Capítulo 11

Caminhei até a varanda espaçosa do meu quarto, olhei para ela e então permiti que tudo acontecesse. Meus olhos já haviam mudado, pelos começaram a surgir em meu rosto e corpo, minhas unhas se alongaram, e garras capazes de perfurar até mesmo metal surgiram, minhas presas se alongaram, e onde antes existia um homem, agora havia um lobo.

Conseguia perceber o quão surpresa ela estava, mas estava feliz por ela não ter gritado ou fugido dali. Então, mudei de volta, sendo o Logan que ela conhecia. Sabia que, no fim das contas, eu era um predador. Quando me transformava, poderia despedaçá-la em questão de minutos, mas meu lobo era incapaz de fazer qualquer mal a ela. Já a amávamos incondicionalmente, e não tínhamos mais forças para lutar contra esse sentimento.

— Sei que pode parecer irracional para você acreditar em tudo isso. Desde que nascemos, o lobo faz parte de nós. Somos dois espíritos, em um só corpo e um só coração, Aurora. E meu lobo te ama intensamente, assim como eu. Ele mataria e morreria por você sem hesitação.

— Você é o lobo que estava na clareira. — Ela percebeu, parecendo assustada, e eu apenas confirmei com a cabeça. — Eu basicamente me declarei para você. Que vergonha! — Ela cobriu o rosto com as mãos. Aquilo me fez sorrir. Acabei de mostrar a ela que sou uma fera, e a única coisa que ela conseguiu pensar era que se declarou para nós.

— Meu amor, já desejávamos você antes daquilo. Meu lobo te escolheu no momento que viu você abaixada, cuidado do Paul. Eu que lutei contra isso. Ele ansiava para tê-la em seus braços, provar os teus lábios e se perder nesse verde doce do teu olhar. Ele queria jurar amor eterno e começar uma vida ao teu lado. Mas meu lado racional teve medo de ser rejeitado. Eu queria que você tivesse a chance de nos conhecer primeiro, para que você não fugisse desesperada depois. Acreditei que você merecesse um tempo para si mesma. No entanto, nós dois já te amávamos antes mesmo daquela conversa na clareira. — Falei com um sorriso no rosto.

— Todos vocês são lobos? Quero dizer seus pais e seus irmãos?

— Todos lá embaixo são, Aurora. Minha família e as outras pessoas. Você era a única humana lá embaixo. — Falei, aproximando-me dela e a puxando para meus braços. — Não sei como explicar a sensação que temos por você estar aqui conosco nesse momento. O mundo seria vazio se você nos rejeitasse agora, Aurora. Meu lobo e eu somos um, mas, ao mesmo tempo, somos duas entidades separadas. Ele tem consciência e compartilha sua alma, seu corpo e seu coração comigo. Como nossa companheira, você será duplamente amada. Você aceita ser nossa companheira? — Perguntei, abraçado a ela, enquanto ela nos encara.

— Sinto muito, Logan! — Ela fez uma pausa. Nesse momento, senti meu coração errando uma batida. Seríamos rejeitos e condenado à morte. — Eu não tenho mais como lutar contra o sentimento que sinto por vocês, eles já me dominaram. — Pela primeira vez em minha vida, tive medo. — Eu aceito! — Uma simples humana colocou a mim e a meu lobo de joelhos. E fez isso com um lindo sorriso no rosto.

— Droga, Aurora! Você nos fez sentir medo agora, mulher. — Ela caiu na gargalhada.

— Um homem cheio de si e um lobo enorme desses, com medo de uma mulher? — Ela perguntou, negando com a cabeça, incrédula.

— A única mulher que pode nos destruir. Como você pode ver, você tem nosso destino em suas mãos. — Terminei, falando sem jeito. Sentia um desejo enorme por essa mulher e mal podia esperar para torná-la nossa. Então, ela nos beijou.

O clima esquentou com os beijos e as carícias que trocávamos. Terminei grunhindo de prazer por finalmente ter nossa companheira em meus braços. A necessidade de torná-la nossa era imensa, mas estava com medo de que ela se assustasse com essa necessidade. Resolvi testar o terreno enquanto nossos beijos se tornavam mais intensos. Minhas mãos começaram a percorrer seu corpo e não encontraram resistência para o nosso prazer.

Caminhei lentamente ainda a beijando até minha cama. Puxei o laço do vestido preso em seu pescoço e aquele tecido deslizou pelo seu corpo, a deixando apenas com uma pequena peça íntima para mim. Aquilo deixou tanto a mim, quanto ao meu lobo em êxtase. Suas delicadas mãos puxavam os cabelos de minha nuca me fazendo arrepiar.

Minhas mãos subiram pelo seu corpo até os vales perfeitos que eram seus seios e ela gemeu quando sentiu meu aperto. Eu estava enlouquecendo com aqueles sons que saiam de sua boca. Tanto meu lobo, quanto eu, estávamos memorizando cada gemido, cada tremor de nossa mulher para aprender o que ela gostava, o que a fazia derreter.  Meus beijos desceram pelo seu pescoço, e depois desfrutaram de seus lindos seios, enquanto ela estava totalmente entregue a nós dois.

Minha mão desceu para o meio de suas pernas, ultrapassando a barreira de sua calcinha, sentindo o quanto ela estava excitada e molhada para nós. O cheiro de sua excitação estava deixando meu lobo louco. Suas mãos passearam pelo meu corpo, testando cada músculo, acariciando e em alguns momentos deixando algumas marcas. Quando meu dedo alcançou seu clitóris, ela quase gritou. Mudei nossas posições e a fiz deitar na cama, arrancando do corpo dela aquela única peça que cobria suas partes íntimas.

A admirei por um momento. Meu membro já estava totalmente duro por ela. Aurora me olhava com olhos desejosos. Estava louco para estar dentro dela. Lentamente me coloquei entre suas pernas e a afastei um pouco.

— Queremos sentir o teu gosto, Aurora. — Ela apenas assentiu, como dando permissão.

No momento seguinte, levei minha boca naquele ponto rosado entre suas pernas e que brilhava com sua excitação. Eu a beijei como se estivesse tomando sua boca. Suguei, enfiei a língua, suguei novamente. Aurora gritou, suas mãos agarrando meus cabelos com força. Eu a tomava como se fosse o pêssego mais delicioso do mundo. Ela inclinou a cabeça para trás, sua respiração mais alta, e seus gemidos se tornando cada vez mais audíveis.

Seu sabor era divino em minha língua e o cheiro inebriante. Eu estava devorando Aurora com um frenesi quase enlouquecido. Meus dedos deslizaram para sua abertura e ela tentou fechar as pernas. No entanto, aumentei o movimento da minha língua e combinei com os movimentos de meus dedos, fazendo minha companheira explodir e senti seu mel em minha boca. Eu fiquei bêbado de desejo.

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