Capítulo 19

...Autora Narrando...

Alguns anos atrás, quando o Nicola tinha apenas cinco anos...

Estava caindo um temporal com trovões e relâmpagos e o jovem Nicola de apenas cinco anos, foi obrigado a dormir no lado de fora da casa, tomando chuva e sentindo frio, pois só estava com a roupa do corpo, uma camiseta surrada e um short velho rasgado. Os seus pais havia o colocado de castigo porque ele tinha comido um pedaço de carne sem permissão, era sempre assim, ou ele se contentava com os restos ou ele apanhava até desmaiar de exaustão.

O corpo do garoto estava vermelho e cheio de hematomas, ele tinha marcas roxas por todo o corpo, marcas ganhas por seus pais, que abusavam dele diariamente. No outro dia, ele adoeceu, mas foi obrigado a trabalhar na roça e dentro de casa, com muita fome, o garoto chegou até a desmaiar e nisso, ele foi levado para dentro de casa e posto no chão em cima de um lençol velho desgastado pelo tempo.

Os seus pais não gostavam dele e se sentiam satisfeitos por vê-lo naquele estado. Mal sabe o garoto, que eles o tratava assim porquê ele não é filho deles. O garoto foi roubado da sua família verdadeira com apenas um ano de vida. Nicola sofreu por longos dez anos, mas quando fez quinze anos, ele simplesmente enlouqueceu e matou os seus pais abusadores, que vendiam o seu corpo por míseros sentavos.

Após o ocorrido, ele fugiu do país usando uma das identidades falsas do seu pai, usando o dinheiro que eles ganhavam o prostituindo, ele conseguiu se sustentar por alguns dias. Nicola passou fome e frio novamente, ninguém que o via naquele estado deplorável o ajudou. Até que um dia um senhor de meia idade, que não conseguiu ter filhos, o encontrou a beira da morte jogado no chão.

O garoto havia sido espancando e o seu corpo estava fedendo e o mesmo se encontrava magro devido a falta de comida. O velho sentiu impatia por aquele pobre rapaz, ele ordenou que um dos seus subordinandos pegasse o Nicola e o colosso no carro e assim foi feito. Nicola passou meses internado, ele estava com infecção e por pouco não morreu. Quando ele despertou, ele não se reconhecia, estava limpo e dentro de um quarto de hospital luxuoso.

Jerônimo, o senhor que o salvou, lhe deu casa, comida e uma família para ele poder chamar de sua. Nicola era frio, mas o senhor Jerônimo entendia o motivo dele ser tão arisco com as pessoas, ele sofreu muito e tudo o que ele passou o deixou com traumas. Apesar do seu jeito frio, ele era responsável e conseguia dar conta de todo o trabalho que para ele era designado.

Estudou em casa por cinco anos, e quando tinha idade o suficiente ficou responsável por administrar a empresa e máfia do seu pai, que confiava o suficiente no filho que Deus o deu.

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Tempos atuais...

...Nicola Narrando...

A minha cabeça estava doendo devido aos vários problemas que estamos tendo na máfia. Tudo estava ocorrendo bem, mas daí veio a traição, onde um dos nossos homens foi ameaçado e obrigado a falar o paradeiro do nosso esconderijo, onde colocamos as armas enviadas ilegalmente de outro país. Dois dos nossos homens morreram e os outros conseguiram fugir, mas o problema ficou.

Temos que procurar outro lugar, pois provavelmente eles devem saber dos outros três esconderijos, e hoje à noite chegam mais armas e explosivos, tais que serão usados na festa de gala da máfia daqui a duas semanas. Fechei o laptop e encarei a janela aberta, o ar quase puro que entra por ela me faz suspirar enquanto os meus pensamentos são levados para a Lucy, que vira e mexe, vem nos meus pensamentos.

Ela me enfeitiçou, só pode…nenhuma mulher tem o domínio que ela tem sobre mim. O que ela faz comigo, nenhuma outra faz. Todo o meu corpo ferve só de imaginar aquele corpo moreno nu, me deixa louco de tesão. Passo a mão por cima da calça e soltou um gemido abafado, sei que não conseguirei ficar longe dela, não agora!

Mesmo que admitir que estou louco por aquela mulher seja loucura, eu não posso segurar mais essa vontade louca de estar dentro dela! Desligo todos os computadores e pego o meu celular, mandei mensagem para o meu secretário avisando que sairia para almoçar em casa e que só voltaria um tempo depois. Ao sair da sala, fui surpreendido pela minha recepcionista.

Luana, ela usava uma roupa provocante, os seus seios fartos estavam basicamente para fora e usava um batom vermelho nos seus lábios carnudos e atraentes. Confesso que fiquei doido com ali na minha frente, tava na cara que ela estava ali com segundas intenções.

— Senhor Nicola, vai sair para almoçar? — Perguntou num tom baixo e sexy.

— Qual o motivo da pergunta? — Tentei ser firme, mas pelo jeito que ela olhou para o meio das minhas pernas, julgo que ela notou que estou animado lá embaixo.

— Bom, estava pensando em trazer algo para o senhor comer — Ela se aproximou de me, tocando o meu corpo com saliência enquanto passava a língua nos lábios — algo bem gostoso…

— Saia da minha frente, Luana!

Passei por ela com dificuldade devido a minha ereção e fui para o elevador, quando as portas se fecharam eu suspirei e estranhei o jeito que eu conseguia me controlar estando na frente dela. Realmente, a Lucy está mexendo com o meu psicológico!

Como irei passar alguns dias fora da mansão, mandei o senhor Jeff trazer a Lucy para o meu apartamento aqui na cidade. Ela estando aqui, eu poderei mantê-la longe dos funcionários da grande mansão. Não é ciúmes, só quero proteger o que é meu de outras pessoas. No momento em que cheguei na frente do prédio, o meu sangue ferveu quando notei a Lucy sentada numa mesa conversando com dois homens que aparentavam ter entre dezoito a vinte e três anos.

Bati a porta do carro com força e andei a passos rápidos até eles. Chegando próximo ao grupo, Lucy notou-me indo na sua direção e rapidamente saiu da sua cadeira, fez um sinal para os homens e veio ao meu encontro.

— Nicola, eu pensei que você só estaria aqui durante a noite…

— Atrapalho algo, Lucy?

— Nicola…o que você está pensando?! Eu só estava fazendo algumas perguntas sobre a cidade e lugares turísticos…nada além disso!

— Você é uma mulher casada, deveria se dar ao respeito!

Começo a puxar a Lucy pelo braço para dentro do apartamento, fazendo os homens que estavam ali sentados nos encararem confusos. No quarto, eu soltei o braço dela e a mesma reclamou de dor, mas eu não dei a mínima. Uma parte minha diz para eu deixar ela em paz, mas a outra pede para eu quebrar ela toda no pau! Passei a mão no rosto e mordi o meu lábio inferior, tentando me conter para não fazer besteira.

— Você é um idiota Nicola! Você pensa o que em? Que eu só posso conversar com você, e ninguém a mais?! — Vociferou.

— Sim, isso mesmo! Você é minha propriedade Lucy, e você só deve falar daquele jeito comigo, e ninguém a mais!

— Tão ignorante! — Balança a cabeça em negação — Você merece viver sozinho para sempre Nicola, para sempre!

Lucy adentrou o quarto e trancou a porta, eu pensei em ir atrás dela, mas preferi voltar para a empresa e descontar a minha raiva no trabalho.

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