Capítulo 8

...Lucy Narrando...

O resto da minha noite não foi nada agradável, passei mais de três horas acordada, pois o "caberá" rolou até às cinco horas da manhã. Estou morrendo de sono, estou com tanto sono que a minha vontade é dormir aqui mesmo na sala, mas preferi seguir para o meu quarto, dormir na minha cama é muito melhor que neste sofá, pois a cama tem mais espaço.

Sigo para o meu quarto sonolenta, tão sonolenta que não vejo quase nada à minha frente. Então ouço risos escandalosos e logo alguém tomba em mim, e como eu estou com tanto sono, eu acabei ficando sem forças e fui de encontro com o chão. Senti uma pequena pontada de dor na costela, tal que ainda está se recuperando.

— Agh…

— Ai, desculpa, não enxergo pessoas que são inferiores a mim! — Disse a mulher com uma voz soberba.

— O que você acabou de dizer?

A voz gélida do Nicola fez a mulher suar frio, ela deu um riso sem graça e se aproximou dele, mas o mesmo a afastou e veio até a mim, analisou-me e então me pegou no colo como se eu fosse apenas uma pena insignificante, ele encarou a mulher e disse antes de se virar e partir em direção ao meu quarto.

— Só para ficar claro, você é a única insignificante aqui, e não a minha mulher. Agora saia e nunca mais meta as caras por aqui!

Senti uma sensação estranha quando ele disse " minha mulher", como ele é capaz de dizer tais coisas? Ele é mesmo um idiota…

— Sente dor?

— Oi? — O encaro.

— Você gritou ao cair, deve ter machucado a costela.

— Aa…não foi nada, a dor é suportável. — Digo ao virar o rosto.

— Está chateada?

— Ham, porque eu estaria? Não sou nada sua e nem gosto de você, não teria motivos para estar magoada!

— Haha, você é hilária! — Ajeita a sua postura — o nosso casamento foi remarcado para sábado, o seu vestido já está pronto e amanhã eu trarei o contrato para você ler.

— Não vai desistir disso mesmo? Isso é loucura e você sabe disso! Não nos conhecemos, não gostamos um do outro…eu…eu realmente não quero me casar sem amor…esse não é o meu sonho…— Digo em desânimo.

Toda garota sonha em se casar com o seu primeiro amor, com alguém que ame com todas as forças. E esse é o meu sonho desde pequena, mas infelizmente eu não irei realizar ele. Nicola negou com a cabeça e disse;

— Sonho? Eu estou te dando uma oportunidade de ouro Lucy, você terá uma casa para morar e dinheiro, muito dinheiro!

— EU NÃO LIGO PARA DINHEIRO!

— MAS DEVERIA LIGAR! — Suspira — a sua tia tirou tudo de você, fez você ser a empregada dentro da sua própria casa, não te dava dinheiro, tal que sempre pertenceu a você, mas dava a sua prima, e a você dava apenas desprezo e ingratidão. Como consegue não pensar na sua felicidade? Estou te dando tudo que você não teve na sua vida!

— Não Nicola, você não está me dando tudo…você é um homem que não nasceu para amar e com você eu nunca irei me sentir amada e é de amor que eu preciso, e não de dinheiro!

Nicola permaneceu calado, ele colocou as mãos no bolso da sua calça e então quebrou o silêncio que estava me sufocando.

— Amor eu não te darei, mas você terá todo o resto.

— Eu realmente não tenho outro jeito de te pagar? Realmente não tem, Nicola?

— Não, é pegar ou largar. — Diz firmemente.

— Um…certo, não irei mais tocar neste assunto.

— É feio espiar os outros escondido, Lucy.

Encaro o Nicola com um olhar de ódio, ele realmente está me repreendendo? Sendo que o errado é ele?!

— Te espionar? Para que eu iria perder o meu tempo te espionando? Eu apenas iria buscar água, e infelizmente tive a visão do inferno!

— Você só está dizendo isso — Se aproxima de mim — Porque não era você no lugar dela, Lucy.

Sinto o meu rosto esquentar e rapidamente o empurro, fazendo ele rir.

— Deixe de ser nojento, eu nunca me prestaria a algo tão sujo daquela maneira!

— Um, será? — Ponhe a mão no queixo e me encara com aquele sorriso típico de homem safado — Você só está dizendo isso Lucy, porque ainda não deu para mim, é só experimentar o que eu sei fazer, que você vai viciar.

— Não seja bobo, você pode me desejar o quanto quiser, mas não vai tocar em mim enquanto for nojento!

Nicola mudou a sua feição de safado para psicopata, ele agarrou o meu pescoço e eu gritei enquanto segurava nos seus braços firmes. Sinto que o Nicola irá me matar se eu não fizer algo neste exato momento! Ele não é o mesmo Nicola de alguns segundos atrás, esse...esse tem um olhar psicopata e malvado. Num momento de desespero devido a falta de ar, eu falo num sussurro;

— Eu estou sem calcinha!

As minhas palavras aleatórias fez o Nicola parar de me enforcar e direcionar o seu olhar para o meio das minhas pernas, que devido a posição que ele me jogou na cama, eu acabei ficando de pernas abertas deixando a minha intimidade a mostra.

— Krlh…

Ele exclamou e eu rapidamente cobri a minha parte íntima com o vestido branco que eu usava logo após ter recuperado as minhas forças. O meu rosto ficou vermelho e com lágrimas nos olhos eu disse;

— Por favor…não me mate…eu faço qualquer coisa!

— Você é…tão bipolar…

Nicola parecia estar atônito, pois ele não tirava o seu olhar do meu corpo nem por um segundo.

— Se você…se você prometer que nunca mais irá me machucar, eu deixo você me ver pelada todos os dias e não somente isso — O encaro — eu deixo você tocar também…

— Aa garota…não diz isso! — Se aproxima de mim.

— Espera! Que dizer…me prometa que não vai me machucar mais!

Nicola molhou os lábios, ele penteou o seu cabelo rebelde para trás e então concordou.

— Eu odeio fazer promessas, mas sim, eu Nicola, prometo nunca mais te machucar!

— Ótimo…quero que você acrescente essa cláusula no contrato, e se houver alguma quebra no contrato, você irá pagar por cada quebra.

— Certo, isso servirá para você também — Sorri maliciosamente — Vamos lá Lucy, me mostre essa belezinha!

— Nicola…você…você tocou em outra…eu não quero que me toque hoje, pelo menos…não enquanto eu sentir o cheiro de outra mulher em você!

— Eu fiz a minha parte Lucy, agora é a sua vez.

— Apenas olhe e não toque, você transou com outra…e eu não quero que me toque, não hoje!

— Que garota chata! — Resmungou ele.

Com muita vergonha, eu levantei o meu vestido, deixando o meu corpo à mostra para o Nicola.

— Mostre mais, eu quero ver você todinha nua, Lucy.

— Mas…

— Lucy!

Mordi os meus lábios e fiquei de pé, ele sentou-se na cama e então perguntou;

— Não vai dar chiliques caso eu me toque te vendo, aqui e agora, né?

— V-você vai o que?!

Viro assustada e noto ele abrindo a sua calça, rapidamente volto para a minha posição e digo, enquanto tiro o meu vestido.

— Pervertido…

— Sou, e julgo que você já sabia disso!

Não digo nada, apenas fico de costas morta de vergonha. Isso está mesmo acontecendo? Eu estou mesmo nua na frente de um homem e finalmente tendo avanços com ele? Eu sinto que vou conseguir, se eu fizer o Nicola me obedecer, eu vou ter uma chance melhor de sobreviver!

Comecei a ouvir alguns gemidos baixos do Nicola, e a cada gemido rouco sensual que ele dava, eu sentia o meu corpo esquentar. Encarei os meus médios seios e notei que eles estavam duros e logo senti as mãos do Nicola neles, fazendo eu gemer e estremecer por inteira.

— Tão macios…

— Nicola…aaaww…eu…você…Você não pode!

— Só cala a boca Lucy, deixa eu te mostrar o que é prazer, depois a gente briga, tá legal?!

— Seu…aaawww!

Nicola começou a esfregar o seu membro na minha intimidade, eu apoiei o meu corpo no dele e fechei os meus olhos, enquanto uma onda de prazer desconhecida tomava posse do meu corpo. Ele lambia e chupava os meus seios, outra hora lambia a minha orelha e gemia bem baixo e sensual no meu ouvido.

— Não é gostoso senti-lo, Lucy? Que ele dentro de você? — Puxa o meu cabelo.

— Nicola…não…eu não quero…eu tenho medo…— Digo chorosa.

— Certo, então vamos com calma.

Nicola me pegou pela cintura e me colocou sentada em cima da escrivaninha, ele alisou as minhas pernas e beijou os meus lábios com lentidão, enquanto me puxava fazendo eu ficar perto dele. Apertei os ombros do Nicola, enquanto me esfregava nele e saboreava os seus lábios. Quando ele desceu os seus beijos para o meu corpo, a porta foi aberta bruscamente por ninguém mais e ninguém menos, que a Petra.

Ela nos encarou e depois direcionou o seu olhar de ódio e repulsa para mim e logo em seguida saiu aos prantos. Nesse momento, o meu desejo sumiu e eu fiquei preocupada com o bebê que ela carrega no seu ventre. Ela pode ser terrível, mas o seu bebê é inocente.

— Nicola, vai atrás dela. Ela está grávida e saiu daqui com raiva e triste, essa raiva e tristeza pode fazer mal ao bebê.

— Você está certa, te levarei a um lugar hoje, assim que você acordar.

— Ahn…c-certo.

Ele beijou os meus lábios com vontade e apertou as minhas nádegas, me desceu da escrivaninha e ajeitou a sua roupa, mas antes de sair do meu quarto, ele desferiu três fortes tapas no meu traseiro, fazendo eu gritar e fechar os olhos. A minha bunda ardia, mas o ardor que eu sentia não era ruim, era prazeroso…

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