«Merda, por que isso tudo tinha que acontecer comigo?»
Luka estava acorrentado a uma cama macia, suas mãos e pés doíam, estar na mesma posição por mais de doze horas era extremamente doloroso. No entanto, estava grato por não ter sido violado. Justo quando aquele desgraçado estava prestes a enfiar sua coisa nojenta nele, um de seus subordinados bateu na porta de entrada.
Nunca tinha estado tão feliz em ver um capanga. Mas, considerando o momento, foi como um anjo da guarda. Embora esse anjo fosse o mesmo que o acorrentou àquela cama, seminu e com uma mordaça na boca. Sua mandíbula doía e seus lábios estavam secos. Desejava sair ou morrer, mas não queria ser vendido como se fosse um objeto.
Tentou, mais uma vez, tirar a mão da algema, mas ao movê-la de um lado para o outro, apenas fez com que sua pele se rasgasse e começasse a sangrar.
As vozes do lado de fora haviam se silenciado e supôs que não havia ninguém. Seria o momento perfeito para escapar. Claro, supondo que deixassem a entrada desprotegida. Obviamente, isso era apenas uma ilusão de sua falha esperança de salvação. Ele trabalhava de perto com uma pessoa cruel e desumana. Leandro Bernocchi não era pior nem melhor do que aquelas pessoas. Sabia perfeitamente como eram seus negócios e quão valiosa era a mercadoria. Nesse caso: ele. Não iam deixá-lo desprotegido para que pudesse fugir felizmente.
Fechou os olhos, na esperança de que não fosse mais que um maldito pesadelo, mas ao abri-los, ainda estava lá. Continuava se perguntando como tinha acabado nessa maldita situação de merda. Falavam de um mafioso estrangeiro, de um pai que lhe fez cirurgias plásticas e de vendê-lo a um maldito milionário psicopata para lhe dar um maldito filho. Ele não conhecia nenhum mafioso estrangeiro, seu pai havia morrido há anos e, acima de tudo, não era um homem capaz de ter filhos em seu ventre.
Se ao menos lhe dessem o nome, ele poderia saber a quem procuravam. Se o conhecia.
—Mudança de planos, amiguinho. —O homem horrível que o havia tocado, que se masturbou diante dele e espalhou seu esperma em seu rosto. Aquele que todos chamavam de chefe, entrou com uma expressão muito mais assustadora do que antes.
Luka apenas franziu as sobrancelhas. Não podia perguntar o que estava acontecendo, e mesmo que pudesse, claro, ele não responderia. Viu o homem tirar as chaves do bolso e retirar as algemas de seus pés. Ele não se moveu nem um pouco. O homem amarrou seus dois pés, deixando a corrente um pouco longa, mas apenas o suficiente para que pudesse dar um passo curto. Depois, prosseguiu com suas mãos. Ele também não fez nada quando estava removendo as algemas de suas mãos. Permitiu que o nojento sujeito o amarrasse, afinal, não queria arriscar por um impulso. Não era o momento de fugir.
—É uma pena. —Murmurou em seu ouvido.
O chefe estava parado atrás dele. Uma de suas mãos estava posta em sua cintura, apertando com força. Enquanto sua outra mão estava em seu pescoço. Passou sua nojenta língua pelo pescoço de Luka e sua mão, a mesma que estava em sua cintura, desceu até sua virilha e acariciou sua virilha, enquanto esfregava seus genitais contra ele. Luka apenas podia apertar as mãos e os olhos.
Esse homem o havia tocado descaradamente toda vez que podia. Havia lambido seu corpo, até mesmo o mordido. Desejava cortar-lhe a mão e arrancar-lhe a língua ele mesmo. No entanto, estava em completa desvantagem.
—Teria gostado de passar mais tempo contigo —ele aspirou o aroma que Luka ainda tinha no cabelo e baixou sua mão de seu pescoço até seu peito—, mas chegaram ordens para te enviar. —Luka murmurou: Para onde?, com dificuldade por causa da mordaça. O homem beliscou seu mamilo e mordeu seu ombro—. Você tem má sorte. Se tivesse sido escolhido para o leilão, mesmo que estivesse confinado por toda a sua vida, teria uma boa estadia. Viveria com um milionário que apreciaria sua beleza e te satisfaria em muitas coisas. Mas, para a sua infelicidade, você foi selecionado para o rodeio.
As sobrancelhas de Luka se contraíram, confuso. Se eles eram os que Leandro estava investigando, eram muito maiores do que ele poderia imaginar. E as informações que tinham eram tão pobres comparadas com o que verdadeiramente escondiam os corvos. Ele nunca encontrou nada sobre o rodeio.
—Enfim —continuou o chefe—, vamos, é hora de te levar para o deleite deles.
Luka foi empurrado com força e levado por um corredor, mal iluminado por algumas lâmpadas na parede. Dois homens iam à frente dele, ambos com AK45. E mais dois atrás dele. Olhou ao redor e viu várias celas. Algumas com portas completamente cobertas, e outras com portas de grades. Claro, não ia deixar que esses bastardos se saíssem com a sua.
Ele estava ciente de que, seu irmão ou irmã, até mesmo Leandro, iriam procurá-lo. Não planejava deixar as coisas como estavam. Embora odiasse a violência e estivesse contra qualquer coisa que a induzisse. Odiava mais esses bastardos que o sequestraram. E seu ódio cresceu quando viu uma das celas, dentro, dois meninos, de não mais de dez anos estavam abraçados e completamente aterrorizados. Uma menina pequena estava no meio deles, e os três estavam escondidos num canto. Apertou os punhos com raiva. Odiava pensar no que faziam com essas crianças inocentes.
Mas eles não eram os únicos ali. Nas demais celas também havia jovens adolescentes, homens e mulheres. Supôs que nas celas fechadas estavam os homens X25.
Depois de subir algumas escadas, Luka pôde ver que estavam debaixo da terra. Mesmo que tivesse escapado daquela cela, seria impossível fugir dali. O lugar era como uma fortaleza, coberta de câmeras por todo lado. Homens armados cobriam as entradas e saídas. Além disso, na sala havia várias pessoas armadas. E se saísse dali, certamente seria numa bolsa ou num lençol, se é que não seria cortado em pedaços e seus órgãos vendidos no mercado negro.
—Eu me encarrego dele a partir de agora.
—Chefe, o senhor deu ordens estritas. —disse um dos homens. Não queria contrariá-lo; no entanto, a alta patente havia dado ordens, não ia desobedecer.
—Aqui quem manda sou eu, ouviu? —o chefe apontou sua arma contra o subordinado, contudo, o rapaz nem se mexeu.
—Chefe, abaixe a arma, ou perderá o cérebro. —Uma voz fria e ameaçadora foi ouvida atrás dele. Luka direcionou o olhar para o homem alto e musculoso atrás. Seu rosto estava coberto até o nariz e um boné preto cobria sua testa, deixando ver apenas dois grandes olhos escuros e sobrancelhas densas. O sotaque ao falar deixava claro que não era daí.
—Ei, dois, calma, não somos do mesmo time? —O chefe imediatamente se tensionou. Luka pôde entender, aquele homem, a quem o chefe chamava de Dois, estava acima dele.
—Não. Você é um pobre mercenário, não me compare com uma escória como você. —Disse de maneira arrogante.
Luka viu o chefe franzir as sobrancelhas. Um homem tão orgulhoso como ele não ia deixar que ninguém o menosprezasse. Pensou que ele se viraria e atacaria Dois; no entanto, a raiva em seu rosto apenas se acumulou. O homem abaixou a arma e a guardou; depois, voltou para baixo e o ambiente relaxou um pouco. Estava um pouco feliz pela mudança de transportador, pelo menos o que tinha à frente não olhava para ele desejando devorá-lo. Por outro lado, duvidava muito que esse tal chefe o levasse até onde quer que fosse. Afinal, aquele homem o queria para si.
—Preparem mais dois homens e duas mulheres. E coloquem alguma roupa nele, também não somos animais. —Disse o tal Dois ao vê-lo. Depois de lhe dar uma rápida olhada, entrou no que parecia ser um escritório.
—Venha aqui. Vamos te banhar e vestir para o rodeio.
Isso certamente não poderia ser algo bom. No entanto, não conseguia pensar em algo pior do que o que estava acontecendo.
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Atualizado até capítulo 48
Comments
Eunice Alves Moreira Fernandes
mais um que abandona a obra. irresponsável
2024-11-15
0
Cida Domiciano
cadê a continuação, por favor não demore.
2024-11-12
0
Carla Santos
Que diacho é rodeio essas informações tem quer chegar logo Fabrício e informar aos quatro máfiosos
2024-10-19
1