Uma Nova História

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A chegada

Após pouco mais de 24 horas de viagem, Avy desembarcou na rodoviária da grande metrópole.

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Tudo era gigantesco para ela que vinha do interior do nordeste.

"O que eu estou fazendo?"

Já era tarde para Avy pensar nisso.

Dois dias atrás decidiu que iria até a rodoviária e compraria a passagem para o mais longe que fosse possível o seu dinheiro pagar e agora estava ali, misturada entre milhares de pessoas que nunca vira na vida e precisava se manter de pé.

ao menos havia tomado o cuidado de pesquisar uma pousada para se hospedar e torcia para encontrar alguma alma boa que a indicasse um trabalho, pois seu dinheiro só duraria no máximo uma semana se fizesse apenas uma refeição ao dia.

Trazia consigo apenas uma mala de tamanho médio e, abrindo o Google Maps seguiu em direção a pequena pousada.

"5km!"

Ela suspirou profundamente desanimada ao se certificar da distância que percorrerá a pé.

Um tempo depois conseguiu chegar ao seu destino,bastante cansada da viagem e agora de arrastar aquela mala até ali.

-Olá, boa tarde senhora, em que posso ajudar?

Perguntou uma senhora idosa aparentando simpatia.

- Oi, eu me chamo Avy, fiz uma reserva ontem por telefone.

-Ah, claro! Claro! Seja bem vinda Avy!

-Obrigada!

A senhora notou o seu cansaço mas não quiz perguntar nada pra não constranger a jovem mulher.

Avy tomou um banho e dormiu profundamente. Não fossem os seus pesadelos constantes que sempre a despertam em lágrimas .

-Bom dia, senhora!

Avy cumprimentou a mulher na recepção.

-Bom dia Avy, está tendo uma boa estadia? Eu sei que os meus quartos não são os mais confortáveis do mundo, mas...

-Imagina, senhora, está tudo perfeito.

Ela não poderia exigir nada levando em conta o preço da diária e era o melhor que ela poderia pagar.

-Hum... Eu sou nova aqui, então, gostaria de saber se a senhora não sabe de algum trabalho para mim.

- Que tipo de trabalho?

-Qualquer coisa, que seja honesta, é claro.

-Olá, bom dia! - Disse uma recém chegada.

-Bom dia Dilcy! Como vai?

Dilcy é uma mulher de meia idade muito bem arrumada e de cabelos pintados de vermelho.

-Muito bem minha amiga, e você?

-Eu estou bem também, o que a trouxe aqui a essa hora? não tem trabalho?

-Ah, tenho sim e muito! E por falar em trabalho, - Ela se dirigiu a Avy - Eu ouvi você dizer que precisa de trabalho.

-Sim, preciso!

-Você sabe passar roupas?

-Sim,senhora!

-Oras, não me chame de senhora, sou tão jovem quanto você!

Avy tem 27 anos, já Dilcy, 54, mas, o que importa mesmo é como ela se vê!

-Desculpe. você quer que eu passe as suas roupas?

-Não, as minhas não! As do meu patrão! Mas olha, ele é extremamente exigente, você deve passar na entrevista primeiro e, posteriormente fazer um teste. O meu chefe é extremamente exigente, porém paga muito bem.

-Eu gostaria de fazer a entrevista!

-Perfeito, me passa o seu contato.

......

-Dilcy, você está maluca?

A senhora da pousada puxou sua amiga para a copa assim que Avy saiu de vista.

-O que foi?

-Como que você oferece emprego para uma desconhecida?!

-Oxe, não é sua inquilina?

-Desde ontem!

-Nossa! É mesmo? Mas... Ela parece honesta e trabalhadora

-Quem vê cara não vê coração, Dilcy!

-Tem razão, mas... Eu vou arriscar, estou sofrendo demais sem uma passadeira, sobra tudo para mim!

-Você quem sabe, mas depois não diga que eu não avisei!

***Avy***

Ainda custo crer que cheguei aqui ontem e hoje já tenho esperanças de um emprego!

Conversei bastante com a Dilcy durante o café da manhã e estou cheia de fé que ela vai me ligar ainda hoje para a tal entrevista.

Subi para o meu quarto e decido organizar as minhas roupas a procura de algo para vestir caso seja chamada.

As minhas roupas são todas sóbrias e bem compostas, o problema é que estão gastas.

O dia passou e nada de ligação. já estou começando a achar que desperdicei o meu dia com esperanças falsas ao invés de ir em busca de algum trabalho por conta própria e decido que é isso que vou fazer amanhã logo cedo.

Ouvi o toque do celular e implorei para ele não atender, mas não adiantou de nada, mais uma vez ele não me ouviu e atendeu aquele maldito aparelho, em poucos segundos o mundo girou e tudo que eu tinha como firmamento fugiu de sob os meus pés!

-Aaaaah!

Pulei da cama assustada e mais uma vez estava em prantos de choro.

O celular estava realmente tocando, **o meu celular**!

Ainda vacilando estirei o braço e peguei a tempo de atender.

-Alô?

-Alô, Avy?

-Sim.

-É Dilcy aqui, te acordei?

-Não, está tudo bem.

-Ah! Então, eu falei com o seu Yuri e ele pediu pra você vir agora para a entrevista.

-Ok, eu irei!

-Ate logo, então.

-Até!

Olhei no relógio do celular e, "droga!" Já são 8 horas da manhã!

Como eu consegui dormir tanto?

Tomei um banho mais rápido do mundo e olhando a localização que a Dilcy me mandou, se tratavam de 15 quilômetros de distância!

Como eu poderia correr ou mesmo caminhar por 15 quilômetros?!

Me senti desfalecida ao constatar que terei de chamar um carro de aplicativo e gastar o dinheiro de dois almoços, mas não perderei oportunidade.

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Comments

Anonymous

Anonymous

E o segundo livro dessa autora ela é perfeita, espero não me decepcionar

2024-01-25

1

Val B

Val B

Olá leitores

Venho dizer que escrever é uma paixão de muitos anos e comecei aqui ano passado, contudo venho sentindo que escrever não é para mim
Eu sirvo a Deus e essa atividade vem conflitando com minhas convicções religiosas e já não sinto o prazer de antes quando criava.
peço perdão por isso, não consegui deletar a obra, mas não darei continuidade a mesma.

2024-01-18

5

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