Capítulo 11

Elijah Sharp

Se já não bastasse ter que lidar com toda a bagunça mais o lunático do Pablo, agora mais essa.

– Como assim ela fugiu?

Tenho seguranças treinados pelo amor de Deus, que chance uma coisinha daquela teria contra eles?

– E-ela me distraiu.

Ele me contou tudo e eu não acreditei, a fujona é esperta, o pouco que ficou registrado nas câmeras de segurança ela conseguiu se sair muito bem, eu a vi se esgueirando até a porta que dava para o subsolo quando ela provocou o tumulto entre os turistas.

Ela teve muita sorte, mas não por muito tempo.

Por causa desse imprevisto, tive que adiar a viagem de volta, vou revirar essa cidade para encontrá-la, mas já decidi que mandaria as quatro garotas aprovadas e o Pablo na frente.

Este, que concordou em ir apagado para evitar qualquer nova estupidez, e lá o seu destino seria decidido pelo meu pai.

Agora o jeito é tentar achar uma certa fujona que como ela tinha dito era uma estudante de jornalismo que foi confundida pelo meu segurança quando ela disse que tinha uma entrevista comigo já que eu havia me esquecido de avisá-lo.

O hotel, embora tenha um sistema de segurança, ele não é tão forte como deveria ser, as pessoas só acreditam nisso.

A maioria dos nossos hóspedes não gostam de toda essa vigilância, então essa deixa a desejar e como esperado ela deu um nome falso e ainda conseguiu pegar o celular que estava com segurança e jogou na fonte...

Eu tenho que tirar o chapéu para essa garota, uma pessoa comum pegaria o celular e usaria normalmente já que é o celular dela mesmo, mas se ela tivesse usado, ela seria rastreada.

Isso é uma medida de segurança que fazemos assim que pegamos o celular de alguém, e ainda por cima não conseguimos recuperar nenhum dado nele, e não a encontramos mesmo mostrando um retrato falado dela em todas as universidades.

Mas, nas férias no meio do ano fica quase impossível, estava até pensando que essa garota era um fruto da minha imaginação, mas toda vez que fecho meus olhos eu me lembro daquele olhar eu quero saber quem é ela, eu quero ver ela de novo, eu nem sei o que eu vou fazer se isso acontecer mas eu preciso disso.

Ela também não procurou a polícia, como havia prometido, e mesmo se tentasse, não chegaria a porta da delegacia, pagamos muito bem por isso.

Estava novamente em mais uns de meus devaneios com a fujona quando meu celular toca e pelo identificador é o Nicolai:

– Alô!?

– Elijah, encontramos o Domenico.

Quando ele disse esse nome, me levantei num pulo só.

– É sério!?

– Sim, estou te ligando para que me dê instrução de como vamos proceder.

– Leve-o para o "Recanto Paradise" e já podem tentar fazê-lo falar daqui a dois dias eu volto.

– Sim.

Pelo menos algo de bom está acontecendo.

Domenico Tavallery era um dos maiores colaboradores da organização, além de desenvolver muitas variedades na fabricação de drogas em nosso laboratório, ele também cuidava de alguns projetos ligados à tecnologia de última geração.

Como em todo lugar, descobrimos que ele passava informações privilegiadas aos Truckonvisky, mais precisamente ao Ender Uzer o capô dessa máfia que sempre procura um meio de nos derrubar.

Seu único objetivo é assumir o poder, e ele não poupa nada nem ninguém para atingir o seu objetivo, seu pai também não era "flor que se cheire" mas pelo menos tinha ética, o Ender perdeu a credibilidade quando matou os próprios pais a sangue frio na frente de muitas pessoas, declarando guerra contra o meu pai e tentando a todo o curso formar alianças com outras máfias para consolidar o seu poder.

Ainda não sabemos exatamente o segredos revelados por Domênico, sabemos apenas que eram poucos, já que descobrimos rápido graças a sua esposa Verônica que delatou o seu crime, mas infelizmente ele fugiu e tem se escondido, essa caçada estava se estendendo há quase um ano.

Mas, finalmente vamos descobrir tudo, e isso é uma promessa, porém é uma pena que não podemos mais procurar pela fujona mas eu voltarei para tentar encontrá-la e talvez ela já tenha baixado a guarda até lá e então ela não terá como escapar.

No dia seguinte, já estava tudo pronto para irmos quando decidi dar uma volta em torno do aeroporto.

Vi um pequeno bar de karaokê e senti uma vontade sem explicação de entrar nesse lugar que era bem simples, não chamava muita atenção, a voz de quem estava cantando era bem agradável, quando fui olhar a dona da voz quase não acreditei...

– Te achei... fujona.

Era a própria, estava cantando lindamente deixando muita gente hipnotizada e assim que ela terminou, pedi para um dos atendentes me levar até onde os "cantores" ficavam, era uma sala minúscula e além dela, tinha mais três, bem claustrofóbico na minha opinião fiquei só do lado de fora sem entrar, e então eu liguei para o Dave, precisava de algo.

Depois de alguns minutos eu abri a porta e pedi para os avulsos saírem de lá, assim que ela me viu, ela congelou.

Eu não sei se era a luz, ou o ambiente ou o fato de que a estava procurando por muito tempo, mas achei ela mais linda do que quando a vi pela primeira vez, sim, não nego ela é mesmo linda.

Assim que eu fechei a porta:

– Finalmente te encontrei, fujona... Procurei por essa cidade como um louco para te achar.

– Pois deveria ter parado de procurar, eu disse que não contaria a polícia.

Que coisa, não? Pessoas já perderam a língua por me falarem bem menos que isso e essa coisinha está aqui, na minha frente me enfrentando.

– Ah sim, você disse, mas eu também disse que não dependia mais de você.

– O que você vai fazer? Vai me matar?

– Haha! Se eu quisesse te matar, acha que eu não teria feito isso naquele dia? Na verdade, quero te fazer uma proposta.

Nisso, um dos garçons de lá aparece com duas garrafinhas de água mineral, eu vi que ela ficou olhando para a garrafa, ela estava com sede, quer de nervoso ou depois de ter cantado, ela pegou a garrafa, abriu e começou a beber.

– Proposta? Eu não tô interessada, foi mal... Tchau!!!

Ela é mesmo muito atrevida, eu gosto disso.

– Eu imaginei que diria isso, acontece que estou sem tempo para argumentar agora então, já te peço desculpas pelo que vai acontecer.

E olhei para sua garrafa.

Como se tivesse entendido, ela também olhou para garrafa e soltou, mas já era tarde demais ela foi perdendo suas forças e por fim a consciência quando a peguei no colo antes que ela caísse no chão.

– Espero que goste de Londres.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***