Capítulo 12

Audrey endireitou o corpo lentamente. Ela não conhecia as três mulheres à sua frente.

Ela não se incomodou. Seus olhos estavam frios e claros.

— Posso ajudar?

A garota A sorriu e disse:

— O que poderia ajudar? Só queremos ver como é a esposa do Jovem Mestre Sartori, que está escondida há tantos anos.

A garota B mediu Audrey da cabeça aos pés. Seu lindo rosto estava cheio de ciúmes. Ela disse com uma voz estranha:

— O que você quer dizer com se esconder por alguns anos? Ela é apenas uma pessoa inútil com um corpo debilitado. Ela ficou deitada na cama por alguns anos e ganhou a simpatia do Jovem Mestre Sartori.

A mulher de cabelos curtos, que também começou a conversar com Audrey, sorriu e zombou:

— Do que você está falando? A senhorita Sartori não é o tipo de pessoa que você pensa que ela é.

Ela simplesmente não consegue descobrir sua identidade e insiste em assumir a posição de Jovem Senhora da família Sartori.

A mulher olhou para o rosto inexpressivo de Audrey e disse maliciosamente:

— Ouvi dizer que ela é uma assassina.

Audrey cerrou os punhos e olhou para ela.

Garota A: — De jeito nenhum. O presidente Sartori se casaria com uma assassina?

A menina B disse afirmativamente: — Olha, ela nem discute isso. Ela deve estar se sentindo culpada porque acertamos.

Garota A: — Isso é muito nojento. Quem é ela? Ela realmente matou alguém. Quem ela matou?

Audrey franziu os lábios vermelhos com força. O sangue em seu rosto havia drenado em algum momento.

As emoções em seu coração surgiram como ondas. A dor se espalhou como se quisesse esmagar sua racionalidade.

— Ela... - Disse a mulher de cabelo curto lentamente, atormentando deliberadamente os nervos de Audrey: — É ela...

— Você já disse o suficiente?

Audrey interrompeu a conversa com frieza.

— Claro que não. - As três mulheres ergueram a cabeça com orgulho, com desdém e repulsa por ela.

— Você não sabe seu status? Você seduziu o jovem mestre Sartori. Você esqueceu quem você é?

Audrey franziu os lábios e abriu os olhos, parecendo um pouco sedutora.

— Como eu poderia esquecer quem eu sou? Sou apenas uma criança de uma família comum. Não fui mimada desde que era jovem. Aos seus olhos, naturalmente não sou digna do seu ídolo.

A garota B zombou: — Se você sabe que não é boa o suficiente, apresse-se, arrume suas coisas e saia da família Sartori!

Audrey pegou uma taça de champanhe sobre a mesa e cobriu os lábios vermelhos com a borda da taça. Seus olhos brilhavam enquanto ela sorria gentilmente.

— E se eu não fizer isso?

A mulher de cabelos curtos tinha uma expressão de desdém.

— Audrey, tenha alguma autoconsciência. Você acha que o Jovem Mestre vai gostar de você por muito tempo por causa do seu rosto de raposa…

— Não sei por quanto tempo ele vai gostar de mim. - Audrey deu dois passos à frente.

Uma mecha de cabelo bloqueava seus olhos, fazendo-a parecer ainda mais charmosa.

Seus olhos brilhantes estavam cheios de frieza.

As três mulheres não puderam deixar de recuar.

O olhar frio de Audrey procurou seus rostos antes que ela sussurrasse de repente:

— Mas ele não gostou de você por causa de sua aparência. Isso significa que posso entrar nos olhos dele, mas você não.

A garota A ficou assustada com sua aura fria. Ela puxou as outras duas pessoas de volta com medo.

No entanto, ela não aguentou isso e repreendeu Audrey:

— Você realmente foi criada por uma família barata. Você não tem boas maneiras!

Audrey não ficaria atrás. Ela respondeu friamente:

— Você continua me chamando de mesquinha. Você é muito bem-educada.

Essa zombaria fria deixou a outra parte ansiosa. Ela pegou uma taça de vinho e estava prestes a jogar nela.

A mulher de cabelo curto estendeu a mão para detê-la e apontou para a esquerda.

Não muito longe, Philip procurava alguém no meio da multidão. Quando ele olhou, ele caminhou direto.

As mulheres olharam com raiva para Audrey. A mulher de cabelos curtos ficou indignada e zombou.

— Está tudo bem que você seja tão nobre diante de nós, irmãs. Eu só espero que você possa ser tão ousada quando enfrentar o jovem mestre Sartori e aquela atriz...

Os três se viraram e foram embora.

Philip correu até ela.

— Cunhada, finalmente encontrei você!

O aperto de Audrey na taça de vinho relaxou. Ela olhou para a pessoa e não falou.

Philip abaixou o corpo e olhou para seu lindo rosto. Ele estava um pouco preocupado, apesar de estar atordoado.

— Cunhada, por que seu rosto está tão pálida? Você não está se sentindo bem?

Audrey o evitou e largou a taça de vinho.

— Não é nada.

— Não faça cerimônia comigo. Somos uma família. - As lindas sobrancelhas de Philip franziram-se com força, sua preocupação era evidente: — Se você realmente encontrar algo, me diga. Caso contrário, se meu irmão descobrir, ele vai pensar que não cuidei bem de você.

Todos ao seu redor sabiam como Pietro a tratava.

Philip realmente não sabia ou estava fingindo não saber?

Audrey olhou para ele por um longo tempo. Além da seriedade, não havia realmente nenhum traço de disfarce no rosto do homem.

Ela baixou os olhos, o rosto inexpressivo.

— Estou muito bem.

— Cunhada, você...

— Ela disse que está bem. Não use seu rosto quente para agarrar a bunda fria dela. - Hailey, que usava um vestido rosa, pulou do nada e zombou dele sarcasticamente.

Quando Philip viu Hailey, ele se sentiu desconfortável.

Ele nunca gostou dessa mulher desde que era jovem. Ela seguiu o irmão dele o dia todo e gritou que queria se casar com ele.

Se ele não tivesse ido para o exterior e a ouvido uivar por mais dois anos, ele teria tido um ataque cardíaco.

Philip a desprezava.

— O que minha preocupação com minha cunhada tem a ver com você? Vá embora.

Hailey engasgou com as palavras e disse infeliz:

— O local é tão grande. Posso ir para onde eu quiser.

— Então, por favor, encontre um canto para se enterrar e evitar que você enoje os outros.

Hailey ficou furiosa.

— Philip, você pode ser mais cavalheiresco? Você deve ir contra mim?

Philip disse com desdém:

— Um cavalheiro é bom para pessoas boas, mas você não é.

Hailey cerrou os dentes de ódio.

Ela não ganhava contra ele desde que era jovem.

Seu olhar furioso mudou daquele rosto bonito para Audrey.

Ela sorriu friamente e zombou dela implacavelmente.

— A irmã é realmente incrível. Você pode até fazer algo como se esconder atrás dos outros.

O olhar de Audrey escureceu. Seus lábios vermelhos se moveram, mas a figura de Philip a bloqueou.

Ela ficou atordoada.

Os ombros largos do homem estavam à sua frente.

Philip ergueu o queixo, os olhos cheios de arrogância e desdém.

— Hailey, se você está com ciúmes, que assim seja. Não coloque sua raiva na minha cunhada.

Os olhos da mulher se arregalaram como se tivesse ouvido algo ridículo.

— Eu... estou com ciúmes dela?

Ela apontou para Audrey e achou engraçado.

— O que há para ter ciúmes dela?!

Havia um toque de orgulho na voz de Philip.

— Ela é minha cunhada! O que você nunca será!

Hailey zombou.

— Você não sabe se ela é digna do irmão Pietro?

— Se ela não é digna, você é?

Philip se sentiu frustrado. Ela cerrou os punhos.

— Philip, você é o único na família Sartori que a reconhece. Tio e tia não se importam nem um pouco com ela!

Philip deu um sorriso falso.

— Não importa se eles a levam a sério ou não...

Hailey se recusou a deixar isso de lado.

— Quando o tio e a tia souberam que o irmão Pietro iria trazê-la para cá, eles saíram mais cedo. Isso não significa nada?

Ela ouviu os dois discutirem. Sua surpresa inicial se acalmou lentamente e foi substituída por confusão.

Ela ficou um pouco chocada por Philip tê-la defendido.

Mas seus pais não gostavam dela?

Hailey olhou por cima do ombro do homem e viu a confusa Audrey.

A outra parte estava olhando para ela ferozmente. Ele disse indignada e com ódio:

— Além disso, é um desperdício da consideração do irmão ela se vestir assim!

Consideração?

Audrey franziu a testa.

— O que você quer dizer?

Antes que ela pudesse responder, uma mão envolveu sua cintura.

O corpo de Audrey congelou. O calor se espalhou da cintura para todas as costas.

Respirações quentes borrifavam atrás de suas orelhas. Ela instantaneamente não se atreveu a se mover novamente e uma voz profunda explodiu em seus ouvidos.

— O que vocês estão falando?

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