Capítulo 19

Ela o olhou pelo espelho séria, ele se aproximou a abraçando por trás

- Queria te falar umas coisas.

- Mas tenho certeza, que vou fazer merda!

Ela se virou de frente ficando bem perto, olho no olho, com seu corpo entre a pia e ele

- Então não fale.

Ele a segurou pela cintura

- Preciso de você!

Com a respiração ofegante ela estava preparada pra tudo, ainda que fosse contra

- Eu também preciso de você.

Ele levou uma mão até o decote do pijama, assim sentindo o coração dela disparado

- Eu queria que só isso, nos bastasse. Ter um ao outro!

- Sua amizade tem me levado longe e hoje, eu queria poder ir mais.

- Tenho receio de estragar as coisas.

Subiu a mão até a nuca dela

- Não faz idéia de como eu estou me sentindo hoje.

- Só queria ter você, sentir algo bom.

Ela manteve o contato visual sem desviar um segundo

- Você já me tem, para segurar sua mão, te ouvir e...

- Eu sei que pode parecer a solução, fazer amor comigo, mas não é. Pode ter certeza!

Ele se aproximou quase beijando

- A minha única certeza, é do quanto quero você agora.

Ela sorriu, virou o rosto

- Aí aí Pedro.

Ele começou dar beijinhos no rosto indo para o pescoço

- Desculpa!

Se abraçaram forte, ela deu um selinho afetuosa

- Vamos deitar e assistir? Juntinhos?

Ele sorriu acariciando o rosto dela

- Sim!

Deu outro selinho

- Por favor.

Sutilmente ela o beijou, fechou os olhos apreensiva, ele não perdeu tempo, lentamente foi chupando seus lábios, beijando de língua, sem a menor pressa, curtindo cada movimento.

Foram dois beijos demorados regados a muito carinho, ambos ficaram com sorrisinhos bobos, saíram do banheiro como se nada tivesse acontecido.

Ele deitou primeiro no meio da cama, a chamou pra ficar " garradinha ", deitaram abraçados trocando carinho, ela perguntou porque ele estava chateado, ao saber do que aconteceu, aproveitou pra pegar no pé, cobrando mais comprometimento dele com a recuperação, garantiu que ele ia voltar a jogar e conquistar tudo pelo o que sempre batalhou.

Com ela, ele conseguia se abrir, ser sincero e essa cumplicidade, estava os aproximando muito.

Ele nem tentou a beijar de novo, apenas trocou muito carinho até dormirem abraçados.

No outro dia Pedro estava deitado no quintal enquanto Amara lavava roupas, inclusive as dele, contou tudo pra ela sobre o término de namoro de um primo e lamentou, dizendo que o José era muito bobo, ela se aproximou pingando água nas costas dele

- Menos ou mais bobo que você campeão?

- Me mostra uma foto dele.

Ele mostrou irônico

- Bem mais, ele é o certinho.

Ela se abaixou ficando de joelhos ao lado dele

- Sei, Pedro e a fisioterapia?

- Vamos fazer umas coisas hoje né?

- Você é muito preguiçoso!

Ele começou acariciar as pernas dela

- Depende, pra que.

A puxou pra deitar

- Tô doido pra fazer umas coisas com você também!

Ela se afastou rindo

- Nem começa. Vou te processar por assédio!

- Vamos embora hoje, meu irmão vai junto o outro preguiçoso.

Ele disse que queria mesmo começar a fisioterapia, foram estender roupas no quintal, ela começou falar baixinho

- Tenho que tirar uns dias semana que vem, mas assim que eu puder, a gente foca em você.

- Meus planos estão todos bagunçados!

Ele perguntou se era por causa da avó, ela sorriu

- Você é curioso né?

- É coisa minha, tenho um procedimento cirúrgico, plástica.

Ele ficou muito surpreso

- Que? Tá de brincadeira? Onde?

- Vai colocar peito?

Ela disse que talvez, o deixou curioso e não falou nada, só pediu segredo porque se não a família iria se preocupar e ela não queria levar mais problemas pra eles.

Foram embora a tarde, ele disse que adorou ficar lá, ficou super íntimo da vó de Amara.

Otávio foi junto para ajudar a irmã com o evento das crianças, assim que chegou na cidade, Pedro disse que iria pra casa, como ela teria visita, ele mesmo achou melhor dar um tempo.

Assim que entrou em casa, ficou desanimado, foi deitar no quarto deixando a casa toda fechada, todos os dias sua mãe estava indo lá, sempre na esperança de o encontrar, chegou no final do dia distraída, quando viu a mochila na sala, já foi procurando, ao chegar no quarto empurrou a porta sutilmente, ele estava dormindo.

Sem fazer barulho ela desceu, foi preparar um bolo que ele gostava, logo ele acordou sentindo o cheiro, desceu pra ver se era lá mesmo, estava sério, ela sorriu sentida

- Oi filho, tudo bem?

- Tô fazendo aquele bolo fit que você gosta.

- Tenho vindo aqui todos os dias, onde você estava?

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