Capitulo 8

...(O conteúdo a seguir pode ser desconfortável para pessoas sensíveis à violência, recomendo cautela ao ler)...

Mila Jordan

O Hotel Vintage, mas muitos na cidade também o chamam de "Glory Day" e devo concordar com essa segunda opção, pois como esse nome já diz é glorioso, considerado como cinco estrelas só a nata da nata se encontra nele, e também é uma das principais atrações turísticas da cidade ela com toda a sua exuberância, muitos turistas fazem questão de parar aqui e tirar muitas fotos.

Gosto de observar tudo ao meu redor e é realmente de cair o queixo, na verdade, me sinto até mal do jeito que estou me vestindo, mas não estou ali para me exibir mas sim para trabalhar, o nome do meu entrevistado seria Jordan Sharp, mas ele não pode comparecer, então seu irmão mais velho será o meu entrevistado.

Chegando até a recepção, uma bela moça estava no balcão conversando com um homem vestido de terno preto muito bonito e elegante por sinal.

Cheguei até a moça e tive que atrapalhar um pouco a conversa:

– Como licença, eu tenho uma entrevista marcada com o Sr... Elijah (estava procurando o nome que eu tinha anotado no meu bloco de anotações) ele deve estar me esperando.

Ela olhou para o homem e ele disse:

– Me acompanhe moça.

E foi o que eu fiz.

Chegando no elevador, quando a porta fechou ele disse:

– Olha, se você pretende convencer o senhor Elijah de te contratar vestindo assim, sinto te informar, mas esse não é o primordial que ele procura.

Fiquei um pouco na dúvida e quando estava para perguntar, as portas se abrem e ele já me pega pelo braço e me coloca dentro de um quarto, nele havia mais seis mulheres todas elas bem vestidas de um jeito bem sensual, eu fiquei um pouco sem reação elas não se parecem com jornalistas ou estudantes de jornalismo, antes de continuar o meu pensamento um homem surge pela porta totalmente transtornado, esse comportamento é bem familiar ele estava alterado.

Eu estava no outro canto do quarto e pude olhar para ele que tinha o olhar fixo naquelas mulheres que estavam todas à vontade e sorridentes, mas ele deu um sorriso que me assustou muito e disse de um jeito enrolado.

– Vocês foram reprovadas, hahaha isso quer dizer que eu posso me divertir com vocês.

E já foi indo em direção a elas que também ficaram sem reação, quando ele se aproximou de uma delas, ele a pegou por trás, tirou algo do seu bolso que só então eu vi que era um punhal e a degolou, aquela cena me deixou em choque pois não conseguia entender nada, mas as outras moças começaram a gritar e foram em direção a porta do quarto, que obviamente estava trancada, enquanto ele soltou a garota que foi para o chão e ainda estava agonizando, ele foi atrás de outra e fez a mesma coisa, ele estava descontrolado, e eu continuei em choque, mas diferente das moças não conseguia gritar, não conseguia se quer me mexer, tive um bloqueio de uma lembrança que estava trancada dentro de mim, imagens de sangue no meu corpo vieram em minha mente, e continuei parada, quase uma estátua, nesse tempo ele já havia soltado a segunda, e tudo que eu consegui fazer foi ficar olhando aquele massacre e ele jogando a sua segunda vítima no chão.

Nisso, parece que eu consegui me mexer e fui até ele quando estava segurando a terceira moça, como ele estava de costas para mim, ele não me viu se aproximando, então eu fiz a primeira coisa que me veio à mente, chutei com toda a força o saco dele.

Eu achei que isso iria impedir ele de continuar com esse massacre, mas ele estava tão transtornado que ainda conseguiu matar a terceira.

Quando ele estava indo até a quarta moça que gritava desesperadamente por ajuda a porta se abriu e um outro homem bem alto apareceu, foi até o cara descontrolado e tentou segurar ele por trás, mas não conseguiu, ouvi ele chamando mais um outro que apareceu e finalmente conseguiu imobilizá-lo, esse primeiro disse quase sem fôlego:

– Segurança, traga o sonífero agora.

E nisso apareceu um outro homem com uma seringa e entregou para ele que já foi aplicando no pescoço do cara que foi logo apagando, nesse momento, eu vi que a porta estava aberta e sem ninguém, então eu fui em direção a ela para fugir dessa loucura, já estava até vendo o corredor quando ouço uma voz rouca, muito zangada e assustadora:

– Nem se atreva a sair desse lugar.

Congelei totalmente na mesma posição, eu não sabia se existiam outros seguranças do lado de fora, não poderia arriscar por enquanto, respirei fundo e mesmo com aquela gritaria das duas garotas eu olhei para ele.

Não posso negar que esse cara assim como o lunático eram os homens mais lindos que eu já tinha visto, seus olhos eram de um azul hipnotizante e atingiu o seu objetivo me deixando atordoada.

E agora, o que ele vai fazer comigo?

E nessa hora, pela primeira vez desde que eu entrei nesse quarto eu fiquei apavorada, pois ainda não tinha sido notada tanto que consegui chutar o lunático e ele nem revidou.

Mas agora, eles notaram a minha existência e eu teria que fazer de tudo para tentar sobreviver a essa bagunça, mas seja o que for já sei que os meus dias de tédio se acabara por aqui.

Como imagino que seja o Pablo.

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