Capítulo 20

...Lucy Narrando...

Após aquele acontecido, Nicola passou a me evitar e a chegar mais tarde que o normal em casa. Não tentei falar com ele, já que eu não fui a errada, e não sou obrigada a ficar trancada dentro de casa sem falar com ninguém. Nicola tem que entender que ele não é o dono do mundo, que todos tem o direito de falar com quem quiser.

Suspiro irada pelo jeito imaturo do Nicola e sigo até a cozinha, onde pego o macarrão e o quebro antes de colocar na panela. Faço o tempo da carne, corto as verduras(batatinha, xuxu, cenoura e abóbora), deixo tudo no tempero e sigo para fazer o suco de goiaba. Nicola está brigado comigo, mas não deixou nada faltar dentro do apartamento. Ontem um rapaz veio trazer a carne e algumas outras coisas que estavam prestes a acabar.

Quando terminei tudo, eu tirei as minhas vestes e fui para o banheiro tomar um banho para poder almoçar. Ao sair do banheiro, me vestir e fui para a sala. Na hora em que eu estava fazendo o meu prato, ouvir a porta sendo aberta. Fui até a sala e constatei o Nicola afrouxando a sua gravata, resmunguei e voltei para a cozinha, coloquei o meu suco no copo e o deixei em cima da mesa e voltei para buscar a minha comida.

Sentei a mesa e comecei a comer, a cada colherada que eu dava na minha comida, eu sentia o olhar do Nicola sobre mim. Suspirei e perguntei, enquanto tirava a minha atenção do prato, o direcionando para ele.

— O que foi? Tem algo para dizer?

— Eu que te pergunto — Coloca a mão no bolso — Você não tem algo para me dizer, Lucy?

— Não.

Respondi sendo fria e no mesmo instante ele se aproximou de mim.

— Eu te disse para ficar longe daqueles homens, mas você não me obedeceu! — Vociferou bravo.

— Qual o motivo desse mal humor todo? Que mal faz eu conversar com outros homens? Não estou fazendo nada de errado!

— Eles tem más intenções com você, como não consegue enxergar isso?!

Bato na mesa irritada e me aproximo dele, bato no mesmo e pergunto;

— Você não confia em mim?! Já me viu aos beijos com outro Nicola? QUANDO FOI QUE VOCÊ PEGOU EU TRANSANDO COM OUTRO, EM?!

— PORQUÊ EU CONFIARIA EM VOCÊ?! QUE MOTIVOS EU TENHO PARA CONFIAR EM VOCÊ?!

Lançou-me a mesma pergunta, fazendo eu balançar a cabeça em negação e responder;

— Eu nunca te trairia, Nicola. Você já me decepcionou tanto e eu continuei com você, não foi? Estou dando o meu melhor como esposa, mas você não consegue enxergar os meus esforços, você só vê o que te convém!

— Lucy, eu…

Nicola se aproximou de mim, ele tocou no meu rosto e tentou me abraçar, mas eu o afastei e disse confusa;

— Você é estranho. Uma hora está sendo bruto comigo, do nada muda e fica carinhoso, depois volta a ser o mesmo monstro que me sequestrou da minha casa!

— Se eu te contasse a verdade, você não entenderia.

— O que eu não entenderia Nicola? — Me aproximo dele novamente e logo o seu olhar dócil morreu e aquele olhar escuro se fez presente, me deixando nervosa.

— Apenas esqueça o que eu disse, não se intrometa na minha vida, pois ela não te diz respeito!

Nicola fez menção de ir para o quarto e eu fui atrás brigando com ele, nós dois ficamos brigando por um tempo até o mesmo me agarrar pelo cabelo e me colocar contra a parede gélida do quarto. O meu peito batia acelerado, enquanto o Nicola beijava os meus lábios com brutalidade, parecia necessitado daquele beijo.

O jeito que ele me beija não é igual as outras vezes, esse beijo é mais feroz e ardente. Nicola me fez passar as minhas pernas por volta da sua cintura, ele desferiu tapas na minha bunda enquanto me guiava para o banheiro. Resmunguei debaixo da água fria e o mesmo encarou os meus seios que estavam à mostra por baixo da camisa branca molhada.

Nicola abocanhou o meu seio com rapidez, ele o chupou com força fazendo eu gritar e bater no seu ombro, só então, ele começou a ser mais gentil comigo e aquele beijo apaixonado e calmo aconteceu, como das outras vezes. O Nicola bruto havia sumido, e o Nicola gentil estava me acariciando, enquanto fazíamos amor debaixo d'água.

Confesso que é muito desconfortável fazer sexo estando menstruada, mas é muito bom tê-lo dentro de mim também. Gemi no ouvido dele e o mesmo saiu de dentro de mim, tirou a camisinha e colocou outra, me virou de costas e me penetrou com mais força. Ele dava estocadas brutas, uma hora apertava o meu pescoço e outra puxava o meu cabelo.

Meu corpo estava todo quente, os lugares que ele beijava ficava mais quente que o normal. As suas carícias aumentam e quando eu notei, ele já estava me penetrando por outro lugar, me fazendo gritar e apertar as suas pernas. O som dos nossos corpos se colidindo ecoava pelo banheiro e morrendo de vergonha de alguém nos ouvir, eu coloquei a mão na boca enquanto ele me penetrava ainda com mais violência.

Após quase uma hora no banheiro, eu finalmente estava deitada na cama nos braços do Nicola. Ele acariciava os meus braços. A medida que íamos conversando, eu perguntei;

— E os seus pais? Você não os conheceu?

Nicola ficou tenso, ele afastou-se de mim e eu fiquei sentada na cama. O que houve? Será que ele não gosta de falar sobre os seus pais? Me aproximei do Nicola, toquei no ombro dele e depois o abracei por trás, o beijo no rosto e disse;

— Desculpe, creio que eu fiz uma pergunta muito difícil de se responder. Não precisa me falar sobre eles, não quero brigar com você de novo…

—... — Se levanta, calça a sandália e fala friamente— Vou jantar, deveria terminar de comer também.

Suspiro em desânimo e me jogo de volta na cama. O que aconteceu com você Nicola, para ser tão amargurado assim? Será que os seus pais foram assassinados e você teve que assistir tudo? Ou eles…não eram bons com você?

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