O Meu Senhor
Oi! Se você chegou de paraquedas aqui eu quero dizer que é muito bem vindo(a), mas que não é uma historia autônoma. A historia de Paolo e Pietra surgiu no meio pro final da historia de Ítalo e Ambra em Conexões de Máfia (É importante que saiba que se ler esse primeiro vai tomar um spoiler da primeira história) . Eu vou contextualizar porque personagens de lá aparecem aqui e talvez você não queira saber da vida do irmão e da cunhada de Pietra porque aquilo lá foi um rolê insano.
Paolo é um filho da Máfia também, e que aparece graças a sede de vingança de Ítalo, mas ele não é um mafioso e leva uma vida totalmente diferente. É um homem inteligente, e que vai se ver envolto em uma história totalmente fora do seu controle, onde assim como Ambra descobre que sua vida inteira é uma grande mentira depois de ter sido jogado em um colégio interno com apenas três anos de idade.
Já Pietra é uma garota tímida e ingênua de dezenove anos que caiu no conto do vigário e entregou o que tinha de mais precioso nos arranjos sociais que possui. Ítalo cobrou com sangue a honra da sua Coccinella, mas ela ainda se sente culpada. Ela só não podia contar que encontraria com alguém que não liga nem um pouco com isso.
__________________________________________
🔞ATENÇÃO ESTE CAPÍTULO CONTÉM CENAS QUE NÃO SÃO APROPRIADAS PARA TODOS OS PÚBLICOS 🔞
...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...
- Não resiste, você vai gostar.
A respiração dele e a voz rouca invadem meus sentidos por trás, do lado esquerdo. Leoni tem o hálito forte, fedendo a tabaco misturado com álcool, e enquanto ele força meus shorts de dormir pra baixo, me mantém de pé na cama pra que eu fique na sua altura. Assim que meu p*u aparece ele pega com a mão esquerda e começa a me m*sturbar.
Eu tenho nove anos de idade, e há pouco eu entrei na tal puberdade de maneira precoce, foi isso que o fez se interessar por mim, ele me disse na primeira vez em que me trouxe a esse quarto. Meu corpo obedece ao toque dele, por mais que a minha mente saiba que é um toque sujo. Ele usa isso pra tentar me convencer de que é bom e eu gosto.
Minha garganta queima e as lágrimas deixam meus olhos turvos.
- Eu não quero!
Ele não liga.
- Quer sim! Shhhhiu se não alguém pode ouvir.
Sinto a mão direita dele passando pela minha b*nda, pra abrir caminho, e logo depois ele se posiciona. Leoni invade meu corpo e a dor é aguda enquanto eu só posso chorar...
********
Acordo sentindo falta de ar, tudo está escuro ainda e o relógio marca quatro e trinta e cinco da manhã.
Odeio essas noites em que aquele d*sgraçado aparece no meu sono.
Me sento na cama e alongo meu pescoço enquanto aperto o controle da persiana revelando a vista para o rio Cam.
💭Coragem, Paolo, coragem!💭
Troco de roupa e desço pra correr depois de me alongar no quarto mesmo, o dia está começando e eu gosto de observar o bairro ainda calmo e silencioso enquanto me exercito. Corro até sentir meus pulmões queimando e o meu corpo cansado.
Quando volto pra casa eu tomo um banho e me arrumo pra mais um dia de aula.
- Bom dia, Paolo.
Elizabeth me serve uma xícara de café bem forte.
- Bom dia, Elizabeth. Muito obrigado.
Ela se retira e eu decido dar uma olhada nos meus e-mails pra já me inteirar do dia de trabalho.
Tem um de Sabine.
_______________________________________
Bom dia, Carcamano!
Parabéns, senhor Mancini, acertou de novo! A tendência para as próximas temporadas são de fato os tons terrosos e escuros. Couro, lã e metais com brilhos discretos.
E então, você vem para a Big Apple ou eu vou pra Terra do Chá?
Sabine Lobianco
Ceo e Manager Glamour Magazine and Models.
_________________________________________
Dou uma risada da mensagem dela.
_________________________________________
Bom dia, senhorita Traça!
Eu sempre acerto e sempre tenho razão, Madame!
Quanto ao seu questionamento, não sei ainda, tenho que arranjar um espaço na minha agenda. Depois te digo.
Paolo Mancini
Ceo P&M investimentos.
________________________________________
Me levanto da cadeira depois de terminar o café da manhã.
- Não precisa se preocupar com o almoço, eu não venho pra casa depois das aulas.
Elizabeth confirma com a cabeça e eu saio pelo bairro para ir até o trabalho. Eu não moro longe da universidade, não é sempre que eu uso o carro pra me deslocar.
Leciono há três anos em Cambridge e sou bastante realizado com essa parte da minha vida. Gosto da fachada de professor que eu tenho, me possibilita uma vida tranquila e são pouquíssimas pessoas que sabem quem eu sou e o que eu faço no mercado financeiro.
Dinheiro é muito bom, traz segurança, mas também atrai muita gente chata. Então quem conhece meu lado de poder é só quem realmente tem poder, uma garantia que eu tenho de que não vou ficar rodeado de gente puxa saco.
Leciono História e tenho uma predileção por Antropologia, sempre me intrigou porque as pessoas se comportam de tal maneira e porque são o que são.
- Bom dia, senhoras e senhores!
Ouço uma voz manhosa.
- Senhoritas...
É uma garota chamada Alice. Bem jovem, tem dezenove se não me engano, loira, como a maioria das garotas daqui e baixinha. Não se encaixa no restante do perfil de alunas desse curso e eu não sei o que essa garota faz cursando algo desse tipo. Tem uma prótese de silicone daquelas que parecem duas bolas pregadas de qualquer jeito na caixa torácica, usa cílios postiços que a qualquer momento vão fazer ela pegar vôo quando piscar, unhas feito garras e voltou das férias de primavera com um upgrade nos lábios.
Minhas turmas são jovens no geral e vez ou outra eu tenho uma aluna cismando comigo. É um dos ônus de ser professor.
Alice vive apontado os peitos falsos dela na minha direção, achando que vai me atrair com esse jeito espalhafatoso que tem. Francamente falando? Ela olha pra mim e vê um garoto cheio de hormônios, ou então um cara de meia idade que fantasia com uma novinha.
E eu não sou nem um, nem outro. Felizmente!
Fora ela têm algumas em outras turmas, todas sonhando com o professor tímido e educado de faculdade.
Decido ignorar o comentário dela.
Ajeito meus óculos no rosto e arregaço as mangas da minha camisa social listrada de branco e azul claro.
- Vou puxar uma sardinha para o meu lado e vamos falar de Analise Sociológica hoje. Quero que vocês analisem comigo o comportamento de Napoleão Bonaparte e a empreitada dele como conquistador no novo mundo...
*******
Chego no restaurante no horário marcado.
Louis se levanta pra me cumprimentar com um sorriso no rosto.
- Boa tarde, Paolo. Está tudo bem?
Me sento deixando minha bolsa transversal de lado.
- Está sim, tudo ótimo. O que tem pra mim hoje?
Louis é meu advogado, meu testa de ferro.
É ele quem as pessoas que interessam alguma coisa procuram pra entrar em contato com o Ceo da P&M.
É um homem inteligente, correto e honesto. Tem uma história de superação incrível, a mãe dele teve complicações no parto e Louis nasceu sem uma parte da perna direita. Cresceu na periferia, na pobreza, com os pais lutando dia após dia pra sobreviver a falta de dinheiro e ao preconceito de cor. Ele sabia que tinha que estudar e correr atrás, e foi assim que mudou de vida.
- Bom, temos algumas propostas no ramo hoteleiro e no ramo alimentício. Mas preciso dizer que as que mais são vantajosas são as do ramo de petróleo e gás. Vai por mim, Mancini, vale a pena conhecer os Árabes.
Louis me entrega alguns papéis e eu corro os olhos vendo a soma exorbitante no final da proposta.
- Hum, me dê o telefone desse tal de Shakir. Ele vai ter a honra de receber uma ligação minha.
Deixo os papéis de lado e olho pra meu advogado.
- Mais alguma coisa?
Ele me olha apoiando os cotovelos em cima da mesa.
- Recebi o contato de um tal de Lupo Guarnieri, morador de Roma...
Essa cidade...
-... ele tem um afilhado, filho de criação, sei lá o que é, e ligou representando esse fulano.
Interessante.
As pessoas que procuram Louis na tentativa de chegar até mim o procuram de cara limpa. Sabem que se não passarem pelo crivo do meu advogado não me dou nem ao trabalho de conhecer.
- Se quem de fato quer falar comigo não te procurou, por que está me falando dele?
Louis mexe na pasta de lado. Ele estende os papéis pra mim e sorri de canto.
- Acontece que o tal fulano é nada mais, nada menos, que Ítalo Rizzo, o Ceo da Rizzo Companhia de Telecomunicações.
Hum, é um cara importante mesmo. A internet e os telefones da minha casa são da companhia dele.
Dou uma olhada na ficha de Rizzo. Nela consta as coisas da vida pessoal dele, e enquanto eu leio atentamente, ouço Louis falando:
- Ele é um cara correto. Tem uma empresa idônea e tudo o mais, ajuda causas beneficentes de maneira midiática porque é bom a gente sabe, mas tem uma que ele faz questão de não expor que esteja ligado. É justamente sobre ela que ele quer investimento. Orfanotrofio D'amore o nome. Parece que Rizzo quer expandir para demais localidades no mundo. É uma causa passional pra ele...
Enquanto Louis fala eu me atento aos papéis.
Ítalo era uma criança de oito anos de idade quando ficou órfão, a irmã um bebê de seis meses. Os pais foram ass*ssinados dentro de casa.
É de fato algo pessoal para ele crianças sem pais.
Continuo lendo até entrar na parte mais pessoal da sua vida. Ítalo tem a minha idade, mas vejo que se casou com uma moça ainda com dezoito anos, ela é muito jovem. Meus olhos se arregalam quando vejo o nome e sobrenome de solteira da garota.
Ambra Mezemga Romano.
Louis não sabe dessa parte da minha vida, se soubesse teria me ligado imediatamente quando Lupo entrou em contato. Ambra é sobrinha do marido da mulher que me cuspiu no mundo, e me colocou naquele colégio quando eu ainda era praticamente um bebê.
💭O que será que esse homem quer comigo?💭
Assim que eu tive autonomia de decisão, e comecei a fazer minha vida nesse mundo, procurei saber mais sobre Fausta e sobre meu pai. Então eu vi que ela tinha se casado poucos meses depois de ficar viúva, com um tal de Bruno Romano que não vale o chão que pisa. A questão toda é que meu pai não era um cidadão modelo, vamos dizer assim, ele era um criminoso, um bandido ass*ssino e de sangue frio. Tinha um café pra disfarçar, mas a fortuna dele vinha da máfia e ele foi morto em uma emboscada, certamente por algum inimigo que fez nesse mundo.
É doído admitir, mas o sangue que corre nas minhas veias é um sangue que não tem a qualidade que eu mais prezo na vida: honestidade.
Depois que o senhor Mancini morreu, Fausta me eeliminou da vida dela, se limitou apenas a pagar o colégio caro no qual me trancafiou. Nunca me visitou, eu nunca fiz questão dela também, e seguimos assim, mas agora alguém próximo a ela está me rondando. Isso não é coincidência.
- Paolo... oi, psiu, está me ouvindo?
Pisco voltando minha atenção pra Louis.
- Me desculpa, eu me distrai, pode falar.
Meu advogado se recosta na cadeira.
- Estou falando que parece que falta alguma coisa na ficha de Rizzo. Uma lacuna, não sei, tentei procurar mas ele tem um time de T.I muito bom, que só deixa vazar poucas coisas, as que ele quer que vazem. Não sei, Mancini, por mais que seja uma boa causa, o senhor Rizzo não me inspira confiança.
Solto uma risada e deixo Louis sem saber o porquê.
Levando em consideração com quem ele é casado, e quem era o meu pai, eu já sei o que Ítalo Rizzo esconde.
💭Mafioso por trás da fachada de bom moço💭
Pois bem, senhor Rizzo, tem a minha atenção.
Deixo os papéis em cima da mesa e olho pra Louis.
- Eu vou entrar nesse negócio.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 56
Comments
Fatima Gonçalves
é isso aí
2024-10-08
0
Renascida das cinzas
tô em choque que ele foi abusado. Quem fez isso??? Nessa época ele morava no internato.
2024-09-11
0
Ana Shirly Amorim Lima
22/05/2024 comecei a ler agora já estou gostando
2024-05-22
0