Yuri
Eu deveria dizer algo agora, mas que palavras poderia usar?
Na verdade estou sensível demais com todos esses monstros interiores que venho enfrentando silenciosamente e agora ainda estou absorvendo os problemas dessa mulher.
Queria desabar na frente dela e chorar com ela, mas não é disso que ela precisa e eu não quero ser fraco na frente dela.
-Senhor Yuri, sei que não está bem, mas não tem que ser sempre forte diante das pessoas, ser vulnerável e demonstrar fraquezas não é algo ruim, de repente pode encontrar pessoas boas pela caminhada. - Ela lê meus pensamentos!
-Não é assim que acontece no meu mundo, Avy.
Minha voz falhou na tentativa de não demonstrar emoções.
-Seu pai e seus irmãos estão lá fora, porque não se abre com eles?
-Ah, Avy! Se você soubesse os abutres que eles são.
-É tão ruim assim?
Ela buscou os meus olhos com os seus me obrigando a erguer a cabeça e olhar pra ela.
-Aquele velho ali nunca foi um pai que se preze, nunca apoiou os meus sonhos, mas quando fiz sucesso começou a se aproveitar como um abutre em carne fresca. Se eu tivesse escutado ele, jamais teria chegado onde cheguei, só estou aqui porque eu tinha um propósito!
-E a sua mãe?
-Morreu há muito tempo.
-oh, eu sinto muito.
-Overdose.
Avy segurou as minhas mãos trêmulas.
-Que bom que conseguiu vencer, senhor Yuri! Disse olhando nos meus olhos.
-Não me considero vitorioso, Avy!
Comecei a chorar ali na frente daquela estranha.
-eu consigo entender a sua dor, senhor.
Avy
Aquele homem mau humorado e ranzinza se desmanchou na minha frente e chorou horrores.
Por um momento deixei a minha dor de lado em busca de consolar essa pobre alma.
O celular dele tocou e vi que era a namorada.
-É sua namorada...
Ele ignorou.
-Por que não se recompõe e atende? Pode te fazer bem.
-não estou em condições de falar com ela.
-Não quer que ela saiba dos seus conflitos interiores, não é mesmo? Pena que esse caminho pode ter levar a infelicidade.
-como assim?
-Esconder do seu parceiro quem você é de verdade é o maior erro que pode cometer, os prejuízos no longo prazo podem ser enormes.
-Quem conta pra namorada que acaba de conhecer que é um put0 depressivo descontrolado?
-Quem quer construir laços fortes e duradouros. E o senhor não É definitivamente depressivo, está doente, mas pode ser tratar e ficar curado.
-Você parece entender muito sobre, Avy. Por quantos anos foi casada?
- Nove anos, senhor.
-Não sei porque, mas penso que todo esse seu conhecimento foi adquirido da pior maneira possível.
-Yuri!
Alguém bateu forte na porta.
-É minha irmã!
-Lave seu rosto e vá falar com ela.
-Avy, me ajude a me livrar desse povo!
-Do que está falando? Acha que sou assassina de aluguel?!
consegui fazer ele rir brevemente.
Já era alguma coisa.
-O que você quer Jeane?
-Vamos ao shopping, quero passear e comer algo diferente com meu irmãozinho fofo!
-Eu avisei a vocês que não era um bom momento pra vir, eu estou sem tempo.
-Abre essa porta, vamos conversar, você não era assim, porque está tão frio comigo?
-Senhor Yuri, não vai conseguir se livrar dela tão facilmente. Se recomponha e saia.
Sussurrei para ele que prendeu o maxilar com raiva e por fim concordou em se arrumar para sair do quarto.
Algum tempo depois, ele saiu com sua irmã da mansão.
-Ei bonitinha?
ME assusto com o pai do senhor Yuri me chamando e segurando meu braço para eu me virar para ele.
-O que pensa que está fazendo?! - Consigo soltar o meu braço.
-Te chamando, uai!
-O que deseja, senhor?
-Você!
Olho para os lados na tentativa de encontrar outra pessoa. Estou nos corredores do segundo andar e dificilmente tem alguém.
Me afasto dele apavorada.
-Calma, docinho, não vou te fazer mal. Sabe quem eu sou?
-Sim, o pai do senhor Yuri.
-Isso mesmo, sou o pai do seu chefe e sou muito poderoso. O que você faz nessa casa?
-Eu passo roupas, senhor.
-Deve ser muito cansativo, não é mesmo?
-Nem tanto, senhor.
-A que horas você encerra?
-O senhor precisa de alguma coisa?
- A minha nora está com enjoos e meu filho está com ela no quarto, o Yuri saiu com a Jeane e não me disse nada. estou entediado aqui nessa casa, mas não conheço nada na cidade, pode me acompanhar?
-Não, senhor, eu também não conheço a cidade.
-Ah, não? E de onde você é mesmo?
-Senhor, me desculpe, mas estou em horário de trabalho e tenho muito o que fazer.
Fujo dele o mais depressa que consigo.
Esta noite me lembrarei de trancar a porta do escritório ou terei sérios problemas.
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Atualizado até capítulo 33
Comments
ROSIMEIRE DA CONCEIÇAO FRANÇA
o velho se aproveitando da situação
2025-03-04
0
Ideusa Maria Gonçalves Maciel
Velho nojento.
2024-01-19
3