CAPÍTULO 8

Nenhuma delas fez o que você fez por ele.

— Tipo o que? Por exemplo.

— Você teve paciência, fez muita coisa por ele que nem eu como filha fiz. As outras cuidadoras que estavam aqui cuidando dele só ficavam assistindo televisão ou no celular. E deixavam meu pai abandonado. Elas não tinham nenhuma iniciativa como você tem, elas tinham nojo do meu pai.

É por isso que você se tornou especial para ele e para mim, além desse dinheiro ainda vou te dar uma boa gratificação. Você é uma jovem inteligente que toma iniciativa, tem personalidade forte, e pessoas como você, vai conseguir outro emprego. Eu vou dar um conselho como eu daria para uma amiga, que tal fazer um cursinho? E tenta se qualificar profissionalmente.

— Nossa, não sei como agradecer, e não sei se vai mudar a minha vida. Vou pegar esse dinheiro e vou guardar no banco, depois eu vejo o que faço. Quanto a sua carta de recomendação, agradeço de coração.

Ela não queria sair de lá, sentiu uma tristeza e um vazio profundo na sua alma, estava desempregada novamente e teve que procurar outro emprego, e não sabia onde.

Não queria mais voltar para sua tia, e além do mais ela não se dava bem com as filhas dela que gostava mais de fazer festa, mas trabalhar que bom nem pensar. E seu tio então nem se fala, ela foi procurar um apartamento, nesse tempo conheceu uma amiga que se chama Ana, ela também se tornou importante na sua vida, que ajudou muito, foi a amizade à primeira vista.

Quando morreu, o senhor Alfredo morreu junto a sua esperança de encontrar a filha. Ou pelo menos juntar o dinheiro até chegar a quantia de 10.000 dólares para pagar a multa do maldito contrato que ela assinou.

De não poder procurar sua filha, depois disso quem sabe poderia lutar pelo direito de ter sua filha de volta. Mas por enquanto precisava de dez mil dólares.

Embora ela tenha ganhado bastante dinheiro, onde trabalhou três anos, ainda era pouco, e não o suficiente para pagar a multa. E estava atrás de emprego, e aceitava qualquer coisa..

A sua amiga Ana perguntou se não queria trabalhar num clube de striptease respeitado e de muito sucesso.

Na hora achou um absurdo. Não combinava com a sua personalidade, mas do jeito que estava a situação não estava em condições de rejeitar, pelo menos por enquanto.

Foi fazer uma entrevista com o dono do clube, mas ele estava viajando, então ele deixou seu gerente como encarregado. Ela fez uma entrevista contando sua história da onde veio. Ele aceitou que ela trabalhasse pelo menos uns três meses, fez tudo que uma dançarina profissional. Ele gostou dela. Para dizer a verdade ela aceitou o convite, mais por desespero porque não era o que ela queria. SABRINA

— Afinal de contas eu estava precisando, eu só pensava em um objetivo: encontrar a minha filha e ficar lá por enquanto. Até encontrar algo que combinasse mais comigo, dançar no palco sem roupa como stripetease nunca foi meu sonho, nunca foi meu objetivo, estava fazendo mais porque eu precisava ter dinheiro para chegar a quantia de 10 mil dólares.

Depois eu largaria tudo, mas eu não desisti de continuar procurando emprego, no entanto surgiu uma oportunidade por recomendação da minha ex-patroa onde cuidava do pai dela.

Fui trabalhar num salão de beleza e fiz um curso de manicure e designer de unhas. E durante o dia trabalhava no salão e à noite três vezes por semana trabalhava num clube de striptease no centro da cidade.

Até que eu estava fazendo muito sucesso, recebi muitas propostas de casamento de homens interessantes, mas eu não estava interessada. A minha cabeça estava preocupada em um objetivo só? Encontrar algo que mudasse a minha vida.

No dia seguinte fui olhar meu telefone e tinha diversas mensagens e muitas chamadas. Liguei imediatamente para saber quem era a pessoa que estava me ligando tanto querendo saber sobre mim.

O telefone dela atendeu, era dona do salão que estava querendo me contratar como manicure. Sinceramente meu coração disparou de tanta alegria porque finalmente estava encontrando o emprego que eu queria, é claro, que não ia ganhar muito como fazer striptease que estava dando bom dinheiro, mas não era minha praia, não era o que eu queria. Eu estava ansiosa para começar no meu novo trabalho, a princípio eu ia fazer unhas das clientes, e também tinha feito um curso de designer para enfeites. O primeiro dia de trabalho foi um pouco cansativo, afinal eu não estava acostumada.

Mas valeu a pena. O tempo foi passando e eu fui me adaptando muito bem como manicure. Usei a minha criatividade e inteligência.

Fui conquistando muitas clientes para o salão, e para mim, e com o sucesso que eu fazia, chamou (atenção) tanto é que eu fui contratada para trabalhar em domicílio, casas particulares, eu não escolhia as clientes, era elas que me escolhiam. Eu fazia as unhas de pessoas simples, e gente rica também. Até que uma dessas clientes que mora na zona sul da cidade, bairro nobre onde só mora gente rica. E foi uma dessas casas que mudou a minha vida.