olhos fechados pelo espelho retrovisor.

O perfil lateral da mulher era gracioso e ela parecia atordoada e frágil.

Ele hesitou.

— Cunhada.

Audrey acordou assustada. Seus olhos ondulavam como os de um cervo assustado na floresta, não contaminados pelo mundo mortal e pela poeira.

Ele não conseguiu dizer nenhuma palavra reconfortante.

Ele apenas disse:

— Estamos aqui.

Audrey acenou com a cabeça e saiu do carro.

Houve uma batida na janela do carro. Audrey abaixou a cabeça e esticou ligeiramente a cabeça. Ela disse seriamente:

— Obrigada, Philip.

Ele inclinou a cabeça e sorriu.

— Você é minha cunhada. Você não precisa me agradecer por um assunto tão pequeno.

— Entre. Ainda tenho que voltar para relatar.

Audrey assentiu.

Enquanto observava a mulher entrar na mansão e não a ver mais, Philip suspirou suavemente. Ele ligou o carro e saiu do condomínio.

Audrey voltou para seu quarto. Ela estava exausta e não pensou muito sobre isso. Depois de se lavar, ela deitou na cama e adormeceu.

Durante toda a noite, ela não ouviu o carro ser desligado lá embaixo.

Na manhã seguinte, quando Audrey desceu, ela olhou para o quarto de Pietro. A porta estava fechada.

Na verdade, ele não voltou ontem à noite.

Ela foi para a cozinha sem expressão e preparou o café da manhã. Assim que terminou de comer, ouviu o som de um carro lá fora.

Audrey pegou um lenço de papel e limpou a boca e as mãos. No entanto, a pessoa que entrou não era quem ela pensava que era.

Um homem na casa dos quarenta entrou. Quando viu Audrey na mesa de jantar, ele assentiu levemente.

— Senhorita Sartori.

Audrey olhou-o de cima a baixo. Ele estava vestindo terno e gravata borboleta. Ele era alto e ereto e era óbvio que havia passado por um bom treinamento.

Ela estreitou os olhos e perguntou:

— Você é?

A expressão do homem era séria.

— Eu sou da antiga residência. Você pode me chamar de tio Lu.

Audrey levantou-se. Seus pensamentos estavam confusos quando ela perguntou ao homem o motivo de sua vinda.

— Tio Lu, o que você está me procurando?

O tom do mordomo Lu não mudou.

— Madame Emerald convida você para a antiga residência para conhecê-la.

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