capítulo 7

Passearam na cidade, olharam vitrines, compraram roupas novas, sapatos, bolsas, comeram no restaurante de sempre, e ainda assistiram a filme de ação no cinema do pequeno ‘shopping’ da cidade

Quando voltaram para casa passava das dez da noite. Ela deixou a amiga em casa com as suas compras e rumou para sua casa. Estava retirando as suas compras do carro quando celular tocou, ela resolveu não atender e entrou em casa sorrindo.

Novo toque e ela atendeu sem olhar o seu interlocutor.

— Manu, esqueceu alguma coisa? — foi dizendo

— Quem esqueceu algo foi você moça!

Ela desligou sem responder. Não estava com humor para debater e se tornar repetitiva. O seu dia foi maravilhoso e não estragaria numa discussão inútil com o cara que a via como um pedaço de carne.

Guardou as suas compras no armário, tomou um banho, vestiu um pijama de short e camiseta, atirou-se no leito e adormeceu em seguida.

Na manhã seguinte despertou com disposição para cuidar dos seus amigos de quatro patas, e todos os seus afazeres. Estava rompido aquele laço de desejo sem amor.

Vestiu a roupa de montaria e saiu de casa rumo ao estábulo. Retirou a primeira montaria e iniciou os cuidados, escovou o pelo, examinou a pele, as patas, limpou os cascos, conversando com o animal e concluiu a beijar no focinho. Levou para o cercado e iniciou o exercício matinal. Quando todos os animais ficaram prontos, passava das nove da manhã. Manu estava examinando a pata do Espoleto que agora estava recuperado.

— Conseguimos! O Espoleto está curado e já pode correr pela fazenda!

— Leandro, o Despoleto está curado, podemos levar ele para praticar exercícios? — indagou ligando para o veterinário.

Após descrever e enviar fotos do animal foi autorizado exercícios sem excesso.

— Mamãe, estou muito cansada hoje. Se importa se não ajudar na arrumação dos quartos? Posso ajudar aqui na cozinha.

— Está bem, vou pedir para a arrumadeira cuidar do andar de cima também. Vou subir. Quanto a você, fique aqui ajudando a dona Maria.

— obrigado mãe! ! Vou ajudar sim, pode ficar tranquila.

Ufa! Dessa vez foi fácil, mas até quando conseguiria fugir estando na fazenda?

Ajudou a cozinheira no preparo dos alimentos com prazer.

A tarde saiu para cavalgar sem a amiga. Pegou a sua amada égua verena e lá se foi. Estava no alto de um morro olhando a paisagem que nunca era a mesma, a natureza tornava tudo sempre novo, sempre mais bonito. Apeou e foi até a pequena capela para orar.

Quando voltou a sua montaria havia desaparecido. A verena jamais teria voltado sem ela. Olhou até onde a s vista podia alcançar e nada, nenhum sinal da sua égua. Então resolveu voltar caminhando, antes, porém ficou tentando entender como um animal daquele porte poderia desaparecer assim em poucos minutos. A resposta veio bem rápida.

- Quem você pensa que é para fugir de mim assim sem nenhuma explicação?

— Era o Miguel que como sempre, apareceu sem nenhum ruído que denunciasse a sua presença e agora a mantinha presa nos seus braços como da última vez.

— Porquê sempre me assusta com a sua presença? Cadê a verena?- Disse a tentar fugir dos braços que a aprisionavam e do calor que aquele homem despertava em todo o seu corpo.

— Quietinha! A verena está pastando do outro lado. Deixa te sentir assim. Gosto do seu cheiro! — Enquanto falava mordia a sua nuca e apertava os seus seios, estreitando ainda mais os seus corpos.

- Pare de tentar fugir, o seu destino sou eu. O seu primeiro grito de prazer foi comigo e a gente tinha experiência alguma, apenas o desejo de se fundir, como agora.

— Não quero que abuse do meu corpo. Nunca mais alguém me tocou ou fez comigo o que você fez.

— Nunca te forcei a nada. Era natural a gente brincar bem gostoso sem ninguém saber o que fazíamos por essas matas.

— Miguel, tenho vergonha quando você fala assim. — então percebeu que continuava nos braços dele e, porque estava gostando daquelas mãos nos seus seios, daquela boca na sua nuca e do seu corpo ajustado ao dele. — A diferença entre nós, é que eu para você sou apenas a mulher que vai te dar prazer enquanto eu busco o amor, o carinho, o respeito.

— Quem disse que penso apenas em ter prazer? Você também gostava e vai ter o seu prazer garantido.

- Não quero esse tipo de prazer, quero amar e ser amada.

Nesse momento foi virada de frente para ele que a beijou com desejo, e a fez sentir a sua ereção. Não conseguiria resistir por muito mais tempo aquela Tentação. Era como no passado, estavam longe de tudo, e sempre havia um modo de fazer amor naquelas matas.

— Deixa eu te fazer mulher, a minha mulher e prometo que não vai se arrepender. — pediu a arrastando para um lugar menos visível caso alguém aparecesse por ali.

- Não,eu não posso, eu não quero fazer amor com você!

Miguel Ignorou as suas palavras porque sentiu que ela desejava o mesmo que ele,e assim a possuiu entre negativas e gemidos de prazer até o orgasmo acontecer. Percebeu que ela continuava acesa então massageou o seu clitóris com os dedos e introduziu dois dedos Ela gritou, de dor no início de prazer na sequência.

Depois permaneceram ali tentando acalmar às respirações agarradinhos. Até que ela percebeu que o dia já estava se despedindo e buscou as suas roupas para se recompor e voltar para casa.

Miguel estava sereno, observava os movimentos dela sem dizer uma palavra. Depois Vestiu-se e caminhou com ela de mãos dadas até a sua montaria.

— Vou te acompanhar no meu cavalo. Você está bem?

— Estou bem sim! — Disse sem olhar para ele. Sentiu alguma ardência nas partes e dificuldade para montar, mas estava bem.

Desceu a pequena elevação devagar e durante a volta trotando pensava na bobagem que acabara de fazer. Miguel não vá amava, apenas a desejava, deixou bem claro. Então porquê se entregou inteira para esse homem?

Em dado momento ele emparelhou as montarias e disse; — Muito obrigado pela sua doçura! Não esqueça, que me pertence! Até amanhã! — E saiu a galope.

Sabrina continuou na sua marcha até chegar ao estábulo. Escovou a sua montaria e a deixou no local de descanso. Voltou para casa.

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