Capítulo Catorze

***PG****

As coisas estavam tranquilas no morro desde que barbara e Carioca foram pra Itália, eu e Cl estávamos cuidando do morro inteiro e a cada dia estávamos evoluindo mais, com a união que fizemos com a máfia da Barbara se tornamos o morro mais forte do rio de janeiro.

Mas como Barbara havia falado, isso só abre as portas pra outros morros fazerem a mesma aliança, mas isso vai demorar, os únicos que sabem disso é o chefe do comando que é quem realmente precisa saber.

Eu e Cl estamos felizes com nossas famílias, Cl e Flávia estavam casados já e eu e crystal também, tínhamos filhos lindos e estávamos realmente montando nossa família.

Sentíamos falta do nosso amigo e da Barbara, mas entendemos o porquê de eles terem ido.

Ligação On

— Eai irmão, tô com mó saudade parceiro.

— Também tô PG, como estão as coisas por aí?

— Tudo ótimo parceiro, nunca vi o morro tão bem depois da aliança.

— Eu imagino, e meu sobrinho e minha sobrinha ?

— Estão cada dia mais espertos parceiros, Crystal e Flávia vivem perguntando de você e da Barbara.

— Po que bom, tô com saudade de todos.

— A Barbara tá melhor ?

— Naquelas, esses dias tive que buscar ela em um bar.

— por essa eu realmente não esperava. (Rindo)

— Nem eu, parceiro vou desligar, qualquer coisa me liga.

— beleza patrão, boa sorte aí.

Ligação Off

Porra tava na maior saudade do meu amigo.

Sai da boca e fui direto pra casa. Assim que entrei a Crystal tava jogada no chão, com duas crianças em cima dela.

— Flaviaaaaaa socorrooooo — Ela gritava e as crianças davam risada.

Em segundos Flávia aparece e começa a fazer cosquinha nos dois que saem de cima da Crystal.

— Temos quatro crianças nessa casa, vou ter que chamar um baba. — Digo e as duas me encaram com raiva.

— Bernardo acho que o tio tá precisando de cosquinha. — Ela diz baixinho pra ele mas eu ouço.

Bernardo faz uma cara de sapeca e começa a correr atrás de mim.

— Coquinha Tio, Coquinha. — Ele diz enquanto tenta me pegar.

Quando acho que ia me livrar dele, Flávia e Crytal me pegam e me jogam no sofá, depois daí só loucura, tinha duas crianças em cima de mim, e duas adultas ajudando.

Depois de um tempo paramos e nós sentamos no sofá nós três, as crianças começaram a brincar no tapetinho que tinha.

— Ual, tô ficando velha. — Diz Flávia ofegante.

— Ser mãe não é fácil. — Crystal fala.

— Vocês são incríveis para com isso. — digo abraçando as duas. — falei com Vitor hoje.

— Como eles estão ? — Diz Crystal já me encarando.

— A Barbara tá melhor ? — Flávia também me encara.

— Ele disse que tá naquelas, foi até buscar ela em um bar esses dias.

— Meu deus, coitada. — diz Flávia colocando a mão na boca.

— Deve estar sendo tão difícil pra ela, se eu já sinto falta da minha mãe, imagina ela dos filhos. — Crystal diz e vejo uma lágrima escorrer pelo seu rosto.

— Papa, mama — Diz Maria engatinhando até a mãe..

— Mamãe tá triste, filha, mas ela vai ficar bem, tá meu amor. — Crystal fala pra ela.

— Crystal, porque não vamos pra lá ? — Flávia diz.

— Vocês não são loucas, nem adianta colocar isso na cabeça, as duas não vão e pronto.

Elas apenas me encararam e abriram um sorriso.

— Vou arrumar a mala da Maria e a minha, vou ver se compro as passagens pra hoje já. — Crystal fala.

— Vocês tão surdas. — falo e nem uma das duas me dá bola, só oque me faltava.

As duas somem pela casa e eu fico ali sentado no sofá, é melhor ligar pro Cl pra falar da loucura das duas.

Ligação On

— Nossas esposas estão loucas.

— O'que houve ?

— Querem ir para Itália hoje mesmo, já até estão arrumando as malas delas e das crianças.

— Elas são loucas ?

— Perguntei a mesma coisa.

— Já tô chegando aí

Ligação Off

Depois de alguns minutos Cl já estava aqui, assim que ele chegou Crystal e Flávia desceram com as malas prontas delas e das crianças.

— Amor, compramos uma passagem para hoje às 21h. — Crystal diz animada.

— Vocês não vão, estão loucas. E outra já são 19h — Digo já nervoso.

— É melhor desfazer as malas Flávia. — Cl diz.

As duas nos encaram com a pior cara do mundo e pronto estávamos ferrados.

— Vamos sim, e não são vocês que vão nos impedir, nossa amiga, precisa da gente, somos mães como ela, e sabemos a dor que ela tá sentindo, ela precisa se alegrar um pouco e sim nós vamos. — Crystal fala

— E não queremos ouvir mais nem um pio, fiquem quietinhos, nos levem no aeroporto, e pronto. — Flávia diz.

Tá sou subgerente do morro? Sou. Sou cruel as vezes e mato gente ? Sim. Mas tenho medo da minha mulher e da minha irmã às vezes ? Tenho.

— Parceiro e melhor não falarmos nada, da última vez a Flávia quase me matou. — Cl diz baixinho no meu ouvido.

— Só vai ficar no máximo uma semana e só. — Digo e as duas concordam e começam a pular com as crianças.

Ia ser bom mesmo pra Barbara e pra Naty receber elas, mas mesmo assim íamos sentir falta das nossas garotas e dos nossos filhos.

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