Capítulo Dez

Sai pra fora da mansão e o ar frio bateu em meu rosto e foi ali que não consegui mais segurar o que estava dentro de mim, me ajoelhei no chão e comecei a chorar.

— Porqueeee???? — gritei e todos me olharam estranho.

A dor era enorme, meus traumas eram enormes, tentava tanto continuar sendo a Barbara forte, mas ela não tava mais ali, e oque tomava conta de mim era a dor e a tristeza. Nunca pensei que sentiria algo assim.

Coloquei as mãos sobre meu peito que doía, e chorei tudo que tinha que chorar.

Senti as mãos de Vitor em mim me abraçando forte, e nem o toque dele conseguia me transmitir paz naquele momento.

Senti meu corpo ser erguido e fechei meus olhos, encostei minha cabeça no ombro dele, entramos no carro e senti as mãos do Vitor acariciando meu rosto.

— Preciso de você meu amor, por favor, não quero ver você assim. — quando ele diz isso abro os olhos e vejo lágrimas descendo pelo seu rosto.

— Tá doendo tanto amor. — digo em meio às lágrimas.

— Eu sei meu amor, sei que tá tentando ser forte, mas é muita coisa pra você, conversa comigo. — ele diz me dando um beijinho na testa. — Só não me deixa no escuro, porfavor.

— Vou tentar amor, eu te amo tanto. — Digo levantando a cabeça beijando seus lábios.

Não iria contar nada, não iria colocar mais minha família em risco, se era preciso isso pra salvar meus bebês e minha sogra, era isso que eu iria fazer.

Francesco

As coisas não estavam fáceis, a missão foi um fracasso e pra completar minha filha não estava bem psicologicamente e isso só me deixava mais preocupado, preciso de ajuda para achar meus netos, antes que minha filha se entregue para ele.

Saio da mansão e vejo Vitor levar ela embora, e a forma que ela estava deixou meu peito doendo, precisava fazer algo, fui até uma área onde não tinha ninguém e peguei meu telefone.

Ligação On

— Stefanno?

— Francesco, o'que devo a honra da sua ligação?

— Preciso da sua ajuda.

— Claro meu caro, do que precisa?

— Preciso que venha me encontrar na mansão, tenho um problema com Marino e preciso achar esse canalha.

— Amanhã mesmo estou ai.

— Será muito bem recompensado por isso.

Ligação Off

Não queria pedir ajuda a Stefanno, mas era necessário, sei que Barbara me mataria quando soubesse. Mas tinha certeza que ele poderia nos ajudar.

Stefanno

Fiquei realmente surpreso com a ligação de Francesco, apenas aceitei a proposta para reencontrar minha amada. Já haviam anos que seu pai havia me afastado dela mas em nenhum dos dias, semanas, meses ou anos que se passaram, esqueci la donna della mia vita ( a mulher da minha vida).

Fiz algumas ligações e pedi para que meus homens organizassem tudo para minha viagem, sairia agora mesmo de madrugada para chegar o mais rápido a Camorra.

Em poucas horas já estava na estrada rumo a mansão de uma das maiores máfias da Itália, Francesco mesmo me afastando de barbara, ainda era meu aliado e sempre que podíamos nos ajudamos.

O dia já estava amanhecendo quando cheguei em Camorra, a frente da mansão estava lotada de capangas, paramos no grande portão e um dos homens veio me receber.

— Seja bem vindo senhor Stefanno, a sua entrada está liberada, Francesco aguarda pelo senhor na mansão.

— Obrigado.

Os portões se abrem e logo já estamos na frente da mansão, desço do carro e logo Francesco aparece na porta.

— Stefanno, grande amigo. — ele diz e logo nos abraçamos.

— Quanto tempo Francesco.

— Venha, vamos entrar. — diz abrindo a porta para que eu entrasse.

Assim que entrei haviam dois homens parados na sala nos esperando, um deles já conhecia era Matteo, mas o outro nunca havia visto, eram um momem alto negro e bem forte. Creio que seja mais um Capanga de confiança de Francesco.

— Stefanno esté é Matteo, você ja o conhece e esse é o esposo da minha filha Vitor — ele diz e logo o encaro com um pouco de raiva.

— Tem outra filha além da barbara e não me contou ? – Digo rindo e o homem negro me encara.

— Tenho sim, mas essa já está noiva de Matteo, Vitor é esposo de Barbara. — a raiva que sentia, isso não ia ficar assim, barbara era minha e eu ia provar a esse homem que ela me amava.

— É um prazer conhecê -lo Stefanno — diz vitor estendendo a mão para mim, assim que pego sua mão ele aperta a minha com força. — Francesco me falou muito bem de você. — fala com um sorriso falso no rosto.

Maldito!

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