Capítulo 10

...Lucy Narrando...

Após ter ouvido alguns conselhos da Dona Luciene, eu fui para o meu quarto me arrumar. Nicola fez questão de mandar o senhor Jeff lembrar-me sobre o nosso " encontro " esta tarde. Olhei-me no espelho e segui até o closet, onde peguei algumas roupas que havia no mesmo, tais que haviam sido compradas para mim.

Prendi o meu cabelo num rabo de cavalo, coloquei um vestido longo que era aberto no lado. O vestido marcava bem as minhas curvas, estou sendo atraente o suficiente, só espero que a primeira fase da sedução ocorra bem. Passei um brilho que peguei emprestado da Dona Luciene, já que eu não tenho maquiagem para usar aqui ainda.

Saí do quarto nervosa, já que estou sem perfume e apenas o cheiro do sabonete está presente, deixando um cheiro adocicado no meu corpo. No andar principal, encontrei o senhor Jeff organizando alguns móveis que estavam espalhados pela sala. Estranhando aquela desorganização toda, eu me aproximei dele e perguntei;

— O que houve aqui, senhor Jeff?

O senhor Jeff deu um sorriso forçado, ele me analisou e disse ser galanteador.

— A senhorita está belíssima, parece uma princesa. Desculpe por isso, o senhor Nicola perdeu o controle e acabou deixando tudo desorganizado.

— Perdeu o controle? Como assim? — Perguntei confusa.

— Não posso entrar em detalhes, mas parece que ele recebeu uma mensagem nada legal e ficou irritado.

— Onde ele está? Ele saiu?

— Não, o senhor Nicola está no seu escritório, deve estar tentando acalmar os nervos.

— Certo, irei até lá…

— Não senhora, melhor não ir. O senhor Nicola pode perder o controle e acabar te machucando.

— Eu ficarei bem, senhor. Fique despreocupado! — Disse sorrindo, fazendo ele concordar e ficar mais relaxado.

Andei a passos lento até o escritório do Nicola, o qual ele fez amor com aquela mulher…, me sinto estranha, o meu peito está inquieto e algo em mim sente ciúmes dele. Suspiro e dou leves batidas no meu peito, com intuito de acalmar os meus nervos, antes de bater na porta do escritório.

Ninguém estava respondendo as minhas batidas, então criei coragem e abrir a porta, vendo a minha frente o Nicola, sentado na sua poltrona de couro com um livro em suas mãos.

- Porquê está aqui?

A sua voz fria fez o meu corpo tremer, eu fiquei parada por um tempo, depois fechei a porta e comecei a andar em sua direção, fazendo ele largar o livro irritado.

— Vim ver como você estava…soube do ocorrido…

— Quem você pensa que é? Eu não te dei nenhuma liberdade para invadir o meu espaço assim, sem a minha autorização!

O ódio estava estampado na sua face, o jeito que ele encarava o nada era inquietante. O meu subconsciente gritava dizendo: " PERIGO, PERIGO!", mas eu não queria sair dali, se eu fugir toda vez que ele ficar irrado, eu nunca vou conseguir domá-lo!

— A Petra pode entrar aqui a hora que bem entender, mas eu, sendo a sua noiva não posso, engraçado, não? — Sim, estou com ciúmes, estou entregando o meu coração a um homem que nunca amou e que tenho certeza que não sabe o que é isso. Estou me jogando no precipício por conta própria estando ciente do perigo!

— Não seja tola, você chegou aqui a pouco tempo e não tem direito a nada ainda. A Petra será a mãe do meu filho, ela pode entrar aqui sempre que eu quiser, como qualquer outra mulher que eu deseje trazer aqui! Agora saia, não te dei autorização para adentrar esse local! — Disse num tom frio.

— Certo, irei sair — Aperto o meu vestido — Só não venha me procurar depois, pois eu não vou deixar você me tocar, Nicola!

Viro-me para ir embora, mas antes de chegar na porta, sou puxada e jogada com força em cima do sofá que havia no canto do escritório. Nicola agarrou os meus braços com força e os colocou acima da minha cabeça, fazendo meu rosto ficar vermelho e quente. O seu olhar era inelegível, mas me passavam medo, pois a cor azul dos seus olhos estavam escuros, escuros de ódio.

— Você me pertence Lucy, eu posso tocar e beijar cada parte do seu corpo a hora que eu quiser, pois eu, sou o seu dono!

— Coloque de uma vez na merda da sua cabeça Nicola, EU NÃO SOU UM OBJETO OU ANIMAL PARA TER UM DONO!

— NÃO GRITE COMIGO SUA PUTA!

— ME CHAMA DE PUTA NOVAMENTE E EU JURO QUE TE MATO!

— Haha, você é tão irritante — Solta os meus braços — como consegue me irritar com tanta facilidade?!

— Eu te faço a mesma pergunta. Você é tão irritante Nicola, que eu sinto vontade de te trancar em um lugar bem longe para eu nunca mais te ver e nem ouvir a sua voz!

— Julgo que você me ama e não me odeia.

— E-eu…você é louco?! Eu nunca amaria alguém….chega de falar besteira, Nicola!

— Porquê parou? Era só continuar a sua frase Lucy, nada que você diga mudará algo mesmo!

— Você é muito irritante!

Puxo o Nicola por sua gravata e beijo os seus lábios, fazendo ele deitar o seu corpo sobre o meu novamente e saborear os meus lábios com mais vigor. Sinto o meu corpo pegar fogo, enquanto o Nicola deposita beijos e chupões por todo o meu corpo. Ele levantou o meu vestido, beijou a minha intimidade por cima da calcinha e subiu os seus beijos para a minha boca.

As nossas línguas se misturam em uma linda sincronia, e durante isso, ele enfia a sua mão para dentro da minha calcinha, arrancando gemidos dos meus lábios.

— Tão molhada…

— N-nicola…aaawww…

— O seu cheiro é tão bom…— Beija o meu pescoço — eu quero saborear o seu gosto, o que me diz, Lucy?

— Não, você foi malcriado comigo hoje, por isso não vai poder colocar essa sua linda boquinha em mim…

— Aa garota, não brinca com a sorte!

— Não Nicola, você que não deve brincar com a sorte!

Empurro o Nicola fazendo ele cair para trás no sofá, subo em cima dele e começo a mover o meu quadril, fazendo ele delirar e atacar os meus lábios num beijo urgente. Aperto a sua nunca e abro a sua camisa, deixando o seu peitoral belíssimo à mostra. Beijo o seu corpo e desço os meus beijos até a sua calça, levanto o meu olhar e dou um sorriso safado para ele, que estava impaciente.

— O sinto pulsar forte, está ansioso, senhor Nicola?

— Se você continuar falando, eu juro que não vou ter nenhuma piedade de você, Lucy! — Falou com a voz rouca de tesão.

Sorrindo, eu beijei os seus lábios, segurei no seu maxilar e disse com um olhar penetrante.

— E quem disse, que eu quero que você tenha piedade de mim?

— A, você está me deixando louco. Faça o que tem que fazer logo e pare de enrolar!

— Não fique nervosinho, eu vou dar o que você quer, mas não será hoje. Nicola, você não está me tratando com carinho, você me vê apenas como um objeto…e isso…me entristece.

Nicola afastou-se de mim, ele voltou a ficar sério e então eu disse, enquanto ajeitava as minhas vestes.

— Imagino que seja difícil confiar em mim, mas me der uma oportunidade, não precisa ser agora ou amanhã. Quando você confiar em mim de verdade, eu não serei sua apenas de corpo, mais de alma também! — Toco no braço dele e o sinto rígido, beijo a sua face e digo antes de sair — por enquanto, irei acatar as suas ordens, o meu corpo será seu, mas eu não serei um objeto, Nicola!

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